Comportamento
Pratique os Dez mandamentos da Posse Responsável
1. Nunca adquira um animal por ele estar na moda; tenha consciência do seu perfil e estilo de vida.
2.Procure conhecer a procedência do animal e escolha sempre os filhotes de linhagem não agressiva.
3. A castração é um ato de responsabilidade social e saúde pública. Pode atenuar o comportamento agressivo de alguns animais,além de ser fundamental para evitar crias indesejadas e abandono.
4. Registro Geral Animal { GRA } com plaqueta e identificação permanente ( micro chip ou tatuagem ) é fundamental para o controle do animal de sua cidade e responsabilizar os inconseqüentes.
5. Leve seu animal regularmente ao veterinário ( mínimo uma vez por ano ) Atenção especial para as vacinas e vermifugação do seu pet. A alimentação deve ser feita de forma balanceada. Já existem rações específicas para algumas raças.
6. Cortar o rabo ( Caudectomia ) não é recomendável e o corte das orelhas ( Conchectomia ) é proibido pelo conselho Federal de Medicina Veterinária ( CFMV ), os dois procedimentos podem trazer riscos à saúde do animal.
7. Passeie com seu animal diariamente e reserve,no mínimo,um dia da semana para brincar com ele.
8. O espaço tem que ter , no mínimo 6 m2, com uma área para se abrigar e tomar sol. Não isole o animal em um único ambiente: ele precisa ter noção do seu mundo ao seu redor.
9. Focinheira : o uso em lugares públicos é obrigatório ,porém peça a orientação na hora da compra. O modelo ideal deve permitir que o animal abra a boca para respirar e beber água.
10. Procure um bom adestrador, aprenda sobre os comandos básicos,treino de obediência,socialização e as características da raça.
Como resolver problemas comportamentais dos cães
Como lidar com cães agressivos
A agressividade é provavelmente a razão mais comum pela qual um cão saudável é sacrificado. Às vezes, nos esquecemos de que os cães são predadores e podem causar ferimentos sérios e até mesmo fatais. Um cachorro agressivo é assustador.
Você precisa entender se o seu cão está realmente mostrando agressividade. A palavra agressão tem um significado específico no campo do comportamento animal. Tudo é muito relativo: o que é agressivo para nós pode ser perfeitamente normal para um cachorro. Um bom exemplo é a brincadeira. Uma criança que corre atrás de outra em um campo para morder as suas costas e derrubá-la no chão em uma luta intensa seria extremamente agressiva. Entretanto, para uma dupla de cães, essa seria a descrição perfeita de diversão. A brincadeira é vista como uma prática das habilidades do dia a dia. Por isso, é muito comum ver um cão absolutamente normal brincando de espreitar, seguir, caçar e até matar.
Então, como podemos saber? Normalmente pela aparência e pelo som. O cachorro está com cara de brincadeira, olhos abertos e boca aberta de maneira relaxada, como em um grande sorriso? O comportamento é acompanhado de rosnados furiosos e latidos? Ou os rosnados e latidos parecem uma brincadeira? Um sinal infalível é a troca de papéis: se um cachorro está perseguindo o outro, de repente muda de direção e o perseguidor começa a ser perseguido, pode apostar que é brincadeira.
Há várias razões pelas quais seu cachorro pode mostrar um comportamento agressivo. Aqui estão alguns tipos de agressão.
Defensiva. Aqui está um cenário típico de agressão defensiva. O cachorro faz alguma coisa errada. O dono o encontra e dá uma bronca, fazendo o cachorro se esconder embaixo da cama. O dono, então, entra embaixo da cama para puxá-lo e leva uma mordida.
Qualquer cachorro morde ao se sentir ameaçado. Neste caso, o cão recuou e se fez de "invisível", o que numa sociedade canina significa submissão. A única razão que o cachorro pode pensar para explicar que o dono ainda queira persegui-lo após ele ter se mostrado submisso e aceitado sua dominância é que quer feri-lo. O cachorro só está tentando se proteger. A melhor coisa a fazer quando seu cachorro se esconde após uma bronca é deixá-lo sozinho.
Territorial. A agressão territorial é uma das razões pelas quais gostamos de viver com cachorros. Eles defendem seu território, o que pode incluir a sua casa, pertences, comida e os donos. Fazem isso contra qualquer invasor. Sem a agressão territorial, não haveria cães de guarda.
No entanto, a agressão territorial pode perder o controle. Ela pode aparecer em coisas pequenas como pular, em coisas frustrantes como marcar território ou em coisas graves como morder. Mais uma vez uma boa relação de dominância com seu cão é essencial. Se você fizer o papel de cão dominante, ele vai se sentir seguro quando você estiver seguro. Assim, não vai defender o território contra as visitas, leitores de luz e carteiros. Ele só defenderá sua casa quando surgir a necessidade.
Agonístico (relacionado a dor). Um cão doente ou ferido sabe que é vulnerável. O mesmo é verdadeiro para um cão idoso, com os sentidos mais fracos, reações mais lentas e mobilidade prejudicada. Até mesmo situações extraordinárias podem fazer um animal vulnerável sentir que deve atacar e fazer sua própria defesa.
Algumas vezes a dor é visível e você pode esperar pela possível agressão. Em outras, entretanto, não é tão fácil notar antes que seja tarde demais. Se você está agradando ou brincando com seu cachorro como sempre faz, por exemplo, e ele rosna e tenta morder você de repente, suspeite de alguma dor e chame o veterinário imediatamente. A artrite é uma causa comum para este tipo de comportamento.
Reprodutivo. Este tipo de agressividade provavelmente não precisa de explicação. Se houver uma cadela no cio em qualquer lugar do universo, os cachorros não castrados saberão onde e tentarão chegar até ela de qualquer maneira, inclusive brigando uns com os outros. O instinto de reprodução pode ser o estopim de brigas entre cães e até mesmo de ataques fora do normal aos membros da família.
A solução infalível para este tipo de problema é óbvio e muito importante: você precisa castrar seu macho ou fêmea, de preferência antes dos seis meses de idade.
Quando chamar o veterinário
Um comportamento agressivo não é uma coisa que possa ser ignorada ou desprezada. A vida do seu cachorro depende disso. Se seu cão tem feito ataques sérios, especialmente de repente e sem ter sido provocado, faça uma exame geral com seu veterinário o mais rápido possível. Ele pode ajudar a determinar o tipo de tratamento ou indicar um especialista em comportamento de confiança. Apesar da agressão ser muitas vezes relacionada a um problema físico, como um tumor no cérebro, encefalite (infecção do cérebro), intoxicação por chumbo, hipoglicemia ou outros problemas no fígado, normalmente a causa é comportamental. Se seu cachorro mostrar qualquer forma de comportamento agressivo, chame seu veterinário ou um especialista em comportamento animal imediatamente.
Um dos tipos mais característicos de comportamento agressivo em cães é morder. Isso é algo que tememos, não importa se possuímos um cachorro ou não.
Como lidar com cachorros que mordem
A cada ano são relatados entre meio e um milhão de ferimentos por mordida de cães. As vítimas mais comuns destes ataques são crianças com menos de doze anos (aproximadamente 60% do total) e as cinco raças mais comuns entre os ataques são os chow-chows, rottweilers, pastores alemães, cocker spaniels e dálmatas. De uma maneira geral, em uma população canina, os machos que não castrados são os que mais mordem. Em outras palavras, manter um chow-chow não castrado em uma casa com quatro crianças pequenas pode ser a garantia de pelo menos uma ida à emergência do hospital por causa de uma mordida. Isso não quer dizer que você não possa ter cães de raça com tendência a morder ou que deva esperar até que as crianças estejam na faculdade para comprar um cachorro. Isso significa que você precisa entender melhor por que e quando um cachorro pode morder e tomar atitudes com relação ao cachorro e à família para evitar estes acidentes.
Como evitar mordidas
Se você estiver frente a frente com um cachorro que mostra um comportamento ameaçador, a sua reação pode ser a diferença entre ser mordido ou não. Qualquer cachorro pode morder, portanto, não assuma que se o cachorro que está rosnando o conhece, não vai mordê-lo. Da mesma maneira, um cachorro desconhecido que não mostra um comportamento agressivo não pode ser classificado como amigável. Como as crianças correm maior risco de serem mordidas, ensine aos mais novos da família estas técnicas básicas e pratique-as também.
A regra mais importante a ser lembrada é: nunca aborde um cão estranho. Se o cachorro abordar você, não corra. Fique completamente parado, ensine as crianças a ficarem paradas como uma árvore, com as mãos fechadas embaixo do queixo e os cotovelos perto do corpo. Mantenha suas pernas juntas e olhe para frente, nunca para o cachorro. Lembre-se de que encarar é uma ameaça. Se o cachorro se aproximar quando você estiver no chão, role sobre a barriga com as pernas juntas, mãos fechadas atrás do pescoço e antebraços cobrindo as orelhas, fale para as crianças agirem como uma tora. Fique imóvel até o cachorro ir embora.
