quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Pitbull ataca e deixa dono em mau estado

Pitbull ataca e deixa dono em mau estado – Video

O vídeo que vai ver em seguida é bastante chocante, trata-se de um cão da Raça PitBull que ataca o seu próprio dono deixando-o em muito mau estado, principalmente o braço esquerdo.
Tudo se passou no Brasil, na região de Curitiba, o cão só ao final de 5 tiros da guarda local é que conseguiu ser dominado acabando por morrer. O dono pelo que se sabe ficou em estado grave e com grandes probabilidades de ficar com o braço amputado.
Três tiros acertaram o pit bull, que resistiu e avançou novamente no dono, abocanhando a cabeça, o pescoço e o braço direito. “O cachorro não cessou o ataque. Foi preciso disparar mais dois tiros para conter o animal. A vítima teve o braço dilacerado e possivelmente terá que amputá-lo”, contou o guarda Jamur.
Agora damos nós a nossa opinião. Será que o dono tratou este cão como deveria ser durante a sua vida? Porque é que o cão atacou o dono? O que será que este lhe fez? Será que lhe batia e o cão revoltou-se? Estas e muitas mais perguntas podem-se neste momento fazer, mas uma coisa é certa, o cão se for bem tratado e bem acarinhado NUNCA ataca o dono, venha quem vier, um cão quando amado pelo dono torna-se o seu melhor amigo.
Não quero dizer com isto que o dono é o culpado de seja o que for, muitas vezes a idade do próprio cão ou estar doente pode levar a que o cão tenha atitudes pouco naturais ou invulgares, mas muita coisa está ainda por explicar. O que é certo é que aRaça PitBull fica mais uma vez mal vista perante noticias e vídeos comprometedores.
Os cães são apenas o que os donos lhes ensinam, também somos de acordo de que a Raça PitBull é uma raça um pouco mais intempestiva e quando não é bem educado pelo dono pode-se tornar agressivo. O melhor será aguardar por novos desenvolvimentos sobre este assunto e saber ao certo o que se passou.

Vídeo do ataque .....

(atenção: imagens chocantes)

Ataque de pitbull em Curitiba por danibrowser no Videolog.tv.
Um cão da raça pit bull teve de ser abatido com cinco tiros, no início da noite de ontem, por guardas municipais. Ele estraçalhou parte do braço do dono, atacado no quintal da residência, na Avenida Presidente Wenceslau Braz, bairro Lindoia. Mesmo com três tiros, o cachorro reagiu e avançou na cabeça, pescoço e no outro braço de Dejail César Gonçalves, 54 anos, que foi levado em estado grave ao Hospital do Trabalhador. Por volta das 18h, testemunhas do ataque correram até o módulo da Guarda Municipal, localizado a poucos metros da casa da vítima. Quando a equipe foi até a residência, o homem estava caído e com o braço esquerdo dilacerado. Não restou outra opção senão atirar no cachorro agressivo. Três tiros acertaram o pit bull, que resistiu e avançou novamente no dono, abocanhando a cabeça, o pescoço e o braço direito. 201CO cachorro não cessou o ataque. Foi preciso disparar mais dois tiros para conter o animal. A vítima teve o braço dilacerado e possivelmente terá que amputá-lo201D, contou o guarda Jamur. De acordo com o guarda, há relatos de que o 201Ccão endiabrado201D já teria avançado em outras pessoas, porém a mulher do dono teria pedido para que não o sacrificassem.


http://www.clubecaoegato.com/pitbull-ataca-e-deixa-dono-em-mau-estado-video/

Os erros mais comuns cometidos pelos donos de cães

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Os erros mais comuns cometidos pelos donos de cães
Por Claudia Pizzolatto

Acredito que a maioria dos profissionais que trabalha com cães, sejam eles veterinários, treinadores, profissionais de banho e tosa, passeadores, hospedeiros, etc., já estiveram frente a frente com um caso onde o dono do animal parece desesperado porque não consegue entender como o seu pequeno Lulu se tornou um monstro.

Enquanto que para o inquieto proprietário o fruto do mau comportamento é um mistério quase tão grande quando a origem da humanidade, para nós, profissionais, está mais na cara do que letreiro de boate, onde, como, porque, e quando tudo começou a desandar. Muitas vezes não precisa nem ser algo tão dramático como o Lulu ter se tornado um monstro devorador de pessoas. Até mesmo a dificuldade de se conseguir atingir um objetivo mais simples com o canino é motivo de estresse.

Foi pensando nisso (e observando muitos dos meus alunos humanos), que resolvi dedicar este Lord Cão News à descrição dos erros mais comuns cometidos pelos donos de cães. Experimente "brincar" como num jogo dos 7 erros e veja quantos deles você mesmo já cometeu, ou ainda continua cometendo.


ERROS CLÁSSICOS NA HORA DE COMPRAR UM FILHOTE:...

ERRO #1:
Comprar uma raça porque é bonitinha e não se informar antes se ela é adequada ao estilo de vida da família.
ERRO #2:
Comprar um cachorrinho para as crianças pequenas, achando que elas farão todo o "trabalho sujo" com o animal.

