"Só pensei em salvá-la"
Policial passava pelo local, quando ouviu os gritos da menina de dois anos.
10-01-2012 09:17
PM passava pelo local quando ouviu os gritos da criança (Foto G1)
O policial militar de Cuiabá Rosicley Pereira dos
Santos, de 33 anos, afirmou que a única forma encontrada para tentar
salvar uma criança de dois anos de idade do ataque de pit bulls foi
atirando contra os cães.
Santos estava à paisana e foi quem invadiu a residência da
menina no bairro Jardim Universitário, na capital, no momento em que
ela era atacada por quatro cães.
“Eu ouvi os gritos quando passava pela rua e, ao entrar na
casa, vi os cachorros mordendo a criança. Eu só pensei em salvá-la”,
contou em entrevista ao G1, logo depois de enfrentar os pit bulls.
A criança sofreu ferimentos graves. O policial disse que
também foi atacado por três dos cães quando foi até o quintal da casa.
No entanto, ele estava armado com uma pistola de calibre ponto 40 e
atirou contra os animais.
“Eu atirei para evitar que
me atacassem também. Os cães se assustaram, mas quando olhei ao meu
lado vi o outro cachorro com a cabeça da menina na boca. Aí, abati o
animal”, relatou, emocionado. O fato ocorreu por volta das 14h desta
segunda.
Dois cães morreram na hora e outro tentou escapar, mas foi
morto a alguns metros da residência, em um córrego. Já o quarto
cachorro conseguiu escapar e foi encontrado ainda no bairro, embaixo de
um veículo.
Uma equipe do Centro de Controle Zoonoses da capital foi
acionada e resgatou a cadela do local. Membros da instituição informaram
ainda que é uma fêmea que está prenha.
A criança foi socorrida pelos paramédicos do Serviço de
Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhada para o Pronto-Socorro
Municipal de Cuiabá (PSMC). De acordo com informações do hospital, a
criança foi internada em estado gravíssimo.
Ela ficou muito machucada e os ataques foram
principalmente no rosto, cabeça e braços. “É uma situação lastimável.
Foi muito desesperador quando comecei a ouvir os gritos e ver os
moradores todos na rua desesperados”, frisou o policial.
Ele contou ao G1 que mora no bairro há sete anos e que não
conhece a família da menina. Rosicley dos Santos também declarou que
não sabia sobre os cães na residência e acredita “ter sido enviado por
Deus” naquele momento para resgatar a garota.
Na ocasião do ataque, a menina estava apenas com a babá na
casa. Ela e o policial foram para a Central de Flagrantes, onde
prestaram depoimento à Polícia Civil.
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