Em pelo menos metade dos casos de mordida relatados, o acidente foi provocado pela vítima, mesmo que não intencionalmente. Os cães normalmente dão sinais claros de que vão morder. São visíveis para os outros cães e para pessoas que entendem seu comportamento. O cenário mais comum de mordidas de cachorros envolvem uma pessoa ou criança que ignora os sinais do animal e passa dos seus limites. Outra causa comum é uma falha na comunicação. Talvez o exemplo mais conhecido seja o encontro entre um cachorro de rua e uma criança. Assustada pelo encontro com um cachorro grande e desconhecido, a criança grita e sai correndo. Isso ativa o reflexo de perseguição no cachorro ou é interpretado como uma brincadeira. De qualquer maneira, a única maneira do cachorro pegar a criança é com a boca.
A linguagem corporal canina clássica que sinaliza que está pronto para morder inclui encarar, mostrar os dentes, rosnar, ficar com as pernas esticadas (parecendo na ponta dos pés), pêlos dos ombros, costas e posterior eriçados e a cauda esticada balançando em movimentos rápidos. Normalmente seu aviso final é um olhar mais intenso e um rosnado mais furioso. Quando a cabeça do cachorro abaixar e as orelhas ficarem juntas ao corpo, pode esperar que o próximo som que você vai ouvir serão os dentes dele se fechando aonde ele conseguir alcançar você. É claro que as coisas não precisam chegar a este ponto. Uma pessoa inteligente vai recuar antes disso.
Quando chamar um especialista em comportamento animal
Se o cachorro que o está ameaçando é seu, você precisa de ajuda profissional. Os cães mordem por medo, defesa, dor ou para proteger o território. Esses são todos motivos muito difíceis de detectar sem saber por onde começar. Um especialista pode ajudá-lo a descobrir a razão pela qual seu cachorro morde e pode desenvolver uma estratégia para mudar esse comportamento. Socializar com outras pessoas e com outros cães ou ensinar a família a deixar o cachorro sossegado enquanto estiver comendo, dormindo ou se escondendo é muito simples. Entretanto, isso pode envolver uma revisão geral do seu relacionamento com seu cachorro.
Os donos podem achar engraçado quando os cães perseguem os carros. Porém, isso pode ser um problema perigoso.
Como fazer um cachorro parar de correr atrás dos carros
Correr atrás dos carros é um grande problema para alguns cachorros. Alguns perseguidores só estão respondendo ao instinto de caça: qualquer coisa que se mova serve como presa. Outros podem atuar segundo seus instintos territorialistas, expulsando os intrusos motorizados de seu terreno. Outros, normalmente raças de pastoreio ou vira-latas com instinto de pastorear, estão tentando trazer os carros rebeldes de volta ao rebanho. Basicamente, qualquer cachorro fica tentado a correr atrás de um objeto móvel, seja uma bola ou graveto, seja um gato ou esquilo. A dica é ensiná-los quando é legal perseguir: ir buscar um graveto e pegar uma bola é bom, ir atrás do gato do vozinho e de um carro que está passando, não é.
Em primeiro lugar, tente descobrir porque seu cachorro corre atrás dos carros. No campo, onde as coisas ficam mais espaçadas e os vizinhos moram longe uns dos outros, os carteiros entregam as cartas em pequenos carros. Um cachorro perseguidor de carros pode entender a chegada diária desse veículo como uma invasão de território. Assim que o motivo do cachorro é entendido, a solução pode ser tão simples quanto apresentar o cachorro ao inimigo. Após alguns encontros amigáveis, talvez com uma brincadeira ou petisco, a ameaça desaparece e, com ela, o instinto perseguidor.
A perseguição predatória pode ser quase sempre corrigida usando uma corrente ou uma distração (como um barulho desagradável) para interromper o começo da perseguição. Quando o cachorro desviar a atenção, reforce seu comportamento com elogios e, às vezes, com um petisco. É claro que o único método infalível para evitar que um cachorro persiga os carros é mantê-lo preso com uma cerca ou corrente.
Tente dar a um cachorro que vê os carros como ovelhas desgarradas algo mais construtivo para fazer com seus instintos de pastoreio. Muito exercício físico, incluindo longas caminhadas ou corridas todos os dias ou jogos de correr e pular como com um frisbee. Estes cães são bons candidatos a esportes organizados como o flyball, uma espécie de corrida onde dois times de quatro cães competem em duas pistas separadas, e agility, esporte canino baseado em provas hípicas de obstáculos, em que o cão e o condutor competem juntos. Se você tem um cão de pastoreio (como um collie ou sheltie), a melhor coisa a fazer é treiná-lo para competições de pastoreio. Afinal, eles nasceram para isso! Aliás, isso é uma coisa que você deve levar em consideração ao adotar um cão de pastoreio. É preciso muito empenho para manter um cachorro desses ocupado, mas você e ele ficarão felizes se fizer esse investimento.
Quando chamar o veterinário
Esse tipo de comportamento geralmente não requer a atenção do veterinário.
Como fazer um cachorro parar de roer
A boca dos cachorros é equivalente às nossas mãos. É o que eles usam para pegar e examinar as coisas, avaliar seu possível uso e transportar o que interessa de um lugar para o outro. Ao roer, o cachorro sabe a textura, o gosto e se alguma coisa é boa ou ruim para comer. É uma parte natural do comportamento canino: é tão difícil ensinar um cachorro a parar completamente de roer quanto é para ensiná-lo a parar de respirar. Roer é uma parte importante do desenvolvimento do filhote. Assim como os bebês, os filhotes de cães roem para aliviar a dor nas gengivas quando os dentes estão nascendo. Pode levar até um ano para a dentição estar completa. Portanto, esse é outro ponto em que você precisa de muita paciência para ensinar seu cachorro o que ele pode e o que ele não pode roer.
Naturalmente, seu cachorro vai se sentir atraído por qualquer coisa que tenha o seu cheiro. Sendo assim, tome cuidado com suas meias, sapatos e outros itens que não queira ver destruídos. Na verdade, ter um filhote em casa é um ótimo incentivo para fazer toda a família aprender a não deixar roupas, sapatos e brinquedos espalhados e fora do lugar. Senão, são grandes as chances de esses objetos serem totalmente destruídos. Não vai ser preciso que objetos preferidos sejam destruídos muitas vezes seguidas para fazer com que até o membro mais relaxado da família comece a catar suas coisas. Nunca deixe um cachorro adulto roer roupas e sapatos, principalmente estes, que retêm mais o seu cheiro. Melhor, nunca dê nada para seu cachorro roer que seja parecido com alguma coisa que não quer que ele roa. Ele não vai saber a diferença entre a bota velha que ganhou para brincar e seus novos tênis de caminhada.
Faça com que os brinquedos dele (e ele deve ter vários) sejam os mais atraentes possível. Se ele parece adorar coisas com o seu cheiro, deixe o brinquedo em seu cesto de roupa suja por um ou dois dias antes de dar para ele. Esfregue algo saboroso nas bolas de borracha ou outros brinquedos ou coloque petiscos dentro de brinquedos ocos, qualquer coisa que possa estimular seu cachorro a gostar deles. No geral, seja claro ao dar sua mensagem a ele desde o começo. Dê brinquedos apropriados para roer e elogie quando ele escolher o objeto certo. Sempre tenha um desses brinquedos por perto (até mesmo leve um com você). Se você vir seu cachorro roendo alguma coisa que não deve, retire o item rapidamente e troque por um brinquedo que ele possa roer. Então, elogie-o por estar roendo o brinquedo certo. Há objtos em sua casa que você não quer que ele estrague. Sendo assim, é muito mais fácil ensiná-lo a reconhecer os brinquedos que ele pode roer.
Se você quer dar ossos para seu cão roer, prefira ossos bovinos grandes e da coxa, esterilize-os, deixando ferver por meia hora. Nunca dê ossos pequenos ou que possam lascar com facilidade, como os de galinha ou de peru.
Alguns cães continuam roedores ativos por toda a vida. Roer destrutivamente é um comportamento muito comum em cachorros que ficam muito tempo sozinhos, pois é uma maneira de diminuir o tédio ou a ansiedade. Cães que ficam sozinhos precisam ter vários brinquedos diferentes, que devem ser alternados para continuarem interessantes. Quando estiver em casa com seu cachorro, certifique-se de exercitá-lo e use o tempo com qualidade.