ERROS QUANDO O CACHORRO JÁ ESTÁ EM CASA

ERRO #3:
Aparecer para o cachorro quando ele está latindo ou chorando, quando o que se espera dele é que ele aprenda a ficar sozinho.
ERRO #4:
Bater no cachorro para educá-lo em coisas simples, sem treiná-lo antes para que ele saiba realmente o que é esperado dele.
ERRO #5a:
Ensinando higiene: Achar que ele vai aprender sozinho e que mesmo o dono trabalhando 10 horas por dia (período em que o peludo fica inteiramente só) ele deve aprender que no jornal pode, mas no tapete persa nem pensar.
ERRO #5b:
Ensinando higiene: Esfregar a cara do filhote no xixi, berrando e gritando "NÃO É AQUI, NÃO É AQUI, NÃO JÁ FALEI?", e logo em seguida levar o filhote para o jornal, esfregando a cara dele no próprio jornal e gritando exatamente no mesmo tom de voz anterior, "É AQUI, É AQUI, NÃO JÁ FALEI?"
ERRO #5c:
Ensinando higiene: Não ter paciência com os pequenos acidentes que vão acontecer.
ERRO #5d:
Ensinando higiene: Assumir que o cachorro sabe que está errado porque faz cara de vítima quando o dono chega do trabalho.
ERRO #6:
Achar que o cachorro é vingativo.
ERRO #7:
Achar que o cachorro é BOM ou MAU.
ERRO #8:
Achar que um cachorro pequenininho não oferece perigo.
ERRO #9:
Este cachorro pula em todo mundo, será que ele não sabe que é muito grande?
ERRO #10:
Achar que o cachorro vai ficar bem educado sozinho.

ERROS QUANDO VOCÊ RESOLVE TREINAR O CACHORRO

ERRO #11:
Achar que o adestrador pode treinar o cachorro por você.
ERRO #12:
Esperar que milagres aconteçam da noite para o dia,ou que surja uma receita pronta para o seu caso.
ERRO #13:
Repetir o mesmo comando várias vezes.
ERRO #14:
Falar demais com o cachorro quando está treinando.
ERRO #15:
Achar que acabou o treinamento.

ERRO #1:
Comprar uma raça porque é bonitinha e não se informar antes se ela é adequada ao estilo de vida da família.

Um dia me chegou um cliente com um filhotinho lindo de Shar-Pei de apenas 3 meses de idade. Conversa vai, conversa vem, ele me falou da imensa tristeza que foi para toda a família ter que se desfazer de um filhotinho de Boxer de apenas 4 meses. É que para eles era impossível conviver com um cachorro que BABASSE. Isso mesmo, eles achavam importantíssimo ter um cachorro que não deixasse baba pela casa toda, e nem nas mãos e pernas das pessoas !

Vocês não podem imaginar a minha cara, nem a dele, quando eu tive que informá-lo de que o Shar-Pei baba, pelo menos, o dobro que um Boxer. Eu podia sentir as minhas palavras atingindo o dono como se fossem facadas, e não estou exagerando.

Ele não podia acreditar e ficava repetindo o tempo todo: "Mas a criadora não me falou nada que esta raça babava!!!". E aí eu tive que fazer a pergunta derradeira: "Você perguntou para a criadora? Ou pelo menos avisou a ela que se o cachorrinho babasse você não iria querer esta raça?" A resposta, por mais óbvia que pudesse parecer a pergunta, foi: "Não, não perguntei!"

Não demorou outros três meses para que o dono, completamente arrasado, decidisse dar o filhotinho de Shar-Pei também.

Uma outra me procurou dizendo que não tinha comprado um cachorro, tinha comprado uma peste. Este era o pior cachorro que ela já havia tido em toda a sua vida, um horror. Claro que todos estavam apegados ao bichinho, mas ela já estava ficando desesperada e quase desistindo do animal. Depois de ficar meia hora tentando acalmar a dona, consegui saber que o grande orgulho da senhora era o jardim. Um jardim todo florido, com espécies raras que eram presenteadas por amigos que, quando viajavam, traziam sementes do exterior. A grama do jardim parecia cortada com tesourinha de unha de tão perfeito.

Bom, isto é, até a peste ter vindo morar na casa. Desde então o jardim se tornou a floresta da bruxa má que vivia no meio de um campo minado. Onde não tinha planta morta, tinha planta destroçada. Onde não tinha cratera na grama tinham marcas amarelas horrorosas da grama queimada pelo xixi e cocô do monstro. E que raça era esta? Um Fila gigantesco? Um Mastim Napolitano tamanho família? Um Dogue Alemão criado a Toddy? Não, nada disso. Era um pequeno e lindinho Scottish Terrier. Um cachorrinho de pequeno porte, fortinho, robusto, pretinho (o cachorrinho da Tavares), cuja principal função na vida é cavar buracos para encontrar roedores e animais de toca.

Ele é um caçador nato e tem um instinto predador muito forte, além de um desejo incontrolável de cavar. Culpa do cachorro? Claro que não. Além do mais ele vivia o tempo todo do lado de fora, e as crianças (que na verdade eram adolescentes), não tinham tempo de brincar com ele, nem de treiná-lo. Então era o cachorrinho e as roseiras, e as bromélias, e as orquídeas...

Também para esta senhora ninguém avisou que o cachorrinho gostava de cavar. Também ela não perguntou. Ela só havia perguntado se ele crescia muito. Não, não cresce. E se ele era resistente o bastante para morar do lado de fora da casa. Sim, ele é.

E o jardim que era tão importante na vida dela. Ih! Esqueci!

Aliás esta história me dá um gancho para outra história muito comum.

ERRO #2:
Comprar um cachorrinho para as crianças pequenas, achando que elas farão todo o "trabalho sujo" com o animal.

