domingo, 21 de março de 2010

As feras do seculo 21


Raças como rottweiler, pit bull, fila e mastim napolitano são resultado de uma combinação genética feita para produzir animais de guarda e de combate. A mordida de um mastim napolitano chega a ter mais de 2 toneladas de pressão por centímetro quadrado. Ele é capaz de matar sem fazer grande esforço. Por isso, em alguns países, a criação dessas raças mais agressivas foi proibida e é bom que o mesmo aconteça no Brasil. Mas a experiência internacional mostra que a forma mais eficiente de combater os animais é cobrar responsabilidade de seus proprietários. Na França, quem tem um cão de raça agressiva é obrigado a registrar-se e ter um seguro para cobrir eventuais danos. Em vários Estados alemães só pode possuir um cachorro perigoso quem tem mais de 18 anos e nenhuma passagem na polícia. Na maioria dos Estados americanos, quem decide criar um cão de estimação pela primeira vez não pode comprar animais como os rottweiler, dobermann ou pit bull, ao contrário do Brasil. Para adquiri-los lá é preciso ser maior de idade e passar por cursos de treinamento. Só depois as autoridades concedem o registro do cão. Menores de idade não podem andar pelas ruas conduzindo animais de grande porte. "Com essa lei, as autoridades cobram responsabilidades dos donos sobre seus cães", afirma o veterinário José Pedutti, de São Paulo.

E, quando os cães atacam, a legislação no exterior é mais feroz em relação aos donos do que os próprios animais assassinos que eles possuem. Nos Estados Unidos, se um cão mata, o dono é preso e condenado a penas de até doze anos de cadeia. O resultado é que as pessoas pensam duas vezes antes de passear garbosas com seus totozões sem coleira. O mesmo acontece na Inglaterra e em outros países europeus. No Brasil, é diferente. Em tese, o dono de um cão assassino pode até ser condenado a pagar multas e ser preso por homicídio culposo, mas isso não acontece. São raríssimos os casos em que a vítima recebe do dono do animal que o atacou ao menos a indenização para as cirurgias plásticas. Nas sentenças de maior rigor, o dono do cachorro é obrigado a distribuir cestas básicas por alguns meses. Chega a ser um incentivo ao crime – ou pelo menos ao pouco-caso e à irresponsabilidade. A desculpa dos donos dessas feras é invariavelmente a mesma: diante de situações de stress, os bichos se tornam incontroláveis. Como se fosse possível cobrar conduta ética de seres irracionais e não de seus donos. São eles que levam os animais a parques, praças e praias, desprezando o risco que impõem aos outros. A cada dia mais de 1.000 pessoas dão entrada em hospitais vítimas de mordidas de cachorro.

Ataque na rua – O brasileiro adora cachorros. Existe um animal para cada cinco habitantes, o dobro do índice recomendado pela Organização Mundial de Saúde. Mas o problema não é o número de cães, e sim a raça do animal e o tipo de dono. Antigamente, a proporção de cães bravos no universo global dos animais de estimação era bem menor do que hoje. Como não existe nenhum controle sério, cada vez que se noticia um ataque, em vez de aversão, cresce a procura por cães assassinos. Os animais bravos já movimentam mais da metade do mercado canino. A procura por cães de guarda aumentou quase 30% nos últimos quatro anos e agora existem no país quase dois rottweiler para cada poodle. Doze anos atrás, não existia por aqui um único pit bull. Hoje, existem mais de 10.000.

Quanto aos donos, os compradores de cachorros bravos e fortes gostam de dizer que, em razão da ausência do Estado, que não lhes dá segurança, precisam de uma raça feroz o bastante para atuar como guarda da casa. É uma boa tentativa de desculpa, mas bastante esfarrapada. Primeiro porque a esmagadora maioria das vítimas foi atacada quando andava na rua. Depois porque os especialistas já perceberam: quem compra um cachorro feroz quer o animal como quem escolhe um carro que anda a mais de 200 quilômetros por hora. Lógico que não é por medo de ladrão que os brutamontes do jiu-jítsu decidiram adotar o pit bull como bicho de estimação favorito. O animal serve para intimidar qualquer inocente que cruze a rua. Uma pessoa preocupada com a segurança da casa ou de si mesma se satisfaria se comprasse um pastor alemão, uma raça clássica, agressiva o suficiente, mas extremamente inteligente e capaz de aprender a atacar apenas em situações de risco. Mesmo assim, muita gente prefere comprar um pit bull, um animal desequilibrado em algumas situações.