Quando chamar o veterinário
Como em qualquer caso de problema de comportamento, leve seu cão ao veterinário para uma consulta antes de começar qualquer estratégia de correção. Pode ser que ele esteja com os dentes nascendo ou com as gengivas inflamadas. Se houver uma causa física para o comportamento, nenhum treinamento ou correção vai poder ajudar.
Na próxima seção, vamos ver o que fazer para um cachorro parar de comer fezes.
Como evitar que seu cão roa o que não deve
É claro que a parte mais importante para evitar que seu cachorro roa é o bom senso: mantenha tudo que você não quer que ele roa longe de seu alcance ou deixe o cachorro fora das áreas onde estes objetos possam ser encontrados. Cães que só roem quando estão sozinhos podem ser colocados em canis ou caixas de transporte. Nunca use a caixa como castigo. Ela deve ser vista pelo cachorro como um refúgio, como um lugar seguro e feliz.
Como é impossível colocar coisas como o sofá e a mesa de jantar em uma estante alta, é preciso achar outros métodos. Alguns treinadores recomendam a aplicação de uma mistura de pimenta vermelha com geléia de petróleo ou de alguma outra substância de gosto desagradável nas pernas dos móveis e outras zonas de perigo. Teste a substância em um local escondido para ter certeza de que não vai danificar o acabamento. Estofados podem ser protegidos usando fita adesiva dupla-face (ou um pedaço de fita crepe enrolada com a parte que cola para fora) em itens como saias de móveis, cortinas e barras de colchas. Se a sensação grudenta não dissuadir seu cachorro de roer, você pode tentar pulverizar o local com alguma substância desagradável como a pimenta vermelha.
Só corrija seu cachorro por estar fazendo algo errado se pegá-lo no ato. Nunca reprima um cachorro depois do fato. Não importa o quanto pareça que ele sabe que fez algo errado, ele está apenas reagindo a você e a sua raiva. Ao invés disso, quando você pegá-lo roendo algo que não quer que ele roa, pegue o objeto rapidamente (você também pode interromper a ação usando algum barulho ou outra distração), substitua por um brinquedo e depois mostre sua satisfação entusiasmadamente.
Como fazer um cachorro parar de comer fezes
Os cachorros comem absolutamente qualquer coisa, incluindo suas próprias fezes e de outros animais. Por mais que pareça nojento, isso é comum o suficiente para ter um nome médico: coprofagia, do grego kopros (estrume) e fagos (aquele que come).
Sim, é um tópico desagradável, mas você tem que saber que a coprofagia às vezes é natural e normal. Filhotes recém-nascidos ainda não sabem evacuar sozinhos, então a mãe os lambe para estimular e eliminação de urina e fezes e para fazer a higiene. Em outras circunstâncias, a natureza vai tentar evitar que todo esse lixo seja desperdiçado. Os gatos precisam de uma dieta muito mais rica em gordura do que os cães. Isso significa muito mais gordura em suas fezes. Qualquer um que tenha cães e gatos juntos sabe que o cachorro adora fuçar a caixa dos gatos à procura dessa sobra de nutrientes em suas fezes.
Quando cães adultos comem suas próprias fezes a história é diferente. Geralmente é um sinal de solidão ou tédio, apesar de que por erros de adestramento, às vezes eles associam a presença de fezes com a punição e comem-nas para evitar broncas. Na verdade, a coprofagia não representa nenhum risco para o cachorro, a não ser no caso da presença de ovos de parasitas. Você pode quebrar o hábito reduzindo a solidão e o tédio do cachorro, dando a ele mais atenção e exercícios, alternando seus brinquedos. Outra dica é dar comida mais de uma vez ao dia, de maneira que ele tenha pelo que esperar.
A prevenção é a única cura. Recolha as fezes imediatamente ou use uma focinheira em cães coprofágicos ao andar em locais públicos. Coloque a caixa dos gatos em locais onde ele não consiga enfiar o focinho. Você também pode procurar mantê-la limpa, recolhendo as fezes dos gatos várias vezes ao dia, especialmente antes e após as refeições felinas.
Quando chamar o veterinário
Assim que constatar esse comportamento, leve seu amigo para uma consulta com o veterinário, pois pode haver uma causa física para a coprofagia. Uma barriga cheia de vermes ou outros parasitas pode roubar nutrientes vitais do organismo do Rex, fazendo com que ele coma qualquer coisa em que possa encontrá-los. Também pode haver uma deficiência nutricional em sua dieta. Adicione levedura de cerveja em sua comida para aumentar o consumo das vitaminas B. Abóbora ou cenoura crua acrescentam fibras à dieta e ajudam a dar saciedade. Em alguns casos, o problema pode ser resolvido simplesmente trocando a ração por uma com maior quantidade de gordura, fibra ou proteína. Seu veterinário pode recomendar uma marca de ração mais apropriada às necessidades nutricionais do seu cachorro.
Um cachorro que cava constantemente pode ser tão irritante ou destrutivo quanto um cachorro que rói obsessivamente.
Como fazer um cachorro parar de cavar excessivamente
Cavar é mais um comportamento natural dos cães. Eles fazem isso por várias razões. Os terriers, por exemplo, cavam porque simplesmente foram criados para isso por várias gerações. Descobrir tocas e procurar animais daninhos como ratos e texugos era parte de sua função original. Outros cães cavam para fazer um ninho, para esconder comida, para se esconder ou simplesmente para acabar com o tédio. Outros fazem isso por pura diversão.
Se seu cachorro começou uma escavação no quintal ou cavou buracos no sofá, tente descobrir o motivo. Ele está entediado tentando passar as horas reformando a paisagem do jardim? Ele está com calor, tentando se refrescar na terra fria? Ele é um macho tentando cavar uma saída por baixo da cerca para poder encontrar a fêmea no cio na outra quadra? Talvez ele esteja enterrando ossos e petiscos para saborear mais tarde? Assim que você descobrir por que seu cão cava, vai poder seguir alguns passos para mudar seu comportamento.
Agora, se seu cachorro é um daqueles que foi criado para cavar, você tem um "osso duro de roer". Na verdade, você nunca vai conseguir fazê-lo parar. Então, o ideal é achar um lugar onde ele possa cavar sem problemas. Tente disponibilizar um pedaço de terra ou caixa de areia (menos marcas de lama na calçada) para ele cavar. Encoraje o cachorro a cavar lá e faça festa quando ele assim o fizer. Mantenha a área atraente, com vários brinquedos e petiscos. Se ele cava tentando encontrar um local mais fresco para deitar, providencie mais sombra nessa área ou coloque-o em um local onde possa ficar mais confortável, embaixo de uma árvore, por exemplo. Um cachorro tentando escapar pode ser mais difícil de controlar. Algumas pessoas chegam a colocar concreto ou arames embaixo do muro para evitar que o cachorro fuja. A castração dos machos e das fêmeas acaba com o maior motivo para a fuga. Outros cães ficam ansiosos ou assustados se mantidos em local aberto por longos períodos. Apenas fornecer um abrigo, como um acesso a garagem, é o suficiente para acabar com as fugas.
Mais uma vez use técnicas de distração ao pegar seu cachorro cavando onde não deve. Assim que ele parar faça uma festa, elogie, brinque com ele, jogue seu brinquedo preferido ou leve ele para a área onde pode cavar. Nunca corrija um cachorro por cavar depois do fato ter acontecido. Isso só serve para confundi-lo. Assim, ele fica mais ansioso e começa a cavar.
Quando chamar o veterinário
Cavar muito normalmente não requer a atenção de um veterinário.
Agora vamos analisar cães que brigam excessivamente e como parar esse comportamento.
Como fazer um cachorro parar de brigar
Os cães se metem em brigas com outros para mostrar quem domina quem na sociedade canina, para defender seu território (incluindo direito a copular), por medo, para proteger sua comida e, às vezes, como um ataque defensivo ao encontrar um cachorro que o atacou no passado. Um cachorro castrado, que passou sua fase de desenvolvimento com a sua mãe e irmãos de ninhada e que foi bem socializado com outros cachorros e com humanos também, tem as melhores chances de não entrar em brigas. É claro que tudo isso pode mudar se você tem um cachorro adulto que é briguento. Você pode até ter um cachorro briguento, mas precisa seguir alguns passos para mantê-lo sob controle.
A sua reação vai determinar qual será a do seu cachorro ao encontrar outros cachorros. Se você antecipa os problemas ao ver outros cães vindo em sua direção, seu cachorro sente o seu desconforto e imediatamente assume que o outro é uma ameaça. Deixe a guia solta, continue andando e não pare de conversar. Seu cachorro precisa aprender a ver a aproximação de outro cachorro como normal, não como algo negativo.