Aquela família que nunca quis ter cachorro, mas acaba cedendo aos apelos dos filhotes humanos e compra um filhotinho de cachorrinho com a condição de que a criança é que vai ser responsável pelo bichinho. E a criança diz que vai limpar as caquinhas, vai dar comida, vai trocar o jornal, vai sair para passear todo dia. Não é nem preciso lembrar que 99% das crianças não vão conseguir cumprir estas promessas, não é mesmo? Mesmo que elas quisessem, a maioria nem tem tempo, pois estudam, fazem balé, judô, natação, inglês, francês, capoeira, trabalho de grupo, etc, etc, etc...

Quem acaba ficando super frustado são os pais. Parece pior ainda quando apenas um dos cônjuges é que realmente não queria o cachorro e ficou contra o tempo todo. É aí, que finalmente ele vê a oportunidade da revanche final e faz questão de repetir a cada 10 segundos: "Viu, eu não falei que não queria cachorro?! Ninguém me escutou, não foi?!! Agora não contem comigo, que eu não vou ajudar em nada!!! Eu avisei, não avisei?!!!!"

Para piorar um pouquinho mais a situação, se as "crianças" são pré-adolescentes em pouco tempo elas serão os mais autênticos "aborrecentes" e é aí mesmo que o cachorro (que dura em médias uns 12 anos) vai ficar sem ter vez. São as festas, o pré-vestibular, os namoricos, os shoppings com os amigos... êta vida dura! Quando os pais aceitam o pequeno fardo peludo ainda vai tudo bem, mas sempre fica aquela perguntinha atrás da orelha: "Onde foi que eu amarrei meu burro?!"

Se você não se encaixou em nenhum destes casos até agora, mesmo que levemente parecido, pense agora nos problemas que acontecem quando o filhotinho já está em casa.

ERRO #3:
Aparecer para o cachorro quando ele está latindo ou chorando, quando o que se espera dele é que ele aprenda a ficar sozinho.

A maioria quer que o filhote durma sozinho na cozinha, ou na área, ou no canil, certo? Certo! Mas o que a maioria não sabe é que os primeiros dias do filhote são super estressantes para ele. Afinal o universo que ele conhecia até agora foi totalmente alterado. Os humanos que ele conhecia sumiram e surgiram uns novos que parecem boas pessoas, mas que as vezes parecem perder a calma e se tornam apavorantes e agressivos por nada (vamos voltar neste assunto mais a seguir).

O cantinho onde ele dormia, sempre junto da mãe e dos irmãos, também sumiu. Aliás sumiram os irmão e também a mamãe. Sumiram os cheirinhos, os lugares conhecidos, os brinquedos.... Enquanto que durante o dia parece que o filhote está num parque de diversões, onde tudo é novidade, quando a noite cai ele precisa urgente da proteção de sua matilha. Afinal, sabe como é, durante a noite aparecem as corujas, as grandes cobras devoradoras de cachorrinhos, os chacais, e é claro o boi da cara preta, o saci, o cuca que vem pegar, etc.

A gente sabe que não tem perigo algum o bichinho dormir na caminha dele na cozinha, mas ele não, e o instinto dele avisa que durante a noite é preciso procurar a companhia dos outros membros da matilha para se proteger dos predadores e do frio também. Dormir junto é um evento social muito importante para os cães. É preciso entender o quanto é difícil para a maioria dos cachorrinhos se ajustarem a esta nova realidade, para que possamos ter paciência e não perder a cabeça com os choros e uivos durante a noite toda.

Normalmente eu indico 3 caminhos para os meus clientes. O primeiro é que se deixe o filhote dormir com um dos donos. Se isso é absolutamente impossível, que pelo menos se deixe o filhote dormir com um dos donos na primeira semana enquanto ele se adapta. A família vai ter trabalho depois para acostumar o cachorrinho a ficar sozinho na área? Vai, mas pelo menos ele vai se sentir um pouco mais seguro com relação a casa e também sobre as pessoas que agora são a sua nova família. E finalmente em terceiro, se os donos decidem fazer a transição imediatamente para o cãozinho ficar só durante à noite, que isso seja feito durante o final de semana (menos estresse para os humanos que não vão precisar trabalhar no dia seguinte como zumbis), e que não importa o que houver NÃO ABRAM A PORTA enquanto o filhote estiver chorando, uivando, ou arranhando o portão como um louco.

Se o dono decidir que já chega e que o bichinho pode entrar um pouco dentro de casa, que ele só abra a porta quando o filhote estiver quieto por, no mínimo, 10 segundos (que deverão ser estendidos gradativamente). Caso contrário o dono vai estar ensinado ao filhote que gritos e choros serão recompensados com pronto atendimento, ou pelo menos, serão atendidos quando ficar absolutamente insuportável ouvir aquelas notas mais agudas e estridentes. Aí, toda vez que o cachorrinho quiser alguma coisa, ele vai gritar em plenos pulmões, certo de que em algum momento ele vai incomodar tanto o dono que ele vai aparecer todo solicito. Portanto, cuidado! A vítima pode ser você!

O mesmo raciocínio serve para as pessoas que não querem que seus cachorros fiquem implorando comida durante as refeições. Antes de mais nada NUNCA, NUNCA dêem comida - NEM UM PEDACINHO/MAS SÓ UM PEDACINHO - enquanto vocês ainda estiverem sentados à mesa.

E bater? Bater é uma boa idéia? Não, é uma péssima idéia! Especialmente se o filhote é recém chegado e é ainda um bebê. Aliás, por falar em bebê, acho que todos nós ficamos indignados quando sabemos que uma mãe ou um pai começou a bater no seu filho recém nascido só porque ele chorou boa parte da noite, não é? O que se espera dos humanos adultos é que eles tenham bom senso e paciência para entender que os filhotes estão tentando se comunicar e estão de alguma forma sofrendo quando choram (mesmo a manha não deixa de ser um sofrimento emocional causado pela frustração).