Outro argumento insensato usado pelos donos e por certos criadores é dizer que a lei quer invadir a privacidade de alguns, ferindo direitos sagrados. É uma afirmação duplamente infeliz. Primeiro porque só uma legislação mais moderna pode modificar o quadro atual, este sim que fere um direito sagrado das pessoas. No caso, o direito de não ser trucidado. Segundo porque os donos de cães bravos falam de um jeito que sugere alguma culpa por parte da vítima. Ou a vítima correu e – culpa dela – não deveria ter feito isso. Ou passou por um portão e – culpa dela – foi devorada. Ou estava numa praça e – culpa dela – fez um movimento brusco e acabou morta. É tão cretino quanto dizer que a moça provocou o estuprador porque saiu de casa vestindo minissaia. Basta uma olhada na galeria de exemplos dramáticos de pessoas feridas e mortas por cães no rodapé das seis páginas desta reportagem para descobrir quem está do lado certo da discussão. A vida dessas vítimas e a de sua família nunca serão as mesmas. São rostos desfigurados, orelhas arrancadas a dentadas, hemorragias e medo. Muito medo.

3 comentários:

  1. seu ....... vc n sabe o que diz se visse os casos de caes como eu acompanho vc ficaria chocado. vc diz que ces sao animais selvagens ?????
    pois a mais crimes contra caes do que de cqaes contra o homem!!!!
    mas ninguem ve no noticiario que um homem espanco e mutilo varios caes e sim um cao que de forma errada foi criado e fez o que aprendeu a fazer , se vc ensina uma criança a matar e ser cuel ela vai crescer achando isso certo. agora vc ficar chamando de assassinos caes que podem ser criados de maneira descende e serem amigos.agora olha um pouco os fatos reais antes de falar

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  2. Eu tenho certeza que os fatos todo mundo já esta cansado de tanto ver o que os cachorrinhos tem feito com a cumplicidade dos donos que insistem em dizer que a culpa são das vitimas, mas as vitimas estão por ai, recém nascidos, crianças, jovens, adultos, mulheres, idosas e muitos outros que ja viraram vitimam dos tais cachorrinhos mansos... Pois o meu blog e um arquivo. E só pesquisar um pouco aqui ai você vai mudar de idéias a respeitos dessas bestas. Eu fico sem entender proteger animais que matam e mutilam e o ser humano como fica. E cadê uma lei mais rígida e que funcione para controle e criação dessas espécies agressivas. Mas afinal de contas para que serve um cão agressivo que e capaz de mata até o próprio dono...?Será que alguém pode me responder isso ou ficou complicado.

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  3. O pit bull não é desequilibrado não desequilibrado é o que os compram..batem neles dão cãezinhos e gatinhos para treinar o mal no animal.E outra ele foi criado para ser desse jeito.pra diminuir acidentes as leis dos estados unidos devem valer aqui também.e também não cortem seus rabos..pois usam pra ter direção nem suas orelhas pois eles escutam muito bem...e ficar escutando dom estridente sem se proteger estressa qualquer um animal ou gente.e outra brasileiro adora meter o bedelhinho aonde ninguém o chamou..mad tratar bem seus animais ninguém quer..quantas vezes vejo animais de raça parecendo um trapo veio...sujo so o osso.sem água no meio de fezes e acorrentado?antes de ficar de mimimi com pit bull pense que o cão é um ser não um troço que late e que come e bebe automaticamente e que ta de show com a tua cara por isso você vai abandona-lo amarrado na linha do trem ou jogar na rodovia.quem faz isso não tem compaixão nenhuma.depois vem reclamar quando é enquadrado:so sabe responder não senhor sim senhor pro delegado e acha ruim pagar uma gaze pra pessoa ferida.

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