Todos os cães, especialmente os que têm tendência a brigar, devem receber adestramento de obediência. Quando outro cachorro chega perto, faça o seu seguir uma rotina de obediência ou faça outras atividades para tirar a atenção do outro cachorro. Se ele começar a rosnar e latir, você pode agora corrigi-lo por ter falhado ao responder os comandos, não por causa da chegada de um outro cão.
A reprodução é uma grande motivação das brigas territoriais e agressivas. A castração de um macho é absolutamente necessária para controlar e corrigir essas brigas. As fêmeas podem ser agressivas também, portanto, a castração é muito importante. Na verdade, ela traz benefícios comportamentais e de saúde bastante abrangentes para todos os cães, sejam machos ou fêmeas.
Quando chamar um especialista em comportamento animal
Os cães não são criados da mesma maneira, especialmente com relação à dominância. Se acontece uma briga entre dois cães na sua casa, eles devem estar tentando mostrar quem manda em quem. Um especialista pode ajudar a entender o que está acontecendo e dar conselhos sobre como resolver o problema. Lembre-se de que, para um cachorro, ser dominante ou subordinado é perfeitamente normal e natural. Não caia na besteira de achar que os cachorros devem tratar uns aos outros como iguais. Corrigir o comportamento de um cão muitas vezes significa pensar como um cão.
Cachorros que rosnam cada vez que alguém chega perto de sua comida ou ossos podem ser uma grande chateação.
Como parar a guarda excessiva
O instinto manda o cachorro proteger a comida. Porém, é importante que você tenha absoluto controle de tudo que entra na boca dele, principalmente, por segurança. Se ele pega alguma coisa perigosa ou letal, como veneno de ratos, você precisa conseguir tirar isso dele sem perder os dedos. Entretanto, o acesso ao alimento também é uma questão de dominância: quando seu cão responde a um comando comendo ou abrindo a boca para tirar algo dela, ele está reconhecendo que você é quem manda. Além disso, a guarda da comida é freqüentemente motivo de mordidas. Portanto, quanto antes estabelecer que você e os outros membros da família são as autoridades no que diz respeito às refeições, melhor para todos.
Se ainda é um filhote, ele precisa saber que tudo de que precisa vem de você: comida, brinquedos e até carinho. Mande seu filhote sentar e deitar antes de ganhar comida e faça ele esperar pela sua autorização para poder comer. Se ele cutuca você para chamar a atenção, faça a mesma coisa com ele. O cachorro também deve aprender que você pode tocá-lo enquanto ele come. Então, dê um tapinha nele ao entregar o prato de comida e sempre adicione um pouco mais de alimento enquanto ele está comendo. Dessa maneira, ele sempre vai associar a sua presença perto da comida como um momento feliz.
A localização significa tudo quando você alimenta seu cachorro. Se ele ficar isolado em um canto vai se sentir mais possessivo do que se estiver comendo em um local espaçoso. Pratique colocar e retirar a comida. Para fazer isso, dê a comida em porções bem pequenas. Cada vez que ele acabar a porção, retire o prato e coloque mais um pouco, até acabar. Ao pegar o prato e colocar mais comida sempre elogie o comportamento. Quando ele estiver respondendo bem à retirada do prato para colocar mais comida, vá ao próximo passo: coloque o alimento com o prato na frente dele. Deixe-o comer um pouco enquanto você faz alguma outra coisa. Então, chegue perto e coloque alguma coisa especial no prato, como um pedaço de salsicha ou fígado.
Vamos deixar uma coisa clara: tudo isso é para que você tenha a habilidade de controlar o que entra na boca do seu cachorro. Pratique essas técnicas de vez em quando para manter uma relação de dominância sobre ele. A coisa mais importante a ser lembrada é de não incomodar o cachorro enquanto ele está comendo. Como a maioria das refeições do Totó devem ser tranqüilas, ensine a todos da família, especialmente às crianças, que ele deve ficar em paz na hora da alimentação.
Guardando outros pertences
A Lisa é uma mãe solteira que trabalha fora e tem duas crianças pequenas de 4 e 7 anos. Ela adotou um cão de rua para fazer companhia para as crianças e proteger a casa. O Hugo é um cachorro de natureza dócil, excelente com as crianças. Porém, ele quase sempre rosna e mostra os dentes quando está com um brinquedo. "Eu não entendo", disse Lisa para o especialista em comportamento. "Minhas crianças simplesmente entram na sala onde ele está sentado com seus brinquedos e ele rosna. O Hugo traz uma bola para eles jogarem e corre atrás dela, mas depois mostra os dentes ao trazê-la de volta!"
Um cão que é possessivo com seus brinquedos está querendo dizer uma coisa e você precisa entender o que é. No caso da Lisa, parte do problema foi um erro de interpretação. O Hugo adorava brincar de buscar a bola, mas depois de várias corridas ele só quer saber de deitar e mastigar. Infelizmente, as crianças achavam que deitar no chão a alguns metros delas era parte da brincadeira e pegavam a bola para jogar novamente. Hugo aprendeu que a única maneira de acabar com isso era agir de maneira ameaçadora.
Em outros casos, é mais uma questão de dominância. O uso das mesmas técnicas descritas na guarda da comida pode ser eficiente, mas os donos também precisam ser assertivos de outras maneiras. Mantenha o cachorro na coleira, mesmo em casa, para passar a mensagem clara de que você está no controle e de que tudo está certo. Adestre seu cachorro para obediência e quando ele guardar excessivamente um brinquedo dê um comando para mudar o foco da atenção. Elogie sempre que o cão responder bem (mesmo que você tenha que corrigir ou usar a guia para conseguir que ele faça o que você quer). Como parte do adestramento de obediência, todo cachorro deve saber um comando para parar de pegar algo ou soltar algo que já esteja em sua boca. Variações deste comando são "Solte!", "Deixe!", "Não toque!" e "Fora!"
Se algum brinquedo em particular faz aflorar o monstro que existe em seu cachorro, jogue fora. O ossos são campeões em tornar até os cachorros mais legais em feras ciumentas e possessivas. Se seu cachorro não sabe lidar com eles ou com outros brinquedos, não o deixe brincar. Não esqueça de fazer festa toda vez que seu amigo fizer a coisa certa. Cada vez que ele deixar um brinquedo de lado para responder ao seu comando, não hesite em elogiá-lo bastante. A quantidade de elogios deve ser sempre maior do que a quantidade de correções que você faz.
Quando chamar um especialista em comportamento animal
Se o comportamento da guarda excessiva virar um problema recorrente, um especialista em comportamento pode recomendar o tratamento adequado. Quando a solução for estabelecida, faça todos os membros da casa saberem como lidar com o problema.
Mesmo que você goste que seu cachorro pule em você para dar as boas vindas depois de um longo dia de trabalho, seus convidados e amigos podem não gostar.
Como fazer um cachorro parar de pular
Pode ser um encontrão de uma raça alegre e gigante ou o balé nas patas traseiras das raças pequenas: pular é uma característica e um problema universal do mundo canino. Não há duvidas de que esse comportamento é uma graça nos filhotes, mas à medida em que o filhote cresce, especialmente se é um cão grande, o que era antes engraçadinho pode ficar perigoso. Você pode não ligar para esse cumprimento de corpo inteiro, mas a primeira vez em que sua sobrinha de 2 anos ou sua tia de 87 anos forem abraçadas ao cruzar a porta de entrada, você vai mudar de idéia.
Na verdade, mesmo que pular possa ser um comportamento solícito e amigável, é mais freqüentemente um lance de dominância. Especialmente entre os cães adultos, um subordinado nunca pensaria em colocar suas patas no corpo de um dominante. Então, o cumprimento excitado que mais parece uma bola de canhão e que faz você se sentir tão amado pode na verdade ser seu cachorro dizendo "Você voltou! Tudo bem, mas não esqueça quem manda aqui." Você pode responder de duas maneiras: ensine seu cachorro que pular espontaneamente não é aceitável e adestre ele para pular somente ao seu comando.
Para corrigir um cumprimento excessivamente físico, aja da mesma maneira relaxada e tranqüila com que quer que ele reaja. Quando chegar em casa, não entre correndo chamando seu cachorro. Ao invés disso, faça dos cumprimentos uma parte da rotina e não um evento especial. Entre, pendure seu casaco e chaves e depois, cumprimente o cachorro com calma, longe da porta de entrada. Se om cachorro tentar pular, saia de perto e não dê a mínima atenção a ele. Assim como as crianças, os cachorros adoram ser notados, não importa se por bom ou mau comportamento. Gritar ou imobilizar seu cachorro no chão só vai deixá-lo mais empolgado. Então, evite qualquer tipo de reforço de seu comportamento, seja verbal ou físico. Quando ele aprender que você não quer que ele pule, ensine-o a sentar quando você chega em casa. Se você recompensar esse comportamento com elogios ou petiscos, seu cão vai logo aprender que acontecem coisas boas quando ele senta e espera.