Então, por que não podemos ter o mesmo critério com relação a um filhote de outra espécie? Por que esperamos deste filhote um entendimento e uma capacidade de adaptação tão rápida e tão grande, a ponto de pensar em bater nele só porque ele está latindo, justamente por não saber o que é esperado dele? Punições neste casos tendem a piorar muito o problema, na medida em que muitos animais passam a perceber que é melhor ter uma atenção negativa do que não ter atenção nenhuma. São geralmente nestes casos em que o cachorro cresce hiperativo, incontrolável, e com o aparente desejo de só fazer coisas erradas para chamar a atenção dos donos.

Bem, me empolguei tanto que acabei apontando um outro erro comum na relação homem/cachorro:

ERRO #4:
Bater no cachorro para educá-lo em coisas simples, sem treiná-lo antes para que ele saiba realmente o que é esperado dele.

A punição (e insisto em afirmar que bater no cachorro não é a melhor maneira de educá-lo) só faz sentido se o animal já tiver sido treinado para fazer, ou não fazer alguma coisa, e ainda assim ele continua insistindo. Além disso é preciso que a punição ocorra no momento exato da "infração". NÃO adianta bater no cachorro depois que a porcaria já está feita. Ele não tem capacidade para associar uma reação sua se esta reação não estiver ocorrendo exatamente no momento da ação dele. (Nossa, como esta frase ficou chata e formal!).

Reformulando: Ou você pega o meliante com a boca na botija, ou não vai adiantar nada, pois no máximo ele vai achar que você é maluco e está tendo um ataque de mau-humor por nada. Afinal, ele, o pobre Totó, não estava fazendo nada quando você resolveu mandar a revista na cabeça dele. Outra coisa é ter certeza de que o cachorro sabe o que é que você deseja que ele faça, ou não faça. E com isso eu não estou dizendo: "Mostre pra ele três vezes e na quarta já considere que ele entendeu tudinho". Cada raça, cada cão, leva mais ou menos tempo para entender e assimilar uma tarefa. Tenha paciência e só assuma que ele já "sabe" quando o peludo for capaz de responder sem pestanejar ao seu comando.

Uma das atividades que mais causam desgaste para ambas as partes neste sentido é o tal do xixi e cocô fora do lugar.

Neste item temos vários "sub-erros":

ERRO #5a:
char que ele vai aprender sozinho e que mesmo o dono trabalhando 10 horas por dia (período em que o peludo fica inteiramente só) ele deve aprender que no jornal pode, mas no tapete persa nem pensar.

Fora raríssimas exceções, um filhote demora de uma semana a 3 meses para aprender (e se for propriamente ensinado) a fazer xixi e cocô num único local. É verdade que existem uns bichinhos que já chegam fazendo tudo certo e nunca fazem fora do lugar, mas isso é tão provável quanto acertar na loteria.

A maioria dos donos fazem tanta confusão e cometem tantos pequenos enganos na hora de ensinar o cachorrinho a fazer as coisitas no lugar apropriado, que na maioria das vezes o dono está atrapalhando mais do que ajudando. A coisa tem tantos detalhes que dá pra fazer um Lord Cão News só sobre isso (o que não é o caso no momento). Por isso vou ficar só nos erros mais preocupantes.

ERRO #5b:
Esfregar a cara do filhote no xixi, berrando e gritando "NÃO É AQUI, NÃO É AQUI, NÃO JÁ FALEI?", e logo em seguida levar o filhote para o jornal, esfregando a cara dele no próprio jornal e gritando exatamente no mesmo tom de voz anterior, "É AQUI, É AQUI, NÃO JÁ FALEI?".

Se alguém, em sã consciência, achar que o cachorro é capaz de se concentrar nas pequenas sutilezas da língua portuguesa, ao invés de ficar totalmente confuso e intimidado pelos gritos e gestos agressivos do dono.... que atire o primeiro osso.

Nestes casos (que sob a ótica dos seres humanos frustados por verem seus tapetes ou colchões arruinados é totalmente justificável), o filhote só vai ter mais e mais dificuldade em aprender que o jornal é bom e que o tapete é ruim. Até aqui ele só conseguiu aprender que é melhor ficar longe do tapete, bem como do jornal.

ERRO #5c:
Não ter paciência com os pequenos acidentes que vão acontecer.

O filhote não tem maturidade para reter urina e fezes até completar cerca de 6 meses de vida. É que nem criança que precisa usar fraldas até aprender a segurar as cácas, e ainda assim faz algumas na hora errada enquanto está aprendendo a só usar o banheiro.

ERRO #5d:
Assumir que o cachorro sabe que está errado porque faz cara de vítima quando o dono chega do trabalho.

Acontece muito quando estamos treinando o filhote a usar o jornal, mas acontece também para muitas outras obras de arte. Mas afinal, o que é que está por trás daquela cara de culpado se não é porque ele sabe que fez errado? Em primeiro lugar (e parece frescuras de semântica, mas não é), é importante a gente entender que não existe o conceito de certo ou errado para os cães. Estes são conceitos humanos. Para o cão existem necessidades naturais, instintos, e algumas regras impostas pelos líderes da matilha do que é permitido ou do que não é permitido.

Sendo assim, um cachorro pode aprender através da experiência que o cachorro mais forte da matilha não permite que ele chegue perto do prato de comida enquanto que o parrudão está comendo. Mas, assim que o grandão se afastar....por que não? Afinal, estou com fome e sobrou umas coisinhas gostosas lá.... Não é certo, nem errado mexer no prato dos outros, é apenas uma questão de permissão e oportunidade.

