quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cidades se mobilizam contra os cães pitbulls

Cidades se mobilizam contra os cães pitbulls

16/09/2007 - 05h11 , sem atualização

Vereadora Mônica (DEM) solicita mais fiscalização sobre as regras de segurança para a posse e condução na via pública de cães ferozes
Vereadora Mônica (DEM) solicita mais fiscalização sobre as regras de segurança para a posse e condução na via pública de cães ferozes


(Da Redação) - A Prefeitura de Belo Horizonte iniciou a implantação de microchips eletrônicos em cães da raça pitbull, com o objetivo de evitar o abandono indiscriminado dos animais e tornar mais ágil e eficaz a recaptura dos que se percam ou fujam.

Do tamanho de um grão de arroz, o chip é aplicado sob a pele do cão por meio de uma seringa. A implantação é gratuita e os disposivitos armazenam informações sobre o proprietário, responsável legal pelo animal, além de dados como local de nascimento do pitbull, histórico de cirurgias e vacinas. Aproximadamente 2.200 pitbulls foram cadastrados na capital mineira. O executivo municipal adquiriu 6 mil chips.

Já em Campinas foi aprovado o projeto que determina a castração dos cães da mesma raça. A justificativa do projeto é "evitar a proliferação de uma raça tão feroz e violenta". Quem descumprir a lei será multado em R$ 1.782 e tem uma semana para castrar. Os custos da castração ficam por conta do dono. Em Ribeirão Preto um vereador propõe a mesma lei da castração.

Para o veterinário e responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses, Josiel Hebling, a medida adotada em Minas Gerais é interessante, mas é preciso ver os custos e a viabilidade disso. "É importante cadastrar todos os animais. Com a Campanha da Vacinação Anti-Rábica, estamos percorrendo a cidade inteira a fim de fazer isso", fala: "agora, sobre os chips, sei que custam em média de R$ 5 a R$ 8 e precisamos ver quem vai arcar com as custas, uma vez que hoje existe a lei de responsabilidade fiscal", acrescenta.

Já sobre a lei que querem implantar em Campinas, ele acredita que vai interferir no livre-arbítrio. "Imagine se proibisse a população de se reproduzir", pontua: "o fato de a raça ter um histórico violento não impede a reprodução", acrescenta.

Outro problema que o veterinário destaca é em relação à fiscalização e cumprimento das leis. "Existe a lei que estabelece que animais das raças pitbull, rottweiler e mastin napolitano deverão ser conduzidos com guia curta, enforcador e focinheira, mas quem fiscaliza isso?", questiona.

A vereadora Mônica Hussni Messetti (DEM) solicita ao Centro de Controle de Zoonoses a possibilidade de adotar uma maior fiscalização sobre as regras de segurança para a posse e condução na via e logradouros públicos de cães considerados de raças ferozes , como pitbull, rotwailler e mastin napolitano.

JC Rio Claro: Cidades se mobilizam contra os cães pitbulls

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