quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Menina de 1 ano morre após ser atacada por chow-chow em Minas

 Animal teria ficado agressivo após a aproximação de outro cão, quando mordeu a menina na cabeça e pescoço; pai também foi mordido

Menina morreu após ser mordida várias vezes por cão

Menina morreu após ser mordida várias vezes por cão

Reprodução / Record TV Minas

Uma menina de 1 ano e 5 meses morreu na segunda-feira (12), após ser atacada por um cão da raça chow chow. O caso aconteceu em Frei Inocêncio, a 355 km de Belo Horizonte.

Maria Cecília de Oliveira Souza tinha costume de brincar com o cachorro, que estava com a família há cerca de quatro meses e ficava amarrado no fundo da casa. Testemunhas afirmaram para a Polícia Militar que um outro animal entrou no quintal, deixando o chow chow agressivo. Neste momento, a criança passou perto do cachorro e foi mordida várias vezes no pescoço e na cabeça.

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O pai tentou salvar a filha mas também foi mordido pelo animal. Os dois foram encaminhados para o Hospital Municipal de Governador Valadares, a 320 km da capital. O pai foi atendido e liberado, mas a filha não resistiu aos ferimentos.

Adestramento

Casos de cães que atacam crianças são mais comuns quando se tratam de animais de grande porte, mas isso não quer dizer que os animais menores não sejam capazes de fazer vítimas. De acordo com o veterinário José Batista, cães de médio porte também precisam ser adestrados, para que os donos possam controlá-los de forma mais eficiente.

— Esses cães de médio e grande porte precisam passar pelo adestramento, até mesmo para aprenderem os comandos básicos.

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Cachorro da raça chow-chow mata criança em Minas Gerais

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  • Por Equipe NE 10 Interior

A criança estava com o pai na zona rural, quando foi mordida na parte de trás da cabeça

A criança estava com o pai na zona rural, quando foi mordida na parte de trás da cabeça (Reprodução/Rádio Jornal)

A criança estava com o pai na zona rural, quando foi mordida na parte de trás da cabeça

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  • Por Equipe NE 10 Interior















Uma tragédia em família foi registrada, no último domingo (11), em Frei Inocêncio, município de Minas Gerais, na região centro-oeste do país. Uma criança de 1 ano e 5 meses foi atacada por um cachorro da raça chow-chow e morreu ao dar entrada num hospital do município.

De acordo com informações do portal G1, a criança estava com o pai na zona rural, quando foi mordida na parte de trás da cabeça. Ao ver o ataque, o pai do bebê ainda tentou ajuda-lo, porém também foi ferido pelo animal.

PM 

Segundo a Polícia Militar mineira, o pai havia comprado o cachorro havia menos de seis meses e a vítima costumava brincar com ele. No momento do ataque, o chow-chow estava amarrado e estranhou a aproximação da vítima.

sábado, 5 de dezembro de 2020

Samu registra mais de 70 ocorrências de ataques de animais em 2019 em cidades do Centro-Oeste de MG

 Em Divinópolis, a UPA atende, em média, três casos por dia; a maioria envolve crianças e adolescentes. Na última terça (10), uma menina de 2 anos foi atacada por cães enquanto dormia em Pará de Minas.

Por MG2

 

Ataque de animais — Foto: Reprodução/TV Integração

Ataque de animais — Foto: Reprodução/TV Integração

O Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) já registrou 75 ocorrências este ano com classificação de agressão animal nos 54 municípios de cobertura do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Ampliada Oeste para Gerenciamento dos Serviços de Urgência e Emergência (Cis-Urg). Uma lei estadual determina que os donos coloquem focinheiras nos animais ao saírem nas ruas.

De janeiro ao dia 10 de setembro de 2018, o Samu registrou 44 vítimas de ataques de animais, a maioria de cachorros. No mesmo período deste ano já foram 75 ocorrências.


“A gente costuma ver vítimas de todas as faixas etárias, mas principalmente crianças porque normalmente elas tendem a brincar com os cachorros e nem sempre os cães recebem bem esse carinho que as crianças tentam dar a eles. Então é comum a gente ver esse tipo de ataque mais em crianças, os adultos costumam se defender mais”, ressalta o médico do Samu Gabriel Rodrigues Farnese.


A maior parte dos ataques é registrada nas ruas. Por isso várias leis municipais, estaduais e federais, que regulamentam as normas de segurança que devem ser seguidas pelos proprietários dos animais.


Divinópolis

Em Divinópolis, a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) atende, em média, três casos por dia de ataques. A maioria dos casos de mordidas de animais que chegam à unidade é de crianças e adolescentes atacados, pessoas mais vulneráveis.