Voltando para o "O que foi que eu fiz de errado?"

Quando os donos estão fora de casa existe a necessidade (preciso brincar e gastar energia/preciso fazer xixi e cocô) e existe a oportunidade (ninguém está por aqui para me entreter/orientar/brigar). Então o cachorrinho faz a festa e sem culpa nenhuma (aliás, outro valor meramente humano). Quando o dono chega em casa e acha a bagunça na sala, manda logo um "QUEM FOI QUE FEZ ISSO?" e seja pelo cocô no sofá, ou seja pelo vaso de planta destroçado, o cachorrinho percebe logo pela postura corporal e pelo tom de voz do dono que a coisa não está boa. Melhor sair de perto e rápido.

Alguns são tão inocentes no começo que chegam até abanando o rabo. Muitos donos acham que é pura sem-vergonhice, ou que o cachorro veio mostrar a m* que fez. A raiva aumenta e normalmente o grau da punição também. Se esta cena for mais ou menos constante (várias vezes na mesma semana o dono chega em casa e encontra o vaso jogado no chão ou o xixi e cocô na sala), o cachorro passa a associar que a chegada do dono + cheiro de terra revolvida = sapatada na cabeça, ou chegada do dono + cheiro de xixi e cocô = jornalada no focinho.

Resultado: Faça cara de submisso (este sim um comportamento natural do cão, mas que é erroneamente interpretado como cara de culpa) que o líder vai respeitar a sua postura inferior e irá poupá-lo de toda a sua demonstração de força e autoridade, ou então, se isso não for o bastante, corra o máximo que puder, e de preferência se esconda sob um móvel. Vejam que a associação é com a chegada do dono e alguma coisa que ainda está presente no momento, mas somente indiretamente ligado ao evento gerador do aborrecimento. Fazer cocô não é errado, nem mesmo fora do lugar, pois quando o cachorro fez nada de mau aconteceu. O problema está na chegada do dono junto com o cheiro do cocô certo?

Então vamos tentar da próxima vez:

comer o cocô;
fazer o cocô dentro do armário (assim talvez o cheiro fique menos ativo);
fazer xixi na cama que é mais absorvente e assim o cheiro some mais rápido.
Calma, não estou querendo dizer com isso que toda esta artimanha é fruto do raciocínio maquiavélico do peludo, mas sim que o comportamento dele é conseqüência das informações que ele tem acumulado através dos instintos e do aprendizado que geram experiências bem sucedidas (quanto tempo levou para o dono descobrir o cocô dentro do armário, hein?) ou mal sucedidas .

E se nada disso der certo, o cachorro tem sempre a alternativa de ficar sem-vergonha e continuar se divertindo, sejam quais forem as conseqüências, ou então ele resolve revidar e um dia o cão passa a morder para se defender do que ele não entende direito.

ERRO #6:
Achar que o cachorro é vingativo.

Ainda na linha do "Ele sabe que fez errado" está o fato de que a maioria dos donos acaba subestimando o sofrimento do animal e acaba por considerar que tudo é uma questão de "sacanagem" do cão. Que mesmo sabendo que está errado, faz só para infernizar a vida do dono. É isso o que acontece quando o dono passa muito tempo fora de casa e quando volta encontra tudo destruído e sujo.

A destruição e a sujeira é na grande maioria das vezes a conseqüência de um estado de sofrimento, ansiedade e frustração do cão. Na verdade ele não está tentando nos dar uma lição. Ele está tentando gastar a energia acumulada e tentando amenizar o desconforto emocional que todo este tempo de isolamento estão causando no bichinho. É uma forma de tentar desestressar e também muitas vezes de total falta de controle mesmo.

Donos que experimentaram deixar um camera de vídeo ligada enquanto eles ficavam várias horas fora de casa puderam observar que os bichos que destroem tudo costumam salivar muito, choram, latem, ficam inquietos e muito nervosos antes de realmente partir para a destruição total da casa. Muitos fazem xixi e cocô fora do lugar quase que involuntariamente, por pura falta de controle mesmo.

E quando eles fazem, na sua cama? Muitos destes cães procuram a cama de seus donos para buscar conforto no cheiro de nossos corpos, que deixamos no colchão e no travesseiro. Não é incomum que eles acabem fazendo xixi numa tentativa de marcar a nossa cama, misturar o cheiro da urina deles com o nosso cheiro. Não se sabe ao certo se esta seria uma tentativa de deixar uma mensagem para o dono, do tipo: "Ó eu tô aqui e estou te procurando, tá?" (concordo que um bilhetinho seria mais bem-vindo).

ERRO #7:
Achar que o cachorro é BOM ou MAU.

Muito comum também é encontrar donos que procuram ganhar o carinho de seus cães através de excesso de mimos e falta de limites. Se este cachorrinho for do tipo naturalmente submisso e cordato é provável que o dono "bonzinho" não venha a encontrar maiores problemas a não ser um bichinho meio chatinho que não sabe se comportar. Mas, se por outro lado, este dono acaba com um cachorro mais dominante, aí ele pode se preparar para ter problemas sérios em casa.

O negócio é que não existe para o cachorro o conceito de "bom" ou "mau". Na natureza deles as coisas são bem mais simples e diretas. Existem os "fracos" e os "fortes". Um membro da matilha que não impõe limite, que concede tudo facilmente e que está sempre disposto a agradar os outros é fraco e não bonzinho. Animal fraco não merece respeito, ele DEVE respeito. O cão (ou humano) que estabelece quais são os limites, que brinca, que acaricia, mas que também exige respeito será muito mais admirado e apreciado pelo peludo, que verá no dono um verdadeiro líder.