Quando chamar o veterinário
Esse tipo de comportamento geralmente não requer a atenção do veterinário.
Como fazer um cachorro parar de marcar território
Não podemos nem imaginar como o mundo cheira para um cachorro. O faro dele é um instrumento fino e delicado, se comparado ao seu nariz. Então, faz sentido que façam a marcação territorial urinando nos lugares e objetos para mostrar quem manda. Essa é uma parte importante da comunicação canina. As mensagens químicas na urina do cachorro dizem aos outros cachorros quase tudo que precisam saber: onde o cachorro que marcou vive, quanto tempo faz que passou por ali e, no caso das fêmeas, se estão receptivas sexualmente. Um cão que fica nervoso quando está sozinho em casa pode marcar os móveis e paredes para reassegurar a si mesmo que está tudo bem. A marcação territorial também pode ser uma maneira de afirmar dominância: esse é o motivo pelo qual alguns cães erguem a perna em outros cachorros ou nas pessoas.
A marcação territorial é um comportamento normal, natural e instintivo nos cães. A idéia é fazer com que seu cão saiba que a marcação só pode ser feita em locais e horários específicos, nunca no seu tapete, no box do banheiro ou na sua colcha. Mais uma vez, a relação de dominância com o cão faz toda a diferença. Pratique o adestramento de obediência de maneira humana e positiva e sempre repasse os comandos. Isso não só clarifica a sua dominância como distrai um cão que fica entediado, sozinho e ansioso durante o dia. Faça-o trabalhar pela comida, pelos brinquedos, pelas brincadeiras e pelo carinho. Se quer alguma coisa, faça-o responder a um ou dois comandos antes e, só então, ganhar o que quer.
Sempre passe pelas portas antes dele e não o deixe pular em você ou subir nos móveis, especialmente na sua cama. Na sociedade canina, você só pula ou deita perto de animais de nível hierárquico igual ou subordinado. A castração, especialmente antes de um ano de idade, é outro bom preventivo. O cachorro continua protegendo a família e a casa, mas sem aquele desejo de reforçar seu território reprodutivo, ditado pelos hormônios.
A marcação por ansiedade de separação é outro problema. A melhor coisa a fazer aqui é acostumar seu cachorro gradativamente a ficar sozinho em casa. Comece com algo simples, como deixá-lo sozinho em um quarto por um ou dois minutos e depois retornar. Então, saia de casa, voltando após alguns minutos. Cada vez que praticar fique longe por um tempo um pouco maior. Quando o cachorro aprender que você vai voltar, vai se sentir mais confortável sozinho. Prendê-lo em uma caixa de transporte também pode dar uma sensação maior de segurança.
Para evitar que ele urine nos móveis, prenda um pedaço de papel alumínio na área onde ele gosta de urinar. Na próxima vez que ele tentar, o papel alumínio vai fazer um barulho e a urina pode espirrar nele de volta.
E por último, não confunda marcação territorial com um problema de falta de adestramento. Uma poça enorme de urina no meio da sala ou perto da porta não é uma forma de dominância, mas sim um sinal de que seu cachorro precisa sair quando você está fora de casa!
Quando chamar o veterinário
Como em qualquer problema de comportamento, leve seu cão para fazer uma consulta antes de qualquer correção. Se houver uma causa física para o problema, nenhum treinamento ou correção vai surtir efeito.
Como fazer um cachorro parar de puxar a guia
Tente este experimento simples: com o cachorro calmamente parado a sua frente, gentilmente empurre-o para trás pelo peito ou pela frente de seu pescoço. O que acontece? A maioria dos cães vai se inclinar sob pressão. Esta resposta natural se tornou uma ciência em cães de trenó como o husky siberiano e em raças que também eram usadas como animais de carga, como o Terra Nova. Você não tem a menor chance de controlar um desses cães nascidos para puxar.
Todos já vimos até mesmo cães minúsculos esticando a ponta de uma guia, corpo perto do chão, língua estendida, respiração alta e ofegante. É o mesmo instinto em ação. O truque é ensinar seu cachorro a andar direito na guia desde muito cedo. Não espere que ande com perfeição, mas ele deve pelo menos conseguir ficar sem puxar e parar, andar e mudar de direção acompanhando você. Se você usa um enforcador (não pense nele como uma coleira de sufocação, não é assim que ele deve ser usado), toda vez que o cachorro começar a puxar dê um tapinha nele, afrouxe o enforcador e diga "Calma" ou "Devagar" (escolha uma palavra e só use essa). Quando ele parar de puxar, mostre como você está satisfeito.
Outra alternativa é usar uma coleira de cabeça, que parece um cabresto de cavalos. A coleira dá uma volta no focinho e atrás das orelhas, com a guia presa embaixo do queixo. Como você controla a cabeça com essa coleira, o resto do corpo não tem escolha senão obedecer. Ao invés de bater na ponta da guia, sentindo a pressão no pescoço e instintivamente puxando cada vez mais forte, o cachorro com uma coleira de cabeça acaba com o nariz virado para cima, apontando para você, diminuindo a velocidade imediatamente. Uma guia retrátil também pode ajudar a controlar esse instinto, pois ela aumenta e diminui de acordo com os movimentos do cachorro, de maneira que ele não tem contra o que puxar. O freio permite que você controle por onde o cachorro anda.
Se o seu cachorro é um puxador de trenó ou um cão de carga, não adianta lutar contra seus instintos. Ao invés disso, coloque um arreio e faça-o trabalhar para você. Ele pode puxar você em um skate ou ski ou ensine-o a puxar um trenó ou uma pequena carroça. O cachorro entrará em forma, poderá puxar a vontade e você ainda encontra uma nova maneira de rebocar as coisas.
Quando chamar o veterinário
Esse tipo de comportamento geralmente não requer a atenção do veterinário.
Como os cães percebem o tempo?
Introdução a Como os cães percebem o tempo?
A maioria dos cães não se atrasa para a refeição. Eles sabem exatamente onde devem estar, na mesma hora, todos os dias. E também sabem quando esperar a volta de seus donos e, com a precisão de um relógio, aguardam pacientemente em frente à porta por eles. Quando se observa esse comportamento, é possível supor que os cachorros têm uma sofisticada compreensão do tempo. Mas como realmente é isso funciona para um cão?
Dizem que um ano para os humanos equivale a sete para os cachorros. No entanto, o que essa teoria nos diz sobre a percepção do tempo para esses animais? Na verdade, muito pouco. A idéia de "anos caninos" vem da expectativa de vida deles comparada com a dos humanos. Então, não seria correto aplicar essa idéia ao conceito de percepção do tempo.
Os cães percebem o passar do tempo da mesma maneira que um humano?
Para entender como percebem o tempo, primeiro precisamos compreender como os humanos notam o tempo. De acordo com estudos, cada pessoa percebe o passar dos anos de maneiras diferentes em situações distintas. Albert Einstein já explicou o princípio da relatividade dizendo que "quando um homem se senta ao lado de uma mulher bonita por uma hora, sente como se tivesse passado um minuto. No entanto, se ele se sentar sobre um fogão quente por um minuto, com certeza esse tempo parecerá uma eternidade. Essa é a relatividade" [fonte: Shapiro].
Mesmo que a percepção do tempo seja relativa para cada indivíduo, todos os humanos pensam nela de maneira parecida. Por exemplo, nossas memórias estão intrinsecamente ligadas à forma como percebemos o passar do tempo. Nossa capacidade de relembrar acontecimentos em uma ordem específica é muito importante para essa percepção. Também somos capazes de prever coisas. Embora nem todos se considerem videntes, cada um de nós conta com determinados acontecimentos no futuro, mesmo que seja apenas supor que o sol irá aparecer no dia seguinte. Essas capacidades têm significados importantes. Por exemplo, a memória e a previsão nos permitem ter uma sensação de continuidade, história pessoal e autoconhecimento.
Os cães e outros animais têm essas mesmas capacidades? Se você entrasse na mente de um cachorro, será que encontraria uma lembrança dele roendo um osso hoje pela manhã? Leia a próxima página para descobrir como você se sentiria se fosse um cão.
Como funcionam as lembranças de um cão
As pesquisas sobre a maneira como os cães percebem o tempo são limitadas. No entanto, podemos aprender mais sobre isso quando observamos a extensa análise feita com outros animais, como roedores, pássaros e primatas. Em seus estudos sobre a maneira como os animais percebem o tempo, o pesquisador do comportamento animal William Roberts tirou algumas conclusões notáveis em relação às lembranças dos animais, expectativas, entre outras coisas. Ele diz que os bichos estão "parados no tempo" [fonte: Roberts (em inglês)]. Com isso, quer dizer que sem as capacidades sofisticadas necessárias para perceber o passar dos anos, como realmente guardar lembranças, os animais vivem apenas no presente. Roberts acredita que estão "parados no tempo" porque não conseguem "viajar pelo tempo" mentalmente. Os humanos conseguem relembrar memórias específicas e antecipar acontecimentos de maneira consciente e intencional. Os animais não.
