quarta-feira, 26 de março de 2014

Cachorro ataca criança de 4 anos

No Jardim Oratório



Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
Ricardo Trida/DGABC
A Polícia Civil de Mauá investiga se houve omissão de cautela na guarda de um cachorro mestiço de pitbull que atacou e mordeu o rosto de uma criança de 4 anos na segunda-feira, na casa onde ela mora, no Jardim Oratório.
Na ocasião, pela tarde, o menino estava com sua mãe no quintal quando o animal o atacou, causando escoriações em uma das bochechas, nariz e orelha. O choro da criança foi o que afastou o cachorro, evitando, assim, a tragédia.
“Foi um terror”, disse o pai, o azulejista William Albino dos Santos, 28 anos. Ele estava trabalhando em um local próximo de sua casa e encontrou o filho ensanguentado. “Estragou o rostinho dele. Só me resta agradecer a Deus pelo fato de não ter atingido os olhos.”
Há sete anos Santos mora no local, uma casa própria humilde cujo quintal é compartilhado com o casal de idosos que é proprietário do cachorro. Nos quatro anos em que o pitbull mestiço vive no espaço, vizinhos estimam que pelo menos oito pessoas já foram vítimas de suas mordidas.
Desde que o pequeno Lucas nasceu, no entanto, Santos vem conversando com os donos, pedindo, em vão, para que o cachorro fique preso. “Há um bom tempo estamos dialogando, mas não tem acordo”, disse o pai.
Enquanto o menino era atendido na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Jardim Oratório, o azulejista ainda tentou conversar com os donos do cão, mas a resposta que recebeu foi a mesma dada à equipe do Diário. “Se eles acham que tem alguma coisa errada, que busquem os seus direitos”, resumiu uma das acusadas, que não quis se identificar.
“Não queria a coisa desse jeito, envolvendo polícia, mas não tem jeito, eles não conversam com a gente. Agora só espero que tomem alguma atitude”, disse o pai, que contratou um advogado e tentará uma ação individual na Justiça.
Segundo Santos, os proprietários, por serem idosos, não conseguem segurar o pitbull mestiço. Por esse motivo, o animal jamais teria tomado vacina.
Enquanto o menino se recupera, já com os pais cientes de que os ferimentos deixarão sequelas, Santos espera que o Boletim de Ocorrência registrado no 1º DP (Centro) da cidade dê algum resultado. “O cachorro é o menos culpado pelo que aconteceu. É do instinto dele. Agora os donos têm, sim, de ser responsabilizados”, disse.



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