E pegando carona no assunto....

ERRO #8:
Achar que um cachorro pequenininho não oferece perigo.

Fica ainda pior quando o dono tem um peludo de pequeno porte. Muitos ainda acreditam que cachorro pequeno não precisa ser educado, pois não vai ficar bravo, afinal, ele é tão pequenininho..... Ledo engano. São justamente os pequenininhos que acabam dando os maiores trabalhos no que diz respeito a dentadas em visitas, amigos, parentes e os próprios donos.

Um Chihuahua é geneticamente igualzinho a um São Bernardo e a maioria dos baixinhos acredita piamente que é tão grande e poderoso como um Rottweiler. O melhor é educar o seu pequeno como se ele fosse virar um leão. Se não virar ele vai ser o peludinho mais educado e querido do planeta!

Ainda falando de educação e tamanhos....

ERRO #9:
Este cachorro pula em todo mundo, será que ele não sabe que é muito grande?

Não são só os donos dos pequenos que erram na educação do seu filhote. Os donos dos bichões esquecem que filhote de raça grande é pequeno por pouco tempo. As maiores queixas são que os filhotes pequeninhos se tornam monstros puladores. Mas quando o bicho era pequeno todo mundo fazia carinho enquanto ele colocava as patinhas na altura do joelho da gente e pedia um cafuné. Acontece que agora as patinhas ficam na altura do peito e aí ninguém mais gosta, exceto o cachorro que continua pedindo carinho.

Pior ainda quando tem gente que diz... "Pode deixar, eu não ligo pra cachorro que pula.". Só que nem todo mundo gosta, e o cachorro nunca vai saber em quem pode e em quem não pode pular. O dia que a bisavó vem fazer uma visita e o pequeno paquiderme resolve dar um olá mais animado, é um desastre e todo mundo fica bravo só com o cachorro. Do mesmo jeito fica a estória de quem deixa o filhotinho de São Bernardo dormir na cama, do Dogue Alemão que gosta de sentar no colinho quando a gente está vendo televisão, do Rottweiler que só anda no banco da frente do carro....

ERRO #10:
Achar que o cachorro vai ficar bem educado sozinho.

Outro erro que atrapalha um bocado o futuro da família é demorar muito para procurar um treinamento e a socialização do filhote. Já é conhecido e bem documentado que um filhote só é efetivamente socializado até os 4 meses de idade. Isto é, tudo o que o filhote experimentar e for apresentado de maneira positiva até os 4 meses de vida ele irá encarar com naturalidade e terá prazer em reencontrar estes estímulos no futuro.

É por isso que é muito importante que nesta idade ele conheça vários objetos e aparelhos da casa (aspirador de pó, enceradeira, vassoura), pessoas de idades e aparência diversos (crianças, idosos, adolescentes, etc.), outros animais como gatos, cães e passarinhos, andar um pouquinho (bem pouquinho) de carro, ir fazer uma visita só de cortesia no veterinário, sem agulhas e termômetros, enfim, tudo que você gostaria que ele encarasse sem medo, sem estranhar. Acontecem dois problemas nesta fase: A falta de vacinas e a importância que estes encontros sejam sempre muito positivos. Não se pode assustar ou forçar o filhote.

É importante começar as vacinas na idade certa e manter o cachorrinho vacinado em dia para que ele possa o quanto antes sair a rua e fazer novos amigos. Aulas de socialização para filhotes vão ajudar este filhote a ter as tão desejadas experiências positivas, num ambiente controlado. Outra coisa que o treinamento pode fazer pelo dono e pelo cachorro é evitar que se comece um relacionamento, que deveria ser prazeroso e longo (uns 15 anos na média), com uma série de mal-entendidos e falta de comunicação.

Um treinador experiente e dedicado vai poder ajudar ao dono a se comunicar com o cachorrinho com quase nenhum conflito e a ligação entre eles (cão/dono) se torna cada dia mais próxima do ideal. Nada de fazer o cachorrinho virar robô. Hoje existem técnicas que nos permitem começar a trabalhar um filhote tão cedo quanto 8 semanas de vida. Quando o dono espera muito tempo estas fases preciosas se perdem para sempre. O cão adquire vícios que ficam muito mais difíceis de se retirar, e a relação com o dono muitas vezes já está bem desgastada. Nunca é tarde para procurar ajuda, mas quanto mais cedo melhor.

Tá bom, tá bom, você tem feito tudo certinho até agora. Inclusive já está treinando o seu cachorro, certo? Então verifique estas últimas dicas e veja como você se sai...

ERRO #11:
Achar que o adestrador pode treinar o cachorro por você.

O sonho de todo dono: Achar que basta o treinador fazer tudo sozinho (sem a participação do dono) que vai funcionar as mil maravilhas. Eu já perdi o número de vezes que alguém me disse: "Pois é, gastei uma fortuna com o Totó e ele não aprendeu nada. Só obedece ao treinador.". Ou ainda: "Este cachorro é uma peste, não tem jeito, ele vive avançando em todo mundo.". E aí, quando eu sugiro treinamento ele diz logo que o cachorro já foi treinado. Quando vou conversar com treinador descubro que o cachorro nunca ataca ninguém quando esta com ele. Quem está mentindo? Ninguém! É a pura verdade, o cachorro sabe que quem trabalha com ele, quem está no comando, quem lidera é o treinador, então por que ele, o cachorro, iria criar problemas? Já com o dono a conversa é diferente. O dono nunca sabe o que quer, nunca trabalha com o cachorro e, se somado ao erro número 7, aí então é que é a festa, pois o cão tem certeza de que precisa proteger o dono de tudo (ataca todo mundo), ou se o dono "folgar muito" também acaba levando a sua correção. É a tal da psicologia canina :-) É fundamental que o dono participe do treinamento e assuma que a parte mais importante da educação do peludo é com as pessoas de casa mesmo.

