segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dupla de pit bulls arranca o olho de cadela vira-latas na Maiobinha


25 de março de 2008
Por Jully Camilo
Uma cadela vira-latas, chamada “Branquinha”, foi atacada, sexta-feira (21), na Avenida João Damásio Pinheiro, na Maiobinha, por dois cães pit bulls (um macho e uma fêmea), que são mantidos na fábrica de câmaras de ar Tortuga. Os animais conseguiram sair quando os portões da fábrica foram abertos para a entrada de um veículo e teriam atacado a cadela que andava na rua. “Branquinha” teve o olho esquerdo arrancado pelos pit bulls e também recebeu profundas mordidas nas tetas, nas patas e no peito.
Foto:G.FERREIRA
As marcas dos pit bulls na cadela vira-latas
De acordo com a dona de “Branquinha”, Nilzilene Paixão, a cadela sempre teve o costume de andar na rua e brincar com os vizinhos sem nunca morder ninguém. Na noite de sexta-feira, a cachorrinha teria repetido o feito, quando foi atacada pelos pit bulls, sendo socorrida pelos moradores e pela empregada da fábrica. “Fui surpreendida por minha vizinha que chegou com ‘Branquinha’ nos braços dizendo que ela havia sido atacada pelos cachorros da fábrica. Fiquei assustada com o estado dela e achei que ela não fosse resistir aos ferimentos que estavam espalhados por todo o corpo”, declarou a faxineira.
Nilzilene contou à equipe do JP, que foi até a Tortuga e acabou sendo atendida por um funcionário que não quis revelar o nome, mas que no primeiro momento se mostrou prestativo e garantiu aos familiares que os custos do veterinário seriam cobertos por eles. Após o acordo verbal a família levou a cachorrinha até a clínica veterinária Cemeveb, onde foi cobrada a quantia de R$ 350, por remédios e procedimentos cirúrgicos, pagos em um cartão de crédito de um parente da faxineira.
Quando retornaram da clínica, o filho de Nilzilene teria voltado à fábrica e procurado o referido funcionário, que negou o acordo e afirmou que não pagaria os custos médicos da cadela. “Ele disse que o casal de cachorros deles só mordeu a “Branquinha” porque a cadela os teria atacado primeiro. Falaram que registrariam um BO e não me ajudariam em nada e que eu poderia procurar meus direitos. Eu não quero nada deles, apenas que eles paguem o que prometeram, pois o cartão não é meu e não vou ter condições de cobrir os custos com o dinheiro que ganho fazendo faxina”, explicou Nilzilene.
Os moradores revelaram que é costume chegar carregamentos na fábrica e os cachorros saírem no intervalo em que os portões são abertos. O maior receio da população que os pit bulls ataquem crianças que estudam numa escola de Jardim de Infância localizada ao lado da fábrica. Perrto da Tortuga também há um campo de futebol, onde se concentram crianças, jovens e adultos.
“Certa vez a empregada da Tortuga foi colocar o lixo para fora e os cães escaparam, vindo bater aqui em casa. Fui obrigado a chamar um dos funcionários para retirá-los daqui, pois fiquei com medo de eles morderem algum dos meus familiares”, explicou um morador que preferiu não ser identificado.
Nilzilene Paixão registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia Especial da Cidade Operária, e até a presente data ainda não havia sido procurada pelo dono da fábrica. A equipe do JP se dirigiu até a Tortuga e foi atendida por uma empregada da fábrica, localizada na avenida João Damásio Pinheiro, 51. Ela informou que os proprietários não estavam no local naquele momento.
COMO AGIR EM CASO DE ATAQUE DE ANIMAIS CRIADOS POR TERCEIROS
• Registre ocorrência na delegacia mais próxima
• Faça exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) para comprovar que houve a agressão
• Responsabilize o dono no animal na Justiça

Dupla de pit bulls arranca o olho de cadela vira-latas na Maiobinha

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