Para muitos, essa parece ser uma teoria enganosa. Afinal, nós podemos treinar os animais, certo? E esse treinamento não depende das lembranças dos próprios animais?
Não necessariamente, pelo menos não da maneira como costumamos pensar nas lembranças, de acordo com Roberts. Os animais podem ser treinados para fazer determinadas coisas do mesmo modo como crianças são treinadas. De acordo com pesquisas sobre crianças, com quatro anos de idade elas já aprenderam muitas coisas, como engatinhar e andar, mas ainda não possuem a capacidade mental para conseguir lembrar onde e como essas coisas foram aprendidas [fonte: O'Neil (em inglês)]. Em outras palavras, elas não possuem a memória episódica, ou a capacidade de relembrar acontecimentos específicos no passado. Um cão sabe como responder ao comando "senta" sem ter a lembrança do momento específico em que ele aprendeu isso.
No entanto, essa não é a única coisa que acontece no cérebro do cão para ajudá-lo, por exemplo, a prever perfeitamente a hora de chegada de seu dono. Processos biológicos internos também exercem suas funções, de acordo com Roberts. Os pesquisadores descobriram através de experiências com pombos que um "relógio interno" permite que eles aprendam quando e onde a comida (em inglês) estará disponível [fonte: Saksida (em inglês)]. De maneira parecida, os cães podem usar os osciladores circadianos, que são oscilações diárias de hormônios, temperatura corporal e atividade do sistema nervoso, para saber quando é provável que a comida esteja na tigela ou quando os donos voltarão do trabalho. Em vez de lembrar a quantidade de tempo entre as refeições ou a hora em que elas são servidas, os cães reagem a um estado biológico que eles alcançam em um determinado momento do dia. Então, todos os dias eles reagem a esse estímulo da mesma maneira e no mesmo horário.
Criando o tempo
Em seu artigo, Roberts argumenta que o tempo é uma construção humana, criada para controlar coisas como os dias e os acontecimentos importantes. Aparelhos para controlar o tempo, desde os relógios de sol até os relógios de pulso precisos, revolucionaram a maneira como os humanos percebem o tempo, mas os animais não usam essas ferramentas.
Os animais conseguem aprender e planejar sem ter uma noção do tempo?
Os seres humanos têm duas capacidades importantes para ajudar a entender o tempo: são capazes de lembrar de uma seqüência de acontecimentos e podem prever necessidades e eventos futuros. Estudos mostram que os animais podem ter essas capacidades, mas em menor proporção.
Experiências mostram que os animais podem não ter qualquer noção de passado ou futuro.
Os cientistas testaram as memórias de trabalho (memória de curto prazo) e as memórias de referência (longo prazo) dos bichos para ver como eles se recordam de uma seqüência de acontecimentos. Nos testes de memória de trabalho, os pombos e os primatas precisavam se lembrar de uma seqüência para conseguir bicar ou apertar na ordem certa mais de uma vez. Caso conseguissem, ganhavam uma recompensa [fontes: Parker, Devine (em inglês)]. Eles se saíram muito bem nessas tarefas, mas a memória deles desapareceu rápido. Roberts acredita que eles provavelmente estavam aprendendo da memória mais fraca até a mais forte, ao invés de "aprender" ou "relembrar" uma seqüência.
Outros pesquisadores descobriram que os pombos e os macacos (em inglês) tiveram um bom desempenho em testes de memória de referência em que precisavam lembrar de uma seqüência depois de um intervalo entre o aprendizado e a análise [fontes: Straub (em inglês), D'Amato]. No entanto, foi necessário um treinamento longo para que aprendessem essas seqüências, o que sugeriu para Roberts que essa capacidade não era natural nesses animais. De acordo com os testes, parece que os animais percebem o tempo de uma maneira diferente dos humanos, que possuem uma memória relativamente confiável e sofisticada da ordem dos acontecimentos.
Além disso, não parecem prever muito bem as necessidades futuras e as recompensas, o que sugere para os pesquisadores que não possuem uma noção de futuro. Por exemplo, quando tiveram a oportunidade, os pombos escolheram uma recompensa menor e imediata ao invés de esperar por uma maior no futuro [fonte: Rachlin, Tobin]. Em outro teste, os pesquisadores ofereceram aos primatas a oportunidade de escolher entre uma ou duas bananas. De maneira compreensível, eles escolheram duas bananas. No entanto, quando a quantidade da fruta nas duas opções aumentou, eles começaram a apresentar menos preferência. Como no momento não estavam com fome o suficiente para comer 10 bananas, escolheram cinco na metade das vezes [fonte: Silberberg]. A partir dessas experiências, Roberts conclui que esses animais procuravam satisfazer a fome imediata e não planejavam para as necessidades futuras. Isso é bastante improvável para os humanos, que geralmente usam razão e premeditação para prever as necessidades futuras, desde levar o almoço para o trabalho até investir em um plano de aposentadoria.
E os esquilos e outros bichos que acumulam comida para os meses futuros de inverno? Esse comportamento parece indicar que prevêem as necessidades futuras. Mas na verdade, talvez não. Estudos indicam que eles não param de guardar comida mesmo quando os seus estoques desaparecem de maneira inexplicável. Isso pode significar que não entendem o motivo de guardarem comida, o que ela significa para o futuro ou até mesmo o que é o futuro. Eles simplesmente fazem isso devido ao instinto [fonte: Roberts]. Os humanos, por outro lado, entendem seus planejamentos e mudam rapidamente suas estratégias quando os planos dão errado.
Se os animais estão "parados no tempo," como Roberts sugere, isso pode significar que entender o tempo é uma capacidade única do ser humano. Então que tal tentar aprender alguma coisa com a percepção canina e despreocupada de "viver o momento"?
Os sentidos dos cães
Olfato
É o principal sentido dos cães. É superior ao olfato de todos os outros animais.Com 40 vezes mais tecidos sensoriais olfativos do que o ser humano, As ramificações dos nervos olfativos na cavidade nasal ocupam 160 centímetros quadrados e no homem ocupam 5 centímetros quadrados.
As células olfativas, no homem, são em número de 5 milhões. Em um pastor alemão, por exemplo, são 220 milhões.
O nariz do cão tem um grande número de fendas, diferentes de cão para cão e permanentes, como as impressões do dedo de um homem. Por essa razão, ele pode ser usado para a identificação do animal. Essa capacidade olfativa permite que sejam adestrados para encontrarem inúmeras coisas, como drogas, fugas de gás, minas terrestres, explosivos, pessoas soterradas, perdidas ou desaparecidas em lugares hostis, entre outras coisas.
Exemplos: O cão reconhece mais facilmente seu dono e sua casa pelo odor do que pela visão.
Pode detectar uma cadela no cio a quilômetros de distancia onde outros sentidos jamais podem alcançar.
Há vários casos em que cães da raça Border Collie que com a idade se tornaram cegos e continuam a trabalhar no pastoreio normalmente em suas funções de buscar, conduzir e arrebanhar utilizando-se do olfato. O cão é, essencialmente, um farejador.
Audição
Os cães ouvem sons quatro vezes mais distantes do que o ser humano, além de ouvirem ultra-sons de até 60 Khz, inaudíveis aos seres humanos, que só escutam até 20 Khz o que justifica, por exemplo, o uso do assobio de chamada ou comandos através de apitos. O cão tem uma audição duas vezes mais fina que a do homem, percebendo freqüências sonoras até 2,5 vezes superiores às distinguidas pelo homem. Ele distingue bem os sons entre si. Portanto, ele é capaz de discernir facilmente as palavras pronunciadas por seu dono, mesmo que o tom de voz e os gestos devam ser levados em conta.
Paladar
Sentido pouco desenvolvido. O sabor, para os cães, está completamente ligado ao odor, com a qual se associa para a apreciação da palatabilidade dos alimentos. Um cão pode consumir o mesmo alimento todos os dias e é aconselhável que se mantenha um padrão alimentar.
O sentido do gosto está ligado às papilas gustativas presentes nas mucosas da língua, do palato e da faringe. No cão o número destes "captores do gosto" é cerca de doze vezes menor do que no homem.
A arcada do cão é composta de 42 dentes, fortes e resistentes que, podem triturar ossos.
Tato e Sensibilidade
O tato é pouco desenvolvido, porém, importante na relação afetiva com outros animais e também com os humanos. É, provavelmente, o primeiro sentido a funcionar em um filhote, junto com o olfato.