ERRO #12:
Esperar que milagres aconteçam da noite para o dia,ou que surja uma receita pronta para o seu caso.

Outro sonho de consumo da grande maioria dos donos. Um dia uma pessoa me ligou e me contou a seguinte história: " Oi Claudia, aqui é Fulana, tudo bem? Você não me conhece, mas eu já comprei inclusive o seu Manual do Cachorro. Sabe o que que é? Eu tenho um cachorrinho que late muito quando tocam a campainha. Ele vira um terror e eu já tentei de tudo. Eu joguei água como você falou, eu já usei a Gentle Leader quando a visita chega, eu já coloquei de castigo, eu já apertei o focinho, já fiz de tudo e nada. O que que eu faço?" E eu cá com os meus botões... Não sei, não tenho a menor idéia.... Mas não pode ser. Alguma coisa devia estar errado pois o cachorrinho deveria ter respondido a pelo menos um dos tratamentos sugeridos. Então vamos lá: Qual a idade? Desde quando ele faz isso? É sempre igual ou tem diferença? É sempre nas mesma situação?...Nada, nenhuma dica.... até que finalmente me bateu uma luz....Quanto tempo você tentou cada método? Resposta: "UMA VEZ CADA UM!" !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Parece piada? Não é! Nem é raro isso acontecer. A vida que a gente leva hoje nos obriga a ter um ritmo tão enlouquecido que tudo é uma busca de resposta imediata. É a sindrome da internet alcançando também os cachorrinhos. Sério mesmo. Alguns cachorros aprendem rápido, outros demoram mais. Não existe uma receita única para todos os males. Não existem garantias quando estamos trabalhando com matéria viva. este é o grande desafio de todo treinador ou comportamentalista. E como é que a gente sabe que está indo no caminho certo? Se apegando às pequenas mudanças, aos pequenos sucessos. As vezes são quase imperceptíveis, mas estão lá. E se a gente ficar bem atento e valorizar estas pequenas melhoras vamos acabar chegando lá. O segredo é manter a calma e a consistência. A maioria dos comportamentos insuportáveis levaram meses, e até anos para se instalar no cão e incomodar os donos. Vamos trabalhar para mudá-los, sabendo que nem sempre é fácil, mas sempre vale a pena.

ERRO #13:
Repetir o mesmo comando várias vezes.

A maioria de vocês já sabem que o meu método de trabalho consistem em fazer com que o dono se torne o treinador do seu próprio cão. Eu tento ser uma figura quase invisível aos olhos do peludo, interferindo o mínimo possível na relação dele com o seu humano. Uma das maiores dificuldades que eu observo nos meus clientes de duas patas é controlar a tendência deles repetirem o mesmo comando a exaustão. Costumo brincar com eles que ficar falando "senta-senta-senta-senta-senta" até o cachorro sentar não é obediência, é insistência. Quando estamos treinando um animal é preciso ter cuidado para não ficar se repetindo sem parar, senão o comando "Deita" deixa de ser DEITA e passa a ser deita-deita-deita-deita-deita-deita.... Isso até o cachorro começar a ficar "surdo" para tanto deita e em pouco tempo o dono vai ter que repetir não só 5 vezes, mas 10 antes que o cachorro finalmente se canse da posição que ele está e resolva deitar para ficar um pouco mais confortável enquanto espera o dono acabar de falar este "mantra" interminável. Acreditem me, não adianta repetir o comando se você não faz o cão cumprir este comando. Mesmo que você pense que ele "sabe" o comando. O cão pode até conhecer a associação da palavra com a ação física que se segue, mas ele obedece? Não, ele não obedece. Em tempo: Gritar ou ficar falando cada vez mais alto também não adianta. Com exceção de pouquíssimos casos, o cão não é surdo, aliás ele escuta bem melhor do que a gente. ERRO #14: Falar demais com o cachorro quando está treinando. Outro vício humano que atrapalha um horror o peludo a aprender a obedecer é a mania de ficar falando muita coisa ao mesmo tempo. É o dono que ao invés de falar: "Totó, SENTA", ele fala: "Totó, senta, senta Totó. Já não falei para você sentar? Por que que você não senta? Lá em casa você senta, não senta? Então, mostra pra tia como você senta bonito. Senta aí vai? Mamãe tá ficando brava. SENTADO, já falei pra você ficar sentado. Ô cachorro teimoso, parece que não escuta..." e não escuta mesmo. Já disse, ele não é surdo, mas quem é que consegue se concentrar com tanto falatório? Até eu fico com dor de cabeça escrevendo este blá-blá-blá todo, imagina o pobre do cachorro! O pior é que a maioria das pessoas nem se dá conta de que está falando tanto. É muito engraçado quando eu chamo atenção delas para este fato. Fique atento você também. Economia de palavras vale ouro em treinamento.


ERRO #15:
Achar que acabou o treinamento.

