domingo, 11 de abril de 2010

R$ 1 mil por pista de matador de cães


Belo Horizonte
Moradores do Sion oferecem R$ 1 mil por pista de matador de cães
Labradores, poodles, buldogues, pincher, vira-latas e seus respectivos donos participaram de um inusitado evento na manhã de domingo no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Os belos animais levavam a crer que era uma exposição de cães, mas, na verdade, tratava-se de uma manifestação contra o envenenamento de pelo menos seis animais, seguido da morte de dois deles: um pincher e o vira-lata Amarelinho, que virou o símbolo do movimento. Os donos de cães, preocupados, veterinários e até pessoas de outros bairros que sofrem com o mesmo problema participaram do ato.

Os manifestantes, com o apoio da Sociedade Mundial Protetora dos Animais (World Society for the Protection of Animal/WSPA), querem uma punição exemplar para o autor dos envenenamentos. A entidade oferece uma recompensa de R$ 1 mil para quem tiver provas que possa esclarecer o mistério do envenenamento. Durante a caminhada, foi feito o pedido de um minuto de silêncio em memória do Amarelinho, pelo representante da WSPA Franklin Oliveira. Com as palavras de ordem “Cadê o Amarelinho? Quem matou o Amarelinho?”, os manifestantes exigiam a abertura de um inquérito policial para investigar o envenenamento dos cães, que, ao que tudo indica, teria sido o ato deliberado de um serial killer de cachorros, como os manifestantes chamavam o autor dos envenenamentos.

No domingo de Páscoa, Amarelinho foi encontrado morto em um jardim, depois de ter comido almôndegas e salsichas com estricnina, um veneno popularmente conhecido como chumbinho. A veterinária Mayumi Mano informou que um advogado ambiental pretende levar o caso à Justiça, mas, para que tal medida seja tomada, o grupo está recolhendo provas para mostrar que ocorreu um crime.

Acompanhada de seus cães de estimação, Yoshi, Chib e Yuji, Mayumi considera que o autor do envenenamento também coloca em risco a vida de crianças pobres que porventura possam mexer nos locais onde são colocadas as almôndegas e salsichas com o veneno. “O chumbinho provoca uma morte dolorosa e cruel. A venda inclusive é proibida”, disse a veterinária Rebeca Quintão, acompanhada do labrador Hidra e da buldogue francês Luna.

De acordo com a veterinária Lêda Maria Guimarães, os animais estão amparados pelo artigo 32 da Lei Federal dos Crimes Ambientais (9.605/98). Rebeca, que atendeu quatro dos cães envenenados, considerou o ato uma covardia, mas reconheceu que os donos dos animais devem recolher as fezes dos cachorros. Segundo ela, a pessoa insatisfeita poderia ter feito uma campanha juntamente com os pet shops locais para uma melhor educação dos cães e também de seus donos.

A passeata, que teve início na Praça JK, dispersou-se na Rua Correias depois de um minuto de silêncio, quando muitos cães foram para casa, carregados no colo por seus donos.

http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2009/04/27/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=107982/em_noticia_interna.shtml

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