“Infelizmente a gente tem a condição de perceber a situação grave que é o dia a dia só quando acontece uma situação extrema como foi o caso da criança de Pará de Minas. Mas corriqueiramente nós temos vários casos de mordedura de cães que chegam aqui na UPA diariamente. Infelizmente, a questão da política pública, a conscientização individual não é só uma questão de gestão, é cada um cuidar do próprio cão que tem em casa, além da procriação indevida desses animais”, explicou o diretor técnico da UPA, Marco Aurélio Lobão.


Ele enfatiza as consequências das mordidas. ”A gente fica preocupado porque muitos pacientes chegam com lesões potencialmente graves, às vezes não chegam a atingir efetivamente os olhos e o nariz, mas lesões próximas da face que deixam marcas definitivas nessas pessoas”, diz.


Mais do que as lesões, as pessoas podem ser contaminadas pela raiva, que pode ser fatal. “A raiva é uma doença que não tem cura, por isso que a gente tem todo o critério do paciente que chega na UPA, ele precisa ser avaliado e aí temos a situação: o paciente é orientado para que o cão fique em observação, ele recebe vacina ou vacina e soro. Por isso que todas as mordeduras são atendidas na UPA, cães, gatos e principalmente morcegos", detalha.

O diretor aconselha os donos de animais. "Tenham responsabilidade no manuseio desses animais, eles não são brinquedos de estimação, e tenha a responsabilidade de trazer o paciente que teve uma lesão para a UPA para que a gente atenda de maneira adequada”, finaliza Marco.

Comportamento


Na pista de cooper em Divinópolis, é comum encontrar cachorros passeando com os donos. O Aslan, de 7 meses, é um deles. O animal é dócil, brincalhão e pelo menos três vezes na semana passeia no local. A convivência com pessoas que não sejam apenas da família e também com outros cães, é uma das preocupações do engenheiro Reinaldo Loureiro, dono de Aslan.

Aislan passeia três vezes por semana — Foto: Reprodução/TV Integração

Aislan passeia três vezes por semana — Foto: Reprodução/TV Integração


“Eu costumo andar cerca de uma hora com ele, aí ele fica a tarde inteira descansando. Se ele ficar sem andar ele fica agitado demais, faz coisas que não costuma fazer para chamar atenção. É preciso andar pelo menos uma vez no dia com os cães de grande porte”, comenta.


E o engenheiro está certo. Segundo o adestrador que há 20 anos trabalha com cães, Adriano Soares, todo animal precisa gastar energia, se exercitar. E qualquer raça, seja pequena ou grande, se estiver estressada, pode atacar.


“Imagina um cachorro preso, totalmente estressado. Ele está tão estressado que aquilo [o ataque] é a defesa dele. Um sinal que você fizer de agressividade, se você levantar a mão e ele sentir agressividade, ele pode atacar alguém”, alerta Adriano.

Lei obriga que proprietários sigam regras ao sair com um animal na rua — Foto: Reprodução/TV Integração

Lei obriga que proprietários sigam regras ao sair com um animal na rua — Foto: Reprodução/TV Integração


Pará de Minas


Na última terça-feira (10), uma criança de 2 anos foi atacada por dois cães enquanto dormia dentro de casa em Pará de Minas. Ela foi encaminhada em estado grave para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte. A unidade informou que, a pedido da família, não passará o estado de saúde da menina. O pai pediu orações para a filha.

Criança atacada por dois cães foi transferida para Belo Horizonte; ela está em estado grave — Foto: Cristiano Xavier/Divulgação

Criança atacada por dois cães foi transferida para Belo Horizonte; ela está em estado grave — Foto: Cristiano Xavier/Divulgação


O caso reforça a preocupação em cumprir uma lei que há 13 anos está em vigor em Minas Gerais. A legislação obriga donos de cães de grande porte, e raças consideradas perigosas, a só saírem com os animais nas ruas se estiverem usando focinheira. O equipamento de proteção é usado na boca do animal para evitar ataques e mordidas.

Quem flagrar o desrespeito a lei pode denunciar. “As pessoas podem fazer a denúncia ligando no 190, se ver um cão feroz na rua passeando sem uma focinheira, podem denunciar. Lembrando que vai incorrer na contravenção penal, no artigo 31, de omissão de cautela na guarda de animais”, explica o tenente da Polícia Militar (PM) Reginaldo Moraes Sales.

Samu registra mais de 70 ocorrências de ataques de animais em 2019 no Centro-Oeste de MG
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Samu registra mais de 70 ocorrências de ataques de animais em 2019 no Centro-Oeste de MG