E o último dos erros: Desistir de treinar o cachorro ou parar com o treinamento depois que ele "já" está treinado. O treinamento é para a vida toda. Claro que você não precisa fazer de uma maneira tão formal e sistemática quanto na fase em que o bichão está aprendendo os comandos básicos, mas é sempre bom dar uma relembrada na rotina de obediência de vez em quando, pois a tendência é o cachorro voltar às origens. Por exemplo, quando a gente tem um filhote ensinamos a ele que nós podemos mexer na comida dele e ele não deve rosnar ou mostrar os dentes enquanto fazemos isso, certo? (pelo menos todos deveriam ensinar isso aos seus filhotes). Pois bem, se depois de alguns meses você achar que o filhote já aprendeu a lição e nunca mais colocar a sua mão no prato dele para lembrá-lo deste treinamento, é possível que você tenha uma desagradável surpresa se tentar colocar a mão no prato do bichinho quando ele tiver uns 2 anos de idade. Por que? Porque o instinto do cão diz a ele que comida é um bem muito valioso e que deve ser bem protegido. Ele pode até aceitar que o dono futuque o prato dele enquanto é filhote, mas não quer dizer que ele vai continuar aceitando isso quando se tornar adulto, a não ser que o dono esteja constantemente lembrando ao peludo quem é que detém o poder do prato cheio nesta casa. Outro exemplo? Cão treinado para ataque e defesa. Se o dono não exercita o cão de tempos em tempos o bicho tende a "esquecer" a parte que não lhe interessa, largar sob comando, e tende a ficar com a memória bem viva do que lhe interessa, morder estranhos. Mesmo comandos básicos deixam de ser obedecidos com precisão e presteza se nós não usarmos estes comandos no dia-a-dia, como por exemplo, sentar antes de atravessar uma rua, ou quando estiver dentro de um elevador. Ficar deitado debaixo da mesa enquanto a família janta, vir prontamente quando é chamado, nem que seja só para ganhar um cafuné ou um biscoitinho.

Se o cachorro está sendo treinado e o dono não estiver gostando da maneira como este treinamento está sendo conduzido, ou o cachorro não parece feliz, ele deveria primeiro tentar falar com o treinador e ver o que pode ser mudado no programa que está sendo utilizado no momento. Se isso não funcionar é possível procurar outro treinador ou o próprio dono assumir o treinamento. O importante é não abandonar o trabalho no meio do caminho. Afinal, educar o peludão é um dos melhores investimentos que o dono pode fazer para a relação dele com o elemento de quatro patas.

Bom, acho que já escrevi muito além da conta. Se você conseguiu ler tudo isso até aqui, considere-se de parabéns. Você já demonstrou que possuiu várias das qualidades para ser um excelente proprietário canino. Você já demostrou que tem interesse, paciência, e persistência. :-)

E para terminar deixo vocês com a experiência de dois alunos meus que se mostraram muito sábios.

Um era uma senhora bem idosa que me disse, ao final de um treinamento complicado, que ela estava muito satisfeita com o cachorrinho dela. Segundo esta senhora o cachorrinho dela era MUITO obediente. Tudo dependia da forma que a gente dizia o comando para ele, que ele atendia em 100% dos casos. E me fez uma demonstração prática. Era assim:

Para o cachorro sentar é só você perguntar: Como é Totó? Você vai sentar ou não vai? E aí ele senta ou não senta. 100% de acerto!!!!! A mesma coisa para o VEM. E aí Totó? Você vem ou não vem? Aí ele vem ou não vem. Novamente 100% de obediência! ;-)))

Já um outro casal, ao preencher a nossa ficha de inscrições onde os donos devem marcar quais os problemas que o cachorrinho tem, discutiam se deveriam marcar o item NÃO SABE QUEM MANDA (uma tentativa nossa de colocar de forma bem simples a percepção de dominância sobre o dono). E a esposa reclamando com o marido: "Não marca este não, é claro que ele sabe quem manda: ELE!" ;-)))))

E se vocês me permitem um trocadilho horroroso, já que estamos tratando de uma lista dos erros mais comuns que nós cometemos: ... Errar é humano, perdoar é canino! :oPP

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Indenização - Danos Materiais, Morais E Estéticos


Indenização - Danos Materiais, Morais E Estéticos - Vítima Atacada






Jurisprudência - Direito Civil

NDENIZAÇÃO - DANOS MATERIAIS, MORAIS E ESTÉTICOS - VÍTIMA ATACADA POR CÃO DE PROPRIEDADE DO RÉU - CULPA - QUANTUM - POSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO. 01. Ficou provada a insuficiência de cuidados para impedir ataques do rottweiler a terceiros, haja vista, por um lado, a notória força e ferocidade de cães da raça rottweiler e, por outro, a fragilidade do portão de onde o cão se achava guardado, que, no dizer do laudo pericial de fls. 19-21, podia ser aberto por simples "vibrações sucessivas leves. 02. Tendo o apelante deixado seu cão bravo sob a responsabilidade do caseiro, seu preposto, e não tendo este impedido de forma eficaz o ataque do animal bravo à vitima, é evidente que a culpa in eligendo do apelante também está presente, porque não escolheu adequadamente quem fosse responsável o suficiente, para impedi-lo de causar quaisquer danos. 03. Demonstrada a existência de danos, assim como a ação danosa e a relação de causa e efeito entre ambos, e bem assim que a vítima não teve culpa, nem a decorrência de força maior, a conclusão inexorável é de que foi correta a sentença apelada, no tocante ao reconhecimento da responsabilidade civil do apelante, pelo evento em questão. 04. "Admite-se a cumulação do dano moral e estético, ainda que derivados do mesmo fato." (Reg. Ac. 148740). 05.Apelação parcialmente provida. Unânime. (TJDF. 20000110727866APC, Relator ROMEU GONZAGA NEIVA, 5a Turma Cível, julgado em 28/03/2005, DJ 01/09/2005 p. 140)