Os cães podem agrupar as sensações térmicas, tácteis e dolorosas percebidas pela pele graças às terminações nervosas, que formam uma rede muito densa ligada á medula espinhal e ao cérebro. A distribuição dessas terminações nervosas é irregular por todo o corpo.
Sensibilidade Quente e frio: A sensação de frio é mais intensa que a sensação de calor. Em reação a estas sensações são organizadas respostas reflexas: ereção dos pelos no frio ou aceleração da respiração para aumentar a evaporação da água pela língua no calor.
Tato: O mesmo tipo de rede nervosa existe para o sentido do tato, concentrado na base dos pelos. Nem todos os pelos apresentam a mesma sensibilidade. As vibrissas, pelo longos do focinho, dos supercílios e do queixo, são particularmente providas de terminações nervosas.
Visão
A visão dos cães difere da nossa visão por que temos a capacidade de perceber detalhes, enquanto a visão dos cães é mais sensível à luz e ao movimento que a nossa,
O ser humano é capaz de reconhecer um rosto a uma distância maior do que o cão, mas em um ambiente com pouca iluminação, a definição visual do ser humano diminui muito, enquanto a do cão, não. Um objeto que uma pessoa consiga reconhecer a uma distância de 25 metros só seria reconhecido pelo cão a 7 metros.
A resolução de sua visão é muito inferior à nossa e têm menos capacidade de focar e enxergam menos cores do que nós.
Têm dificuldade em ver a cor vermelha e não conseguem enxergar ou distinguir a cor verde.
Têm mais facilidade para ver o amarelo.
Estas características mostram como você e seu cão enxergam o mundo de outro jeito.
Por isso procure realmente entender que nem sempre o que é melhor para o ser humano será melhor para seu companheiro canino
A Luz: Vamos imaginar a seguinte situação hipotética: um ladrão entra em sua casa e seu cachorro está prestes a atacar o invasor. Se você apagar as luzes da casa, seu cão terá mais ou menos chance de sair vitorioso da briga?
Partindo do princípio que a luta, tanto na defesa quanto no ataque, necessita principalmente da visão, podemos responder a essa pergunta se soubermos quem será mais prejudicado pela baixa iluminação.
O cão, originalmente, era um predador com hábitos principalmente noturnos e por isso possui um sistema visual muito mais adaptado para enxergar no escuro do que o homem. Portanto, em nossa situação hipotética, o cão seria beneficiado com o apagar das luzes.
O Movimento: Talvez você já tenha tentado mostrar ao seu cão um gato a distância e ele só percebeu o gato assim que esse começou a se movimentar. Predadores como o cão estão sempre à procura de presas, e por isso é muito vantajoso que objetos e animais em movimento se sobressaiam do resto da paisagem.
Essa sensibilidade a objetos em movimento é um dos aspectos mais desenvolvidos na visão canina. Uma pessoa que só seria capaz de ser vista pelo cão a 500 metros de distância pode ser vista a 800 metros se estiver em movimento. Se você estiver com seu cão em um ambiente aberto e ele tiver dificuldades em encontrá-lo, procure se movimentar, pois isso facilitará bastante a sua localização pelo animal.
A Televisão: Você sabia que a imagem que observamos assistindo à televisão é composta de diversos "slides" parados que, por trocarem muito rápido, nos dão a impressão de continuidade e de movimento? Essa é mais uma das características da visão, chamada de "fusão de luz piscando". A tecnologia da televisão aproveita essa característica da visão humana e troca 30 vezes de quadros por segundo, tornando incapaz para qualquer ser humano de observar os quadros ou "slides" separadamente. A visão do cão tem a capacidade de processar de 20 a 30 quadros a mais que o ser humano. Portanto, o cão assiste à televisão como se estivesse vendo "slides" estáticos sendo trocados rapidamente. A televisão, para conseguir "enganar" os sentidos do cão, teria que aumentar a velocidade de troca dos quadros.
Campo de visão: O campo de visão é a área que pode ser vista quando fixamos o olhar em um ponto. Para entender melhor, olhe para frente e fixe seu olhar em um objeto, abra bem os braços e vagarosamente traga-os para frente até que você consiga perceber visualmente suas mãos. Quando isso acontece, significa que suas mãos entraram no seu campo de visão.
Nosso campo de visão é cerca de 180 graus, o que não nos permite enxergar para trás quando estamos olhando para frente. Isso, por incrível que possa parecer, os cães conseguem! O campo visual de um cão, na média, é de 250 graus.
Significado dos olhares :
Fitar diretamente nos olhos – relação de entendimento e segurança.
Nunca fita os olhos – não conseguimos entender sua linguagem.
Desloca continuamente o olhar – insegurança, temor.
Olhar fixo e atitude ameaçadora – pronto para atacar.
Fases Emocionais dos Cães e suas Sensibilidades
Quais são as fases da idade emocional de um cãozinho?
Período neo-natal: do nascimento até 12 dias de vida
É a fase em que o cachorrinho depende exclusivamente de sua mãe. Com esta idade ele não consegue controlar sozinho a temperatura de seu corpo, precisa de estimulação física para fazer xixi e coco, e não vê ou ouve, mas já sente o cheiro da mãe.
Período de Transição: de 13 a 20 dias de vida
Nesta fase o filhote passa por diversas mudanças físicas. Os olhinhos abrem, ele começa a "engatinhar", ele já pode ouvir, e, por volta do 20º dia já aparece o primeiro dentinho.
Período de Reconhecimento: de 21 a 28 dias de vida.
Só agora ele começa a usar os seus sentidos de audição e visão. Ele pode reconhecer movimentos, e objetos. Ele precisa muito de sua mãe e irmãozinhos para se sentir seguro e, porque estas percepções sensoriais ocorrem de forma excepcionalmente abrupta, é muito importante que o ambiente em que ele vive seja calmo e estável.
Período de Socialização Canina: de 21 a 49 dias de vida
É quando o filhotinho aprende os comportamentos específicos que fazem dele um cachorro. Por isso é tão importante não tirar o filhote da ninhada antes de 7 semanas de vida. É durante este período que ele aprende noções de higiene, respeito à hierarquia, e a ser disciplinado. Com os irmãozinhos ele aprende o jogo "dominante x dominado"
Período de Socialização com Humanos: de 7 a 12 semanas de vida
Este é o melhor período para o filhote se juntar à sua nova família. Esta também é a melhor época para introduzi-lo às coisas que farão parte da sua vida. Por exemplo, automóveis, outros animais, crianças, idosos, sons, etc. Tudo aprendido nesta fase é permanente.
Primeiro Período do Medo: de 8 a 11 semanas de vida
Neste período qualquer experiência traumática, dolorosa ou assustadora vai ter um impacto mais duradouro do que em qualquer outra fase da vida do animal.
Período do "rebelde sem causa": de 13 a 16 semanas de vida
É quando o pequeno meliante resolve testar toda a paciência dos seus donos. Ele vai tentar te morder, mesmo que pareça de brincadeira, dominar, e testar para ver quem será o líder da matilha. Este é o melhor período para iniciar o treinamento de Obediência Básica para Filhotes.
Período das "Escapadas": de 4 a 8 meses de vida
Se você ainda não ensinou ao seu filhote a vir quando chamado, este é o momento. Nesta idade ele desenvolve uma "surdez seletiva" que pode durar de poucos dias a várias semanas. É muito importante que os donos saibam como reagir nesta fase para evitar que seu cachorro se torne um eterno fujão.
Segundo Período do Medo: de 6 a 14 meses
É quando o cachorro começa a ficar relutante em se aproximar de coisas ou pessoas novas ou até mesmo já conhecidas. O mais importante é que os donos não forcem o cão nestas situações, e nem tentem consolá-los, deixando que ele resolva sozinho que não há motivo para ter medo. O treinamento de obediência nesta época ajuda a construir a autoconfiança do cachorro.
Maturidade: de 1 a 4 anos de vida (varia entre as raças)
Para a maioria das raças a maturidade (inclusive a sexual) ocorre entre 1,5 e 3 anos de idade, sendo que raças pequenas tendem a amadurecer mais cedo do que os cães gigantes.
Este período é normalmente marcado com um aumento na agressividade e um novo teste da autoridade do líder. O aumento da agressividade não é necessariamente uma coisa negativa. Muitos cães que eram excessivamente amistosos com estranhos passam a ser ótimos cães de guarda. Sem dúvida nenhuma, esta é uma ótima oportunidade para reforçar a liderança dos donos através de uma reciclagem no treinamento de Obediência Básica (agora para Cães Adultos).
