Menina atacada por cão deve passar por terceira cirurgia plástica em MT
Vítima de 2 anos ficou ferida no rosto e no abdômen após ataque.
Cão foi atingido por marteladas na cabeça e teve que ser sacrificado.
Emily Mariane da Silva de Miranda, de dois anos e sete meses de idade, deverá passar pela terceira cirurgia plástica nesta quinta-feira (26). Ela foi atacada por um cão há três semanas em Sorriso, a 420 km de Cuiabá. A menina estava acompanhada da avó e dos dois irmãos de 9 e 11 anos quando foi mordida no rosto e no abdômen pelo animal, em uma residência que fica na mesma propriedade onde mora. Ela foi levada por familiares ao Hospital Regional do município, onde encontra-se internada até hoje. Porém, não corre risco de morrer. O animal teve que ser sacrificado porque ficou gravemente ferido na cabeça.
Em entrevista ao G1, o médico que atende a criança, Iuri Viana, explicou que ela se recuperou bem, levando em consideração o trauma que ela passou. "Ela está muito bem. Fala, come e anda normalmente. Essa terceira cirurgia será feita para fazer um enxerto no rosto no local onde ela perdeu gordura e tecido da pele. Vamos analisar se a pele já está pronta para passar por esse procedimento e decidir se poderá ser feito mesmo nesta quinta”, informou.
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Ainda segundo Iuri, a primeira intervenção cirúrgica foi realizada logo depois de ela ter chegado ao hospital no dia 4 deste mês. Emily passou por uma cirurgia que durou quatro horas e levou 300 pontos. "Primeiro fizemos a reconstituição do rosto dela e a lavagem dos ferimentos, já que havia riscos de infecção em razão da mordida. A segunda foi feita para retirar partes do tecido morto, o que é normal acontecer nesses casos de grande traumatismo, em que há deslocamento do tecido e rompimento de vasos sanguíneos”, explicou o médico. Após o primeiro procedimento, ela chegou a ser levada à UTI do hospital, mas já não corria risco de morte.
A tia da menina, Laís Santos, conta aliviada que Emily está bem. “Estamos muito gratos a Deus e ao atendimento que ela vem recebendo pela equipe médica. Ela nem precisa mais tomar soro. Está tomando medicamentos via oral mesmo", disse. No hospital, a vítima está acompanha da mãe.
De acordo com a tia da vítima, fazia um mês que a avó morava no local e o cachorro sempre ficava solto no pátio. No momento em que ela foi atacada estava segurando uma mamadeira.“Minha mãe tentou lutar com ele e meu sobrinho de 11 anos também, mas o animal não soltava. Eles gritaram por socorro e dois pedreiros de uma obra perto foram ajudar. Eles encontraram um martelo e só depois de dar alguns golpes no cão ele soltou minha sobrinha”, relatou a tia.
O dono do animal não estava em casa no momento do ataque, mas conforme a tia, ele ficou muito abalado e prestou auxílio necessário à família. “Uma semana depois do ataque o cão acabou tendo que ser sacrificado porque estava muito ferido na cabeça e não sobreviveria”, contou
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