quarta-feira, 23 de junho de 2010

ISTOÉ Independente - Comportamento

Atualizado em 23.Jun.10 - 03:17

Festa boa pra cachorro
Garçons serviram em bandejas refrigerantes para cães no aniversário da cadela Pepezinha, da socialite Vera Loyola

Teve comes e bebes maravilhosos, decoração bem cuidada, lembrancinhas especiais, notas em colunas sociais, reportagens em jornais e revistas. Em busca da melhor foto, paparazzi subiram em árvores e alugaram varandas nos apartamentos vizinhos. Uma verdadeira cãofusão. O centro de todas essas atenções era Pepezinha, uma cachorra da raça japanese chin, que completou 12 anos e ganhou uma festa tão disputada quanto o aniversário de Sasha, filha de Xuxa.

A emergente carioca Vera Loyola, “mamãe” da aniversariante, não vê nada demais numa festança de arromba para uma cadela. “Contribuo com muitas instituições de caridade e não tenho medo do que os outros vão dizer. Queria demonstrar meu amor pela Pepezinha”, afirma. Ela dorme todas as noites entre a cachorra e o marido. E conta que acorda com dor no corpo porque se aperta para não incomodar os dois companheiros de cama.

Daí para contratar as amigas Maria Georgina Pavão de Almeida Machado e Érika Schlinke para cuidar de todos os detalhes do aniversário de Pepezinha foi um pulo. Decisão encarada com muita naturalidade. As duas já tinham organizado festas para seus próprios cães. E montaram o bufê Turma do Mi...Au. “Somos pessoas normais, não latimos. Eu tenho uma distribuidora de pilhas e minha sócia é fisioterapeuta, mas adoramos nosso novo hobby”, conta Maria Georgina, “mãe” de João Paulo, um poodle.
Rega-bofe – Para a badalada festa da cachorrinha emergente, o tema escolhido foi o filme 101 dálmatas. Bolo, brigadeiros, cajuzinhos, pirulitos, balas e todos os outros petiscos servidos em aniversários convencionais foram feitos com rações dos mais variados tipos. Para beber, garçons serviam em bandeja, coberta com toalhinha, pequenos potes de acrílico coloridos com refrigerante para cachorro chamado Cool Dog, que, na verdade é um caldinho de carne gelado. Na lista de convidados, segundo a anfitriã, “45 cachorros e 60 adultos”. Vera estava preocupadíssima com o tempo. “Fiz até promessa para Santa Clara e, por incrível que pareça, não choveu”, comenta, aliviada. Graças à santinha, a festa pôde ser à beira da piscina, toda enfeitada com balões formando flores. “Os adultos ficaram dentro de casa. Mas à certa altura, todos os cachorros entraram e se sentaram com suas mamães”, diverte-se.
No dia D da Pepezinha, os pet shops mais bacanas do Rio estavam em polvorosa. Os cachorros precisavam se embonecar, tomar banho, fazer “os cabelos” e as unhas. Tequila, claro, não ficou de fora. Sua dona (ela não curte muito esse negócio de mãe), Rosane Castro Neves, mulher do músico Lincoln Olivetti, depois de levá-la para fazer uma produção digna de salão de beleza, comprou um laço vermelho para realçar o pêlo da sua huskie siberiana.

Valeu a pena. “Foi tudo muito divertido e a festa estava mais tranquila do que as de crianças. Os cães comeram à beça”, diz. Rosane presenteou Pepezinha com uma impecável cesta de café da manhã, com biscoitos, refrigerantes, batatas fritas e produtos de beleza. Tudo especial para cachorro. Decorou com lacinhos e ossos em miniatura. Uma graça.

Sucesso, sucesso! – “A princesinha ficou encantada”, conta Vera. Ela ganhou tantos, mas tantos, presentes que até no dia seguinte estava abrindo pacotes. Na lista dos agrados, roupas, três conjuntos de toalhas de banho combinando com roupões, corrente de ouro com ossinho escrito Pepezinha, bolsinha de praia. Além de uma medalha de Nossa Senhora das Graças, presente de Lúcia Garrido, a madrinha.

A festança reuniu cachorros de boa família de quase todas as raças. As mamães assinaram por eles o livro de visitas. O aniversário foi um acontecimento social tão importante que um casal de cães chegou a interromper a lua-de-mel apenas para dar parabéns à Pepezinha. “Acho até que a cachorrinha já estava esperando nenê”, diz Vera. A comemoração terminou por volta das 18h45. No entanto, Vera e Pepezinha, que sabem receber como poucas damas da sociedade, continuaram a recepcionar os amigos atrasados. Narcisa Tamborindeguy, a filha e o cão estavam entre os retardatários. “A menina chorava, porque tinha até sonhado com o aniversário de cachorro... uma pena”, comenta a emergente. Pudera. Perderam o acontecimento social da semana e, o que é pior, o ponto alto da festa que foi o Parabéns, cantado na língua da aniversariante: “Au,au,au...au…au, au…”.


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