12/01/2012 10h52
- Atualizado em
12/01/2012 11h10
Atacada por pit bulls em MT
Carlos Pinto afirmou que os quatro cães da família eram mansos.
Familiares fazem corrente de oração no hospital pela melhora da criança.
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Pai da criança afirmou que nem todos os cães da
casa eram da raça pit bull (Foto: Kelly Martins/G1)
casa eram da raça pit bull (Foto: Kelly Martins/G1)
O professor de Educação Física Antônio Carlos da Costa Pinto, de 41
anos, diz estar perplexo com o ataque que sua filha de apenas dois anos
de idade sofreu pelos quatro cães que criava em sua própria residência,
em Cuiabá. “Não sei como e porque isso ocorreu. Eles eram mansos e nunca
tinham atacado antes”, contou Antônio Carlos em entrevista ao G1.
Sophia Haber Pinto continua internada em estado grave na Unidade de
Terapia Intensiva (UTI) de um hospital infantil da capital, com diversos
ferimentos nos braços, cabeça e rosto. O ataque ocorreu na tarde de
segunda-feira (9), quando ela foi arrastada pelos cães, nos fundos da
residência, e teve o couro cabeludo arrancado. Segundo os médicos, o
rosto da criança também ficou quase todo desfigurado.
O pai da menina declarou que sempre deixava os cães presos nos fundos
da casa e nunca tinha registrado nenhum ataque. Além disso, garante que o
ocorrido não passa de uma fatalidade e que acredita na recuperação da
filha. “Torço muito pela melhora dela. Sei que a minha filha vai sair
dessa”, afirmou emocionado, no corredor do hospital.
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Antônio Pinto disse também que familiares e amigos realizam diariamente
correntes de oração no hospital em prol da recuperação da criança.
“Estamos fazendo de tudo para que ela saia daqui”, pontuou.
O professor dá aulas em uma escola particular da capital e contou ao G1
que, desde o ataque, nem ele e nem sua mulher retornaram para a
residência. Antônio também ressalta que prefere não ficar falando sobre o
caso até que a filha saia do hospital. A pedido da família, as
informações sobre o quadro clínico da menina também foram proibidas de
ser fornecidas pelo hospital. “Eu não quero ficar dando entrevistas ou
falar sobre o assunto enquanto minha filha estiver internada. Depois que
ela sair daqui [hospital], eu vou esclarecer todas as dúvidas”, frisou.
Quanto aos cachorros, o pai da menina limitou-se a dizer apenas que nem
todos são da raça pit bull, conforme foi divulgado pela polícia. Por
outro lado, não declarou estar arrependido de criar os animais na
residência.
SobrevivênciaA família mora no bairro Jardim
Universitário, região sul da capital, e Sophia estava apenas com a babá
quando foi atacada. A garota estava brincando na área da frente da casa e
os cachorros escaparam do quintal, abriram o portão que dividia os
fundos da residência e atacaram a vítima. Ela só foi resgatada minutos
depois por um policial à paisana que passava pela rua.
O policial militar Rosicley Pereira dos Santos, de 33 anos, estava
armado com uma pistola e atirou contra os cachorros. Dois cães morreram
na hora e outro tentou escapar, mas foi morto a alguns metros da
residência, em um córrego. Já o quarto cachorro foi encontrado ainda no
bairro, embaixo de um veículo. Uma equipe do Centro de Controle Zoonoses
da capital foi acionada e resgatou a cadela do local.
Em entrevista ao G1, o policial afirmou que essa foi
única forma encontrada para salvar a criança do ataque dos cachorros. Já
a babá Edinéia da Conceição Carvalho, de 32 anos, relatou que ficou
desesperada com toda a situação. “Eu fiquei desesperada quando a vi
[criança] sendo mordida pelo cachorro. Foi algo terrível, mas fiz tudo o
que podia na hora”, frisou.
http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2012/01/eram-mansos-diz-pai-de-crianca-de-2-anos-atacada-por-pit-bulls-em-mt.html
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