Garoto de cinco anos foi atacado pelo cão da avó, levou mordidas na cabeça, perdeu parte da orelha direita e da audição
Continua internado em um leito da
enfermaria infantil do Hospital Municipal Mateus Alberto de Oliveira, de
5 anos, vítima do ataque de um cão da raça pitbull na noite de
anteontem, no quintal da casa onde mora com a mãe, no bairro Santa Rita.
A mãe, Juliana Gomes da Silva, de 21 anos, contou que chegava da igreja
com o filho — que estava meio sonolento — nos braços, e o colocou no
chão para que pudesse abrir a porta da sala. Ela disse que o cão estava
manso. "No momento em que desci o Mateus do meu colo e o coloquei em pé
na porta da sala, o cachorro abocanhou a cabeça do meu filho", conta.
Ela disse que entrou em pânico. "Comecei a gritar para que o cachorro soltasse o meu filho, mas ele mordia cada vez mais", contou. Os gritos de Juliana acordaram o vizinho Felipe Teixeira, de 20 anos. Ele conta que acreditou que um ladrão tivesse entrado na residência e que a moradora ao lado estivesse em perigo. "No momento em que ouvi esses gritos, não pensei noutra coisa a não ser ajudar. Pulei o muro sem nada nas mãos que pudesse amedrontar esse possível ladrão, mas queria fazer alguma coisa", conta.
Felipe disse que quando chegou ao quintal da vizinha viu o cão com os dentes cravados na nuca da criança. "Peguei uma parte da churrasqueira e joguei no animal para que parasse com o ataque", conta. A mãe de Mateus também tentou evitar outros ataques à criança, e chegou a colocar a mão na boca do cachorro para que as mordidas parassem. Ela foi mordida pelo cão e ficou com um ferimento na mão esquerda.
Ferimentos
Ainda segundo Felipe, os ataques só cessaram quando a dona do animal, Nilzete Gomes da Silva, 38, que é avó da criança, chegou e chamou o cão pelo nome. Parte do couro cabeludo da criança foi arrancada, como também a orelha direita, que ficou pendurada por uma pele. Mateus e a mãe foram encaminhados às pressas por vizinhos ao Hospital Municipal.
A criança passou por uma cirurgia de aproximadamente cinco horas, na qual foi feita a reconstituição da pele e de parte do couro cabeludo. O cirurgião plástico Samuel Bicalho, que atendeu Mateus no hospital, informou que a criança perdeu a sensibilidade do lado direito do rosto e a audição do ouvido direito, por causa dos ferimentos.
Mãe e filho receberam a vacina contra a raiva, para o caso de o cão estar com a doença. Juliana foi medicada e permanece na enfermaria infantil com o filho, que deve ficar internado por um período inicial de dez dias que pode ser prolongado caso seja necessário, dependendo da reação do organismo da criança à medicação que vem recebendo.
O cão
A dona do pitbull, Nilzete da Silva, acredita que o cão tenha se assustado com a presença da filha e do neto, e por isso os atacou. Ela disse que a família colocou o animal em casa há dois anos, porque a residência havia sido alvo de três tentativas de arrombamento. "Ouvi outras histórias de ataques de pitbulls, mas nunca cheguei a imaginar que poderia acontecer com o cachorro que criamos.
Era um animal dócil e não demonstrava sinais de agressividade para com as pessoas que moravam na minha casa. O Brutus [nome do cachorro] foi colocado para evitar novas tentativas de furto no imóvel", justificou-se.
Nilzete disse que não quer o cachorro de volta e que pensa em outra forma de garantir a segurança da casa. A mãe de Mateus disse que o filho fora atacado pelo mesmo cachorro no ano passado. Ela contou que o primeiro ataque também foi na cabeça, mas os ferimentos foram mais leves. "O cachorro não gostava do Mateus, e por isso o atacou de novo", conta.
O cão foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) por uma equipe do Corpo de Bombeiros. O gerente do CCZ, José Batista, informou que o cão deve permanecer por um período de dez dias em observação, para se verificar se tem raiva ou não. "A comprovação da doença é feita com a morte do cão antes de completar os dez dias", explicou. Caso o cachorro não morra, pode ser devolvido ao dono ou, então, sacrificado.
Pastor alemão
Ontem o Corpo de Bombeiros registrou um outro caso de ataques de cão. Foi na rua 2 de Julho, no bairro Nossa Senhoras das Graças, por volta das 12h30. Ao entrar em casa, Tatiane da Silva Rodrigues, de 25 anos, foi mordida pelo próprio cão, um pastor alemão, que a feriu no braço e na perna direitos. Um parente de Tatiane conseguiu prender o animal. Quando os bombeiros chegaram, fizeram um curativo na garota. Depois Tatiane foi encaminhada ao Hospital Municipal.
