quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

'Pitbull' não tinha 'chip' nem seguro obrigatório

por PAULA MARTINHEIRA  
Dedo polegar do jovem atacado foi recolocado e pele do braço enxertada
O pitbull que atacou um rapaz de 12 anos, na sexta-feira em Lagoa, no Algarve, não está registado na junta de freguesia onde a sua proprietária reside, não tem o chip obrigatório para os cães de raça considerada perigosa à luz da lei nem tem o seguro de responsabilidade civil obrigatório, apurou o DN junto da Guarda Nacional Republicana. O cão é considerado "extremamente agressivo."
O jovem Marcos Sousa foi operado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, entre as 23.00 de sexta-feira às 03.30 da madrugada de ontem. Foi-lhe recolocado o dedo polegar e realizado um enxerto na pele do braço. "Disseram-nos para aguardar uma semana, para ver se não há rejeição por parte do organismo e esperar que os tendões voltem de novo à normalidade", disse a mãe, Cláudia Sousa, que permaneceu em Lagoa juntamente com os outros dois filhos. É o marido, Carlos Sousa, que acompanha Marcos em Lisboa, onde permanece internado. "Estou com o coração nas mãos, ele é um apaixonado por computadores, para além de jogar futebol nos tempo livres, e penso que o seu futuro vai passar pela área da informática", conta a mãe.
O DN apurou que para além do auto-de-notícia que a GNR vai enviar ao Ministério Público (MP) por ter sido cometido um crime de ofensas à integridade física grave, dois autos de contra-ordenação serão também levantados, relacionados com a situação ilegal em que se encontra o cão.
Para além disso, adiantou fonte da GNR, será levantado um terceiro auto de contra-ordenação por negligência, já que não foram garantidas por parte da proprietária (cujo filho, com cerca de 18 anos, é o detentor do cão) as condições de segurança para que este não se soltasse da propriedade, situada próximo do local onde o animal atacou o jovem Marcos Sousa, quando este regressava da escola, juntamente com outros colegas.
O pitbull foi levado passado cerca de duas horas para o Canil Municipal, onde se encontra. O veterinário municipal de Lagoa, Carlos Costa, disse ao DN que o cão é "extremamente agressivo", pelo que "tem de ser abatido."

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Ataque de cão que feriu criança não é inédito

por ALEXANDRE MOURA  
Um rapaz de quatro anos foi atacado por um rottweiler quando entrava na casa do namorado da mãe. A criança está a recuperar no Hospital de Faro e o cão foi para o canil municipal. Mas os moradores temem pela segurança, uma vez que o dono tem outros cães que já atacaram os vizinhos
Um menino de quatro anos ficou gravemente ferido após ter sido agredido por um cão de raça rottweiler. O ataque aconteceu na noite de quarta-feira, em Faro, e a criança ficou internada no hospital central do município. "A recuperação do menino está a evoluir, apesar dos múltiplos ferimentos que sofreu na cabeça, braços e pernas", esclareceu ontem ao DN fonte da unidade de saúde.

A PSP foi ontem à casa de Hugo Martins, proprietário do Rottweiler e levou o animal para o canil municipal, onde aguardará por um relatório que dará ordem, ou não, de abate. Acontece, porém, que Hugo é também proprietário de outros três animais - dois pastores alemães e um doberman - e tem em curso quatro processos de contra-ordenação na Câmara Municipal de Faro, fruto de problemas causados pelos seus cães.

O último ataque aconteceu quando o rapaz de quatro anos entrou na sua casa, acompanhado pela mãe. "Foi tudo muito rápido. O cão atirou-se ao meu filho e não deu tempo para fazer nada", contou Carina Hugo, de 24 anos, explicando que ainda se feriu ao tentar ajudar a criança. "Se o meu filho não ficou pior foi porque eu me pus em cima dele e cada vez que o cão mordia eu abria-lhe a boca com as minhas mãos, mas o animal parecia que só queria morder o miúdo", recordou.

Carina Hugo, no entanto, não vai apresentar queixa contra o proprietário do animal que atacou o seu filho: "O meu namorado já me tinha avisado que o cão não gostava de crianças. Para mim o dono não tem culpa, agora se o cão vai ser abatido ou não, já não quero saber."

Mas os vizinhos de Hugo Martins continuam temer pela sua segurança, uma vez que há outros cães que já atacaram alguns moradores. "Já fui mordido pelos três cães que entraram dentro de uma loja para me atacar e tenho ainda um cachorro que também foi mordido no pescoço", denunciou Ricardo Jacinto, de 30 anos, acrescentando ter dois filhos e não se sentir seguro quando os deixa brincar fora de casa. "O dono não tem controlo sobre os seus cães e, por isso, os animais deveriam ser retirados da sua posse", defendeu.


