sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Cão 'rottweiler' ataca menina de 20 meses


Cão 'rottweiler' ataca menina de 20 meses

por PAULA MARTINHEIRA15 fevereiro 2008
Criança internada nos cuidados intensivos
"Aconteceu tudo num ápice, de forma inesperada e sem que ninguém se tivesse apercebido. Quando cheguei ao pé da minha sobrinha, só tive tempo de afastar o Apolo e prendê-lo. O crânio da menina estava à mostra e havia sangue por todos os lados. Pensei que estivesse morta." Foi com a voz ainda trémula pela emoção da tragédia vivida que André Fernandes contou ao DN o ataque que um dos seus três cães rottweiler, de sete anos, desferiu ontem, cerca das 10.00, contra a sua sobrinha, Eva, de 20 meses, quando a avó paterna se preparava para a colocar na cadeirinha do carro, na casa da família, no sítio da Soalheira, entre Loulé e Boliqueime, a fim de a levar ao infantário.
À hora do fecho desta edição, a menina, que foi levada numa ambulância dos Bombeiros de Loulé para o centro de saúde local e posteriormente transferida para o Hospital Central de Faro, tendo estado, nesse percurso, sempre consciente, encontrava-se internada na Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, depois de ter sido submetida durante a tarde a uma intervenção cirúrgica por duas equipas, uma de Neurocirurgia e outra de Cirurgia Plástica. Segundo referiu ao nosso jornal fonte hospitalar, a sua situação clínica era "grave", mas na fase pós-operatória, estava "estabilizada".
"A minha mãe levou a Eva ao colo até à viatura, a pouco mais de 20 metros da casa, e colocou-a no chão para ajeitar a cadeirinha. A miúda começou a chorar e foi nessa altura que o cão se aproximou dela, cheirou-a e atacou-a subitamente", relatou o tio da Eva, sublinhando que "foi tudo horrível, um verdadeiro filme de terror, com a minha mãe a tentar desesperadamente afastar o Apolo da menina, deitando-se por cima dela para a proteger". André estava em casa e assim que ouviu os gritos correu imediatamente em direcção ao carro, tendo conseguido afastar o cão, o qual, "repentinamente, ficou dócil como sempre foi. Não sei o que terá acontecido", relatou, argumentando que "o comportamento do animal pode ter a ver com o facto de ele saber que é preso sempre que a minha sobrinha sai à rua".
O cão, que por volta das 12.00 foi levado para o Canil Municipal de Loulé, mordeu a Eva em várias partes do corpo e sobretudo na zona da cabeça. O tio da vítima, que é também proprietário de outro macho e uma fêmea da mesma raça, com oito e nove anos, respectivamente, assegura que o animal "nunca teve qualquer manifestação agressiva" e estava "familiarizado" com a criança.
De acordo com André Fernandes, a menina, que vive com o pai (separado da mãe) na moradia dos avós paternos, "nunca sai à rua com os cães soltos". "Temos sempre essa preocupação", garantiu, contando que, ontem, "por azar", o carro da sua mãe, Aurélia, de 50 anos, (que ficou em estado de choque), não estava estacionado, como habitualmente, em frente à porta de casa.


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