terça-feira, 22 de março de 2011

Publicado em 31/01/2011 10:08
Por Rafael H.

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Criança de sete anos é levada ao Pronto-Socorro após ataque de cão da raça Pit bull
Mais dois ataques de Pit bulls ocorridos nos últimos dias em Araguari reacendem o debate sobre o problema, que permanece grave. Também na cidade, cães ferozes (incluindo os Rottweilers) chegam a desfilar livremente pelas ruas e avenidas, colocando em risco a população.

No final de semana passado, integrantes do Oitavo Pelotão de Bombeiros Militar foram acionados no bairro Novo Horizonte. Eles socorreram uma criança vítima da fúria de um animal da raça Pit bull, na rua Antimônio.


Foto: Gazeta do Triângulo
As mordidas atingiram a perna e várias partes do corpo do menor

V.S.S., de apenas 7 anos, brincava de soltar pipa na esquina de sua casa, quando o cachorro pulou o muro do vizinho e avançou sobre o menor, derrubando-o ao solo. No desespero, ele gritou e foi salvo pelo irmão de 11 anos, que afastou o Pit bull usando um pedaço de madeira.

Após os primeiros atendimentos, o garoto foi levado ao PSM, com mordidas na perna e na região das nádegas. A reportagem constatou que para evitar novos acidentes o morador na residência colocou telas sobre os muros.

Outro ataque aconteceu na região central de Araguari, mas, felizmente, a vítima conseguiu se proteger. Ela, no entanto, cobra providência por parte dos responsáveis.

Os bombeiros não têm um balanço de quantos acidentes envolvendo cães foram registrados em 2010. Não são casos frequentes, porém, quando o agressor é de raça de grande porte, as sequelas podem ser gravíssimas. Quando a vítima é criança o risco de morte é elevado.

O subtenente Márcio Henrique Soares, subcomandante do Corpo de Bombeiros observa que muitas vezes o proprietário quer se livrar do cão e abandona o animal nas ruas. Por não estarem familiarizados, os ataques acabam acontecendo.

“Aconselhamos à comunidade que ao deparar com estes cães nas ruas, mude a trajetória e procure se proteger. Em caso de ataques, não reaja e tente se abrigar”, diz o militar, que alega não ter nada contra animais ferozes, desde que não coloquem vidas em risco. “Quem quiser se desfazer de um animal por qualquer motivo deve encontrar um novo dono ou encaminhá-lo para o Centro de Controle de Zoonoses da prefeitura, que vai providenciar o recolhimento do mesmo”, frisa.

O telefone do Centro de Controle de Zoonoses  em Araguari é 3690-3101.

IRRESPONSABILIDADE
Independente de existir ou não lei a respeito, as vítimas têm noção clara do problema: falta de responsabilidade dos donos. É o que pensa um professor sobre a proprietária do Pit bull que o atacou. O passeio de final de tarde no domingo foi estraçalhado por um cão Pit bull que perambulava completamente livre pela rua.

Ao lutar com o animal para salvar sua cachorra da raça Basset, Marcos caiu e fraturou o pé e o tornozelo. Teve que implantar pinos. Ele também sofreu arranhões pelos braços e cabeça ao cair no chão.

“É um tipo de animal, como outros cães grandes, que tem que ficar preso. Se eu não tivesse feito nada, minha cachorra estaria morta. Se fosse uma pessoa com reflexo lento, como um idoso, teria se ferido muito”, comenta a vítima.

CRIADORES
Jefferson Machado, de 29 anos, cria cães da raça Pit bull há onze anos. Ele afirma que são necessários alguns cuidados com a espécie, mas, o fato de um animal ser ou não feroz depende de sua criação e de como o dono lida com ele.

“Ele [o Pit Bull] é o mais visado pela imprensa e pelas pessoas. Se o dono cuidar corretamente e, caso precise, com auxílio de um profissional, não haverá problemas. O cão precisa de exercícios, por exemplo, um animal confinado fica estressado. E também, obviamente, não pode ser tratado com violência. Todo cão que seja violento pode passar por um profissional para melhorar este comportamento”.

INDENIZAÇÃO
Os donos de cães ferozes que costumam perambular com seus animais pelas ruas colocando vidas em risco podem ter sérios problemas em casos de ataques com seqüelas.

No Distrito Federal, o proprietário de um cachorro da raça Rottweiler terá que indenizar em R$ 30 mil, por prejuízos morais e estéticos, uma criança que sofreu aos 5 anos de idade, um ataque do cão. O relator do processo concluiu que o fato foi trágico e causou estragos estéticos sérios na vítima.

O réu ainda foi sentenciado a arcar com todos os dispêndios com tratamento de saúde para tornar menores os prejuízos físicos e psicológicos.

Fonte: Gazeta do Triângulo 
http://www.araguarionline.com/noticias/function.php?subaction=showfull&id=1296475727&archive=&start_from=&ucat=9&

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