sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Cão da raça São Bernardo acusado de morder criança

PAULÍNIA (SP)

Cão da raça São Bernardo acusado de morder criança tem fila de candidatos para adoção

14 de maio de 2013 às 15:00

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
O cão da raça São Bernardo, que mordeu uma criança de 1 ano e 2 meses em Paulínia (SP), tem fila de espera para ser adotado. Samuel Palma Alves não resistiu ao ferimento e morreu na quinta-feira (9) e desde então o cachorro da família está em observação no Departamento de Zoonoses da cidade. Segundo a diretora da Vigilância em Saúde, Sandra Soares, o departamento já recebeu várias ligações de pessoas interessadas no animal.
O acidente ocorreu quando o menino estava com o pai e o irmão em casa, no Jardim Planalto. Segundo o tio da criança, Márcio Antônio Alves, o cachorro estava preso no quintal e o pai não viu quando Samuel saiu do interior da residência e foi ao encontro do animal. A criança foi mordida no abdômen e chegou a ser levada para o Hospital de Paulínia, mas não resistiu aos ferimentos. O garoto foi enterrado na tarde de sexta-feira (10) no Cemitério Municipal.
Adoção
A diretora da Vigilância em Saúde afirma que está orientando os interessados a aguardarem o período de observação do animal, que deve durar pelo menos sete dias. “Ainda não sabemos como será o processo de adoção, por isso não há um número de pessoas na fila, não sabemos como faremos e ou quem será escolhido”, diz Sandra. Para que o São Bernardo possa ser adotado, é necessário que a família da criança autorize em um documento por escrito, o que ainda não ocorreu.
Cão é dócil.........
O tio da criança contou que o cachorro estava com a família há cerca de dois anos, era manso e não costumava ficar preso em casa. A diretora da Vigilância em Saúde confirma esse comportamento e disse que o São Bernardo está tranquilo e não apresenta agressividade ou sinais de maus-tratos, por isso, está apto para adoção.
Segundo a coordenadora do curso de veterinária da Faculdade Anhanguera de Campinas Marta Luppi, apesar da raça ser considerada tranquila, alguma adversidade pode ter gerado o comportamento agressivo do animal. “Não podemos rotular as raças, o cão pode ser tranquilo e dócil, mas se estiver com dor, por exemplo, pode reagir de outra forma”, explica.
Força da mordida
O delegado da Delegacia de Paulínia Luiz Antônio Correia da Silva, responsável pela investigação, pediu a produção de um molde da boca do animal para medir a força da mordida que atingiu o menino. O prazo para o resultado do exame, que deve ser anexado ao inquérito, não foi divulgado. A polícia registrou o caso como “morte a esclarecer” e o delegado considerou a morte como uma fatalidade. Os depoimentos dos pais ainda não haviam sido agendados até essa publicação.
Fonte: G1

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