em mansão para cuidar de cães vítimas da enchente em Teresópolis (RJ)
Janaina GarciaDo UOL, em Teresópolis (RJ)
Eles não entraram nas estatísticas da Defesa Civil do Estado nas chuvas
e deslizamentos de janeiro de 2011 e muitos ainda vagam pelas ruas de
cidades atingidas em situação de completo abandono. Em Teresópolis (RJ),
contudo, parte dos animais de estimação de quem morreu ou perdeu a casa
na tragédia encontrou um lar graças à ação de uma simpatizante da causa
animal.
Hoje, em uma casa maior onde mandou construir 12 canis em jardim vasto e meticulosamente cuidado, já são 44 animais --entre os quais, cinco gatos--, a maioria de “desabrigados” da enchente de um ano atrás.
“Onde eu morava antes, um vizinho chegou a jogar uma bomba caseira para
evitar os latidos”, lembra Claudia, assustada. Nos canis, além de ração
e água, os animais ainda são separados em número de no máximo cinco e
esterilizados.
A artista plástica e o marido, o músico Robson Vagner de Paula
Oliveira, 27, chamam os animais pelo nome, um a um --cada qual, batizado
ao deixar as ruas. O caso mais emblemático, segundo o casal, é o de
Noé, uma mistura de vira-lata com perdigueiro.
Tragédia na região serrana do Rio - um ano depois
A
artista plástica Claudia Watkins e o marido, o músico Robson Vagner de
Paula Oliveira, na casa dela em Teresópolis (região serrana do Rio) onde
foram construídos 12 canis que abrigam 44 animais --entre os quais,
cinco gatos --, a maioria de "desabrigados" da enchente de um ano atrás Daniel Ramalho/UOL
Assim como o personagem da Bíblia que escapou do dilúvio, Noé, o cão, teve uma sorte melhor que a de outros que perambulam pelas ruas de bairros como a Cascata do Imbuí e a Posse. “Uma época nós tentamos doar outros cães que ficaram, mas era levar cinco para uma feira de adoção e voltar com dez --as pessoas acabavam deixando lá em sacolas”, diz a artista plástica.
Ela se queixa de omissão do poder público a um assunto que, no fim, acaba sendo também de saúde pública. “Havia aqui em Teresópolis um abrigo com cerca de 200 cães da enchente, hoje são uns 60. E quem cuida é um casal de idosos que mal tem como comprar a comida. Abraçar esse tipo de causa, quando se precisa do poder público no mínimo para castrar esses animais, é esmolar, é ser franciscano”, revolta-se.
Se a adoção parou? Ela garante que está bem com os 44 animais que já evitam, por si próprios, qualquer silêncio na casa. De qualquer forma, pelas contas do casal, com cinco animais em cada canil ainda são 16 vagas não preenchidas.
Legal a atitude salvando a vida de inúmeros cães. Agora já imaginou se ela saísse por ai nas ruas da capital e adotasse algumas crianças de ruas ou se fossem em um orfanato e adotasse algumas crianças ou fossem em uma das muitas favelas que existe até pertinho deles ai mesmo. Ou melhor, se eles não querem lidar com crianças e só fazer uma pequena doação para ajudarem desabrigados ou visitar orfanatos. Doando um pouco de amor a seres humanos.
Eu não estou criticando a gesto desse casal, mas o porquê não ajudar uma criança ser humano e sim um cãozinho...
Como diz aquela musica do Eduardo Dusek
“Troque seu cachorro por uma criança pobre
E assim caminha a humanidade
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