A INTELIGÊNCIA DOS CÃES
De acordo com Stanley Coren, a inteligência dos cães pode ser medida com relação à sua obediência e ao seu trabalho, porém a inteligência instintiva não está em questão nesta tabela. Em seu livro "A inteligência dos Cães" da editora Ediouro, Stanley Coren dividiu os cães em 6 grupos, os quais mostramos de forma resumida a seguir.
Graduação de 1 a 10 - Melhores cães em termos de inteligência e obediência para o trabalho.
Graduação de 11 a 26 - Excelentes cães de trabalho. Treinamentos de simples comandos assimilados após 5 a 15 repetições.
Graduação de 27 a 39 - Cães de trabalho acima da média. Assimilam o comando após 15 a 20 repetições.
Graduação de 40 a 54 - Obediência e trabalho intermediários. Assimilam um comando após 25 a 40 repetições.
Graduação de 55 a 69 - Capacidade de obediência e trabalho razoáveis. Assimilam um comando após 40 a 80 repetições.
Graduação de 70 a 79 - São raças muito difíceis de assimilar um comando, necessitando de mais de 100 repetições.
GRUPO I GRUPO I I GRUPO III
1 Border Collie
2 Poodle
3 Pastor Alemão
4 Golden Retriever
5 Doberman
6 Pastor de Shetland
7 Labrador
8 Papillon
9 Rottweiler
10 Australian Cattle Dog
GRUPO II
11 Welsh Corgi (Pembroke)
12 Schnauzer Miniatura
13 Springer Spaniel Inglês
14 Pastor Belga
--- Tervuren
15 Groenland
---Schipperke
16 Collie
---Keeshond
17 Pointer Alemão de Pelo Curto
18 Cocker Spaniel Inglês
---Flat-Coated Retriever
---Schnauzer Standard
19 Brittany
20 Cocker Spaniel Americano
21 Weimaraner
22 Bernese Mountain Dog
23 Spitz Alemão - Pomerania
24 Irish Water Spaniel
25 Vizsla
26 Cardigan Welsh Corgi
GRUPO III
27 Yorkshire Terrier
---Chesapeake Bay Retriever
---Puli
28 Schnauzer Gigante
29 Airedale Terrier
---Bouvier Des Flandres
30 Border Terrier
---Briard
31 Welsh Springer Spaniel
32 Manchester Terrier
33 Samoieda
34 Field Spaniel
---Terranova
---Terrier Australiano
---American Staff Terrier
---Gordon Setter
---Bearded Collie
35 Setter Irlandês
---Cairn Terrier
---Kerry Blue Terrier
36 Norwegian Elkhound
37 Pinscher Miniatura
---Affenpincher
---Silky Terrier
---English Setter
---Pharaoh Hound
---Clumber Spaniel
38 Norwich Terrier
39 Dálmata
GRUPO IV
40 Soft-Coated Wheaten Terrier
---Bedlington Terrier
---Fox Terrier Pelo Liso
41 Curly-Coated Retriever
---Irish Wolfhound
42 Kuvasz
---Pastor Australiano
43 Pointer
---Saluki
---Finnish Spitz
44 Cavalier King Charles Spaniel
---Pointer Alemão de Pelo Duro
---Black & Tan Coonhound
---American Water Spaniel
45 Husky Siberiano
---Bichon Frisé
---English Toy Spaniel
46 Tibetan Spaniel
---Foxhound (English)
---Otterhound
---Foxhound (American)
---Greyhound
---Wirehaired Pointing Griffon
47 West Highland White Terrier
---Deerhound Escocês
48 Boxer
---Dogue Alemão
49 Dachshund
---Stafforshire Bull Terrier
50 Malamute do Alasca
51 Whippet
---Shar-pei
---Fox Terrier Pelo Duro
52 Rhodesian Ridgeback
53 Ibizan Hound
---Welsh Terrier
---Irish Terrier
54 Boston Terrier
GRUPO V
---Akita
55 Skye Terrier
56 Norfolk Terrier
---Sealyham Terrier
57 Pug
58 Bulldog Francês
59 Griffon de Bruxelas
---Maltês
60 Greyhound Italiano
61 Chinese Crested
62 Dandie Dinmont Terrier
---Petit Basset G Vendeen
---Terrier Tibetano
---Japanese Chin
---Lakeland Terrier
63 Old English Sheepdog
64 Cão dos Pirineus
65 São Bernardo
---Scottish Terrier
66 Bull Terrier
67 Chihuahua
68 Lhasa Apso
69 Bullmastiff
GRUPO VI
70 Shih Tzu
71 Basset Hound
72 Mastim Napolitano
---Beagle
73 Pequinês
74 Bloodhound
75 Borzoi
76 Chow Chow
77 Bulldog
78 Basenji
79 Afgh
Nenhum cão é burro.
Napoleão Bonaparte foi um brilhante estrategista militar e reconhecidamente um dos homens mais brilhantes da história. E mais: demosntrava outros sinais de inteligência geral, como habilidade verbal e intelectual para se dirigir ao público e introduzir reformas judiciais, políticas e educacionais que perduram até os dias de hoje. No entanto, demonstrou total falta de habilidade ao resolver invadir a Rússia em pleno inverno, o que é considerado o marco da derrocadaa de seu império. Albert Einsten, ganhador do Prêmio Nobel, elaborou a teoria da relatividade e efeito fotoelétrico, era veralmente dotado, escrevia muito bem e tocava violoncelo como poucos. No entanto, tinha problemas com aritmética simples: contas de somar e subtrair eram um inferno para Einstein. Ou seja, a inteligência não pode ser medida sob um só ângulo.
Tanto Bonaparte como Einsten têm habilidades específicas. O mesmo acontece com os cães. Todos foram criados para um determinado fim, muitas vezes conflitante com a definição humana de inteligência. Cães de raça de aponte, por exemplo,como o pointer e o setter, indicam a presa sem nenhum treino e no entanto, por mais treinados que sejam, são incapazes de aprender e pastorear. Ao mesmo tempo, cães patores têm tendência natural a arrebanhar, mas são incapazes de aprender a apontar a caça.
O psicólogo Howaed Gardner, da Universidade de Harvard, considera a inteligência como uma coleção de habilidades mentais primárias, cada uma delas uma dimensão separada da inteligência múltipla. Seguindo o racíocinio de Gardner para o mundo canino, também é possível determianr diversas dimensões de inteligência canina. Para o psicólogo Stnaley Coren, professor de psicologia da Universidade de British Columbia, treinador e especialista em comportamento canino, cães demonstram instintivamente múltiplas inteligências em diversas situações como:
Inteligência espacial: o cão compreende a organização do mundo que o cerca. Saber onde fica a sua guia, o pote de biscoitos e suas camas são demosntrações típicas.
Inteligência de coordenação motora: o cão é capaz de se mover e coordenar seus movimentos com destreza, como nos esportes onde o animal precisa salatar em altura e largura, equilibrar-se sobre uma gangorra, executar um slalom ou participar de concursos de dança com coreografia e tudo!
Inteligência intrapessoal: o cão conhece a si mesmo, suas capacidade e limitações. Um cão que se recusa a pular uma cerca que seja muito alta demonstra conhecimento sobre suas capacidades.
Inteligência interpessoal: o cão se reconhece como criatura social. É evidenciada em cães que interagem com outros e assumem função de líder ou outras dentro da matilha, bem como cães que tentam se comunicar com seus donos.
Inteligência musical: o cão é capaz de reconhecer fatores musicais, como harmonia e tom. a vocalização de sensações, como uivados, seria uma forma de manisfestação desse tipo de inteligência, que tem mais a ver com um membro da matilha dizendo "estou aqui" ou respondendo a um estímlulo do que propeiamente um "cão cantor".
Inteligência lógica: cães são capazes de resolver problemas e aplicar estratégias racionais quando se deparam com novas situações. Quando se colocam dois pedaços de carne no chão, independente do tamanho delas, o cão abacanhará primeiro a que estiver mais perto - ele corre menos risco de perdê-la. Se ambas estiverem à mesma distância, ele pegará a maior.
Inteligência línguística: cães são capazes de se comunicar, uma vez que são animais sociais. Na natureza, é possível observar cães selvagens e lobos se organizarem para caçar, administrar posições sociais e divisão de tarefas, o que sugere um sistema de comunicação complexo. Além disso, cães são capazes de entender asssociadas ou não a comandos. Desde os tempos mais remotos, a ligação entre o homem e o cão se deu pelo fato dos cães exercerem funções para nós, desde ajuda fisica até apoio psiclógico. alguns dos tabalhos dos cães são a guarda de propeiedades e pesoas, caça, pasotreio, tração, busca de objetos, pessoas ou substâncias, salvamento, auxílio a deficientes e terapia com idosos, doentes e deficientes mentais. Alguns deles (como a caça e faro) refletem o instinto natural dos cães. Outras, como guiar deficientes visuais, requer um treinamento intenso.