SINTRA
Pena suspensa para dono de 'rottweilers' assassinos
Indemnização à família da vítima mortal de 125 mil euros. Advogado vai recorrer
O dono dos quatro cães rottweiler que em Março de 2007 mataram uma mulher, em Sintra, não quis enfrentar os jornalistas após ter sido condenado, ontem, pelo crime de homicídio por negligência. Orlando Duarte saiu a correr do Tribunal de Sintra, após ouvir a sentença de 18 meses de prisão com pena suspensa e do pagamento de 125 mil euros de indemnização à família da vítima.
Após quatro sessões e algumas dezenas de testemunhos, a juíza Ana Paula deu como provado que Vira Chudenko, de 59 anos, foi morta pelos quatro cães de Orlando, embora tenha atribuído maior responsabilidade ao macho. "Todos participaram na morte, mas o Átila foi o mais activo, era o que tinha o comportamento mais agressivo, o líder da matilha", considerou.
A magistrada recordou os testemunhos das primeiras três pessoas a chegar ao local. "Vi pedaços de roupa pelo chão e que mais à frente estavam vários animais a comer qualquer coisa. Mais à frente vi alguém no chão. Pensei que fosse o dono a brincar com os animais, mas quando me aproximei vi que os cães estavam literalmente a comer a pessoa, parecia um filme de terror", testemunhou Lina Gomes.
O cenário de horror foi corroborado por outras duas testemunhas. "Quando chegámos vi uma coisa branca no chão, mas continuei a não acreditar que fosse uma pessoa, porque os cães não comem pessoas. Até que a vimos levantar um braço e aí entrei em pânico", contou a chorar Amélia Dias. Ambas asseguraram que os animais "não se incomodaram com o carro e nunca deixaram de devorar de forma assustadora".
Esta versão, salienta a juíza, é apoiada pelos bombeiros e agentes da PSP. "Vimos uma senhora caída no chão com várias feridas, com perda de tecido e os quatro animais deitados ao lado, mas não conseguimos socorrê-la porque os cães não nos deixaram sair", contou Nelson Gomes, tripulante da ambulância. A vítima ainda estaria viva, porque "ainda mexia a boca", mas o socorro só foi possível após a chegada da patrulha da PSP, que teve de disparar balas de borracha à cabeça do macho.
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