segunda-feira, 18 de julho de 2011

Comerciante morto por pit bull criou cão por 5 anos

Como não era atendido, pediu para subir na obra de um sobrado para olhar a casa e viu o corpo na varanda. Marcas de sangue estão na parede externa da residência.

Crédito: João Garrigó
Comerciante morto por pit bull criou cão por 5 anos
Empresário foi encontrado no quintal. Foto foi alterada por conta das condições do corpo.
   O comerciante Fernando Jorge Paes, 44 anos, morto por um cão da raça pit bull, na rua Roberto Mange, em Campo Grande, pegou o animal para criar quando ainda era filhote, há cinco anos, segundo contou o cunhado dele, o professor João Bosco de Souza Filho.

Bosco diz que o cão nunca havia demonstrado comportamento agressivo. Fernando morava sozinho com o pit bull e um outro cão vira-latas. Ele era proprietário da loja de parafusos Fepar, localizada na Calógeras e bastante conhecida na região.

Um vizinho contou que por volta de 23 horas escutou latidos e barulho e acionou a Polícia Militar. Os policiais foram ao local, tocaram a campainha e como não perceberam movimentação estranha foram embora.

Hoje de manhã o gerente da loja de Fernando foi ao local chama-lo, estranhando a demora. Como não era atendido, pediu para subir na obra de um sobrado para olhar a casa e viu o corpo na varanda. Marcas de sangue estão na parede externa da residência.

Fernando teve parte do peito, da perna e do braço direito arrancados a mordidas. As mordidas atingiram todo o corpo dele, incluindo a cabeça.

Os bombeiros foram acionados e quando chegaram ao local precisaram de reforço para conter o cão, que estava muito agitado e bufava.

O ajudante de operação do CCZ (Centro de Controle de Zoonoezes) Antônio Ednaldo Oliveira fazia coleta de sangue para exame de leishmaniose e vacinação anti-rábica nas imediações e foi chamado pelos bombeiros para ajudar a dominar o animal. Com cambão, um cano com uma corda na ponta, conseguiram laçar o cão.

Ele será levado para o CCZ onde ficará em observação e se não tiver doenças o destino será decidido pela família da vítima, que pode pedir que seja sacrificado. No local em que o comerciante morreu, familiares estavam desconsolados.


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