 
 

Cão sem vacinas nem 'chip' morde mulher durante dez minutos

por JOSÉ MANUEL OLIVEIRA05 Dezembro 2008
'Pitbull' solto na rua atacou uma mulher de 49 anos e arrancou-lhe pedaços de carne da perna.
Uma mulher de 49 anos foi mordida, ontem, pelas 09.50, numa perna e num braço durante cerca de "dez minutos" por um cão de raça pitbull sem vacinas nem chip. O incidente ocorreu a cerca de 300 metros da sua casa, em Montemor, perto de Quelfes (Olhão), quando seguia a pé com uma criança sua vizinha.
Depois de ter sido assistida no local numa ambulância do INEM, a vítima, Ermelinda Santos Lopes, que vive com o marido e dois filhos - um rapaz e uma rapariga -, foi levada para o Hospital de Faro para ser suturada com numerosos pontos - "nem me disseram quantos", frisou.
O cão, com cerca de quatro anos e 35 quilogramas de peso, foi levado para o canil municipal, onde permanecerá durante 14 dias para se verificar se sofre de alguma doença, após o que será tomada a decisão de o abater ou não, perante o grau de perigosidade que representa. O dono já foi identificado pela GNR.
"Quando passei na estrada junto à casa do dono, dois cães, um grande e outro pequeno, saltaram do terreno onde estavam, tendo o maior mordido a minha perna direita na zona abaixo do joelho. Andei à roda com a menina, de quatro anos, que levava pela mão, para a proteger. Depois, o animal afastou-se, mas o mais pequeno, sempre ao lado dele, atiçou-o, o que fez com que voltasse a atacar-me", relatou ontem à tarde ao DN, Ermelinda Lopes, no quintal da sua moradia, enquanto mostrava a roupa com as marcas de sangue.
Aos gritos e sem ninguém que a socorresse, ainda viu um carro abrandar, na esperança de que iria ser ajudada. Mas o condutor foi-se embora. Garante que "o dono do cão estava em casa".

2 Comentários
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Utilizador Não Registado

Daniel

13.04.2010/10:27

É inadmissivel ,todos os donos que tem cães perigosos capazes de atacar e matar deviam responder como fossem eles os donos qu mataram apanhar no minimo 15 anos de cadeia ter um cão assasino é igual a ter uma arma

Utilizador Não Registado

Joao Loureiro

11.04.2010/07:44

Isto é inadmissível! "...permanecerá durante 14 dias para se verificar se sofre de alguma doença, após o que será tomada a decisão de o abater ou não, perante o grau de perigosidade que representa." Um cão que morde tem de ser abatido imediatamente e sem qualquer discussão! Para além de o dono do cão ser instituído por omicídio involuntário e ter de pagar indeminizacão por danos físicos e morais. A lei e fiscalizacão sobre os cães tem de ser muito mais apertada. Pensem nas pessoas inocentes que sofrem ataques de cães e ficam desfiguradas para toda a vida!