Na semana passada, o Corpo de Bombeiros já havia registrado outras duas ocorrências de ataques de cães, mas nenhum por animais da raça pitbull. Num dos casos uma criança foi mordida por um cão da raça fox, que geralmente é de estatura baixa. No outro, também uma criança foi mordida por um pastor belga. Este animal fugiu da garagem de uma casa e avançou na criança, causando lesões graves na perna direita da vítima, que precisou passar por uma cirurgia.
Ela disse que entrou em pânico. "Comecei a gritar para que o cachorro soltasse o meu filho, mas ele mordia cada vez mais", contou. Os gritos de Juliana acordaram o vizinho Felipe Teixeira, de 20 anos. Ele conta que acreditou que um ladrão tivesse entrado na residência e que a moradora ao lado estivesse em perigo. "No momento em que ouvi esses gritos, não pensei noutra coisa a não ser ajudar. Pulei o muro sem nada nas mãos que pudesse amedrontar esse possível ladrão, mas queria fazer alguma coisa", conta.
Felipe disse que quando chegou ao quintal da vizinha viu o cão com os dentes cravados na nuca da criança. "Peguei uma parte da churrasqueira e joguei no animal para que parasse com o ataque", conta. A mãe de Mateus também tentou evitar outros ataques à criança, e chegou a colocar a mão na boca do cachorro para que as mordidas parassem. Ela foi mordida pelo cão e ficou com um ferimento na mão esquerda.
Ferimentos
Ainda segundo Felipe, os ataques só cessaram quando a dona do animal, Nilzete Gomes da Silva, 38, que é avó da criança, chegou e chamou o cão pelo nome. Parte do couro cabeludo da criança foi arrancada, como também a orelha direita, que ficou pendurada por uma pele. Mateus e a mãe foram encaminhados às pressas por vizinhos ao Hospital Municipal.
A criança passou por uma cirurgia de aproximadamente cinco horas, na qual foi feita a reconstituição da pele e de parte do couro cabeludo. O cirurgião plástico Samuel Bicalho, que atendeu Mateus no hospital, informou que a criança perdeu a sensibilidade do lado direito do rosto e a audição do ouvido direito, por causa dos ferimentos.
Mãe e filho receberam a vacina contra a raiva, para o caso de o cão estar com a doença. Juliana foi medicada e permanece na enfermaria infantil com o filho, que deve ficar internado por um período inicial de dez dias que pode ser prolongado caso seja necessário, dependendo da reação do organismo da criança à medicação que vem recebendo.
O cão
A dona do pitbull, Nilzete da Silva, acredita que o cão tenha se assustado com a presença da filha e do neto, e por isso os atacou. Ela disse que a família colocou o animal em casa há dois anos, porque a residência havia sido alvo de três tentativas de arrombamento. "Ouvi outras histórias de ataques de pitbulls, mas nunca cheguei a imaginar que poderia acontecer com o cachorro que criamos.
Era um animal dócil e não demonstrava sinais de agressividade para com as pessoas que moravam na minha casa. O Brutus [nome do cachorro] foi colocado para evitar novas tentativas de furto no imóvel", justificou-se.
Nilzete disse que não quer o cachorro de volta e que pensa em outra forma de garantir a segurança da casa. A mãe de Mateus disse que o filho fora atacado pelo mesmo cachorro no ano passado. Ela contou que o primeiro ataque também foi na cabeça, mas os ferimentos foram mais leves. "O cachorro não gostava do Mateus, e por isso o atacou de novo", conta.
O cão foi levado para o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) por uma equipe do Corpo de Bombeiros. O gerente do CCZ, José Batista, informou que o cão deve permanecer por um período de dez dias em observação, para se verificar se tem raiva ou não. "A comprovação da doença é feita com a morte do cão antes de completar os dez dias", explicou. Caso o cachorro não morra, pode ser devolvido ao dono ou, então, sacrificado.
Pastor alemão
Ontem o Corpo de Bombeiros registrou um outro caso de ataques de cão. Foi na rua 2 de Julho, no bairro Nossa Senhoras das Graças, por volta das 12h30. Ao entrar em casa, Tatiane da Silva Rodrigues, de 25 anos, foi mordida pelo próprio cão, um pastor alemão, que a feriu no braço e na perna direitos. Um parente de Tatiane conseguiu prender o animal. Quando os bombeiros chegaram, fizeram um curativo na garota. Depois Tatiane foi encaminhada ao Hospital Municipal.
Na semana passada, o Corpo de Bombeiros já havia registrado outras duas ocorrências de ataques de cães, mas nenhum por animais da raça pitbull. Num dos casos uma criança foi mordida por um cão da raça fox, que geralmente é de estatura baixa. No outro, também uma criança foi mordida por um pastor belga. Este animal fugiu da garagem de uma casa e avançou na criança, causando lesões graves na perna direita da vítima, que precisou passar por uma cirurgia.
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