Evite ataques de animais


Esta semana, o ataque de um cão a uma criança de 1 ano e 9 meses chocou muitas pessoas. O menino passeava com o pai em uma praça do Alto de Pinheiros, região oeste da cidade, quando o pastor alemão fugiu de sua casa e mordeu a criança no queixo e nas pálpebras. Os ferimentos só não foram maiores porque o pai conseguiu afugentar o cão. O animal pertencia a uma juíza, e ela afirma que ele nunca havia demonstrado comportamento agressivo. Como evitar acidentes desse tipo?
“O dono é o responsável, inclusive criminalmente, pelo comportamento do animal”, afirma Noemia Tucunduva Paranhos, médica veterinária do setor de vigilância epidemiológica do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), que também lida com os casos de agressões. De acordo com a veterinária, o dono do cão deve zelar para que ele não apresente riscos para os outros e para a própria pessoa. “Se você tem um animal de porte grande, precisa conhecê-lo e ensiná-lo desde cedo a conviver com pessoas. Atitudes como prender o cão com correntes, deixá-lo isolado no canil ou mesmo fazer brincadeiras agressivas como cabo-de-guerra podem deixá-lo mais violento”, diz a veterinária.
Na hora de passear com o cão, o uso de coleira com guia curta e focinheira é obrigatório para animais das raças Mastim Napolitano, Pit Bull, Rottweiler e American Staffordshire Terrier, segundo a Lei nº 11.531, de novembro de 2003. Quem desrespeitá-la pode arcar com uma multa de 10 UFESPs (cerca de R$160). Mas o uso destes equipamentos não deve limitar-se à legislação. Cães de outras raças, até mesmo pequenos, podem representar ameaças ao convívio. E cabe aos donos identificar estes comportamentos antes que o animal cause problemas.
Confira os sinais de que um cão apresenta comportamento agressivo:
  • O cão late e/ou rosna.
  • Mostra os dentes.
  • Os pelos da nuca e do dorso ficam eriçados.
  • As orelhas ficam abaixadas e para trás.
  • A postura se torna rígida, os membros mantidos afastados e o dorso encurvado.
Se o seu pet mostra estes sinais, não entre em pânico ou pense em doá-lo ou mesmo abandoná-lo. “A pessoa tem que se comprometer em reverter a situação e prevenir ataques”, diz Noemia. “Hoje existem especialistas em treinamento que garantem que quase todo animal pode ser recuperado. Não é muito simples, mas descartar não é a solução”. Assim, procure um adestrador, e garanta que o animal não ande sem supervisão em público. Cuidados extras devem ser tomados para que ele não escape de casa. Confira se a cerca ou muro apresenta falhas e evite que o pet fique na área da garagem durante a entrada e saída de veículos.
Mesmo quem não tem cachorros deve saber como interagir com eles. Caso você ache que será atacado por um cão, confira o que fazer:
  • Fique em pé, imóvel, protegendo a cabeça, o rosto e o pescoço, encobrindo-os com as mãos e braços.
  • Nunca olhe diretamente para o animal. Se ele atacar você, continue se protegendo, sem gritar, nem se mover. Tente ficar parado.
  • Se você cair, fique em posição fetal, ou seja, de lado com as pernas dobradas e os joelhos encostados ao tórax. A cabeça deve ficar encosta nos joelhos e as mãos protegendo o pescoço.
  • Fique imóvel até aparecer ajuda (se você ficar parado, provavelmente o cão não morderá).
Caso o animal ataque, é importante lavar a ferida com água e sabão e procurar um médico. Identificar o dono do animal também é fundamental para garantir que ele não possui raiva. Basta pedir para o dono observá-lo por dez dias, período no qual a doença se manifestaria. “A gente não costuma indicar vacina de raiva para a pessoa mordida caso o animal não apresenta a doença”, diz Noemia.
Você já foi mordido por algum animal? Seu pet já atacou alguém? Deixe um comentário!

Cães perigosos: GNR multiplica apreensões






 



Em três meses, a GNR confiscou quase tantos animais quanto os apreendidos durante todo o ano de 2007. Desasseis cães foram retirados aos donos.

Das 599 acções de fiscalização, efectuadas entre 1 de Janeiro e 31 de Março, resultaram 271 autos de contra-ordenação e 16 cães apreendidos, avança a Lusa, que cita relatório da GNR.

Em 2007, foram realizadas 1.993 acções de fiscalização sobre proprietários de cães de raças potencialmente perigosas, que resultaram em 952 autos de contra-ordenação e 33 animais apreendidos. A manter-se o ritmo de apreensões, o registo será facilmente suplantado.

Obrigações e deveres
Constitui contra-ordenação punível com coima entre 500 euros (montante mínimo) e 3.740 ou 44.890 euros (valor máximo), consoante se trate de pessoas singulares ou colectivas, a não esterilização dos animais, a falta de licença e seguro de responsabilidade civil, a circulação em locais públicos sem protecção, a comercialização ou o treino para fins de luta e aumento da agressividade.

Além da GNR, compete, de acordo com a legislação em vigor, à Direcção-Geral de Veterinária, à PSP e às câmaras municipais, através dos veterinários e polícia, assegurar a fiscalização das normas.

Segundo o despacho, os proprietários têm um prazo máximo de quatro meses para esterilizar os cães que tenham mais de quatro meses.
A maioria das fiscalizações ocorreu na rua ou em locais de grande aglomeração de pessoas com estes animais.

As estatísticas disponibilizadas pela GNR, uma das entidades com competência para verificar o cumprimento da legislação, não discriminam as raças nem permitem perceber os motivos das apreensões e qual o seguimento processual que foi dado.

Os dados referem-se, em parte, ao período anterior à publicação do despacho do Ministério da Agricultura, que proíbe a importação, reprodução e criação de cães de sete raças consideradas potencialmente perigosas (descritas abaixo) e de todas aquelas que resultem do seu cruzamento.

Muito contestado pelas associações de criadores, o despacho foi publicado a 14 de Março, no seguimento de acidentes graves envolvendo os animais. Segundo a proposta, os proprietários têm um prazo máximo de quatro meses para esterilizar os cães que tenham mais de quatro meses.

Clube dos Sete


Da esquerda para a direita, o Staffordshire Terrier Americano, o Rottweiler, o Fila Brasileiro, o Dogue Argentino, o Tosa Inu, o Pit Bull e o Staffordshire Bull Terrier.
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Fotografia © Leonardo Negrão - DN