08/06/2008 - Domingo - 08h17
Roberto Alexandre
Alexandre Souza - 07/06/2008
Veterinário matou pit bull com uma injeção letal após ataque; sacríficio foi autorizado pelos donos do animal
De acordo com o que a polícia apurou, Jacinta saiu de casa por volta das 9h e foi atacada ao passar em frente à casa do animal. Testemunhas disseram à polícia que Jacinta acenou para um parente que estava dentro da residência, o que teria chamado a atenção do pit bull. Ao empurrar e forçar o portão com a pata, o animal conseguiu alcançar a calçada. Ele foi direto na direção da mulher, que não teve como se defender. O cão mordeu o pescoço e o rosto da mulher. Apavorada, a filha de Jacinta, a dona de casa Maria Borges Pereira Liberal, tentou socorrer a mãe, mas não conseguiu tirar o pit bull de cima da vítima. O ataque durou menos de cinco minutos e só acabou com a intervenção de Willian, que escutou a mãe gritar por socorro.
Jacinta foi socorrida em um carro da família. Ela perdeu muito sangue e chegou à Santa Casa de Andradina em estado grave. A aposentada morreu quando recebia os primeiros socorros no hospital. Segundo a polícia, o ataque foi tão feroz que o animal arrancou parte de uma das orelhas e a prótese dentária da vítima. O próprio dono do pit bull foi ferido em um dos dedos da mão direita.
O animal foi colocado de volta no quintal da residência até a chegada de uma equipe do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) acionada pelo Corpo de Bombeiros da cidade. O animal foi recolhido e, como ainda estava muito feroz, foi sacrificado com a autorização da família, segundo o diretor do CCZ de Andradina, Aziz Adbelnour. O fato chocou amigos, parentes e vizinhos da vítima. Os familiares não quiseram falar com a imprensa.
Segundo a polícia, no ano passado, o cão já havia avançado na aposentada, que naquela ocasião não chegou a sofrer ferimentos. O caso não foi registrado na polícia. Alguns moradores da rua Amazonas disseram que tinham receio do animal, de dois anos de idade. "Ele era muito bravo e tínhamos medo que ele escapasse e avançasse em alguém na rua", afirmou Jacinta Teixeira da Silva. "Todos os vizinhos tinham medo desse animal", acrescentou.
Willian prestou depoimento no plantão policial de Andradina e foi liberado. O delegado Flávio Delgado de Melo disse que se constasse algum tipo de negligência com relação ao cuidado com o animal, poderia ter até autuado o proprietário em flagrante por homicídio culposo. "Mas não tive essa convicção", afirmou o delegado. A Polícia Civil vai abrir inquérito para apurar o incidente. De acordo com Melo, dependendo do que for apurado no decorrer das investigações, Willian poderá responder processo pelo crime, que prevê uma pena de um a três anos de detenção. O corpo da aposentada passou por exame necroscópico na tarde de ontem. O enterro deve acontecer hoje no cemitério da cidade.
Também ontem, um aposentado de 86 anos morreu ao ser atacado por um pit bull, em Campinas. De acordo com a polícia, o homem cuidava da horta de uma escola quando foi atacado. Bombeiros foram ao local para socorrer a vítima, mas o homem já estava morto.
Ataque de cães é cada vez mais freqüente na região
Incidentes envolvendo ataque de cães estão cada vez mais freqüentes na região. No último dia 4, um estudante de 13 anos ficou ferido no braço esquerdo e na virilha após ser atacado por um cão da raça pit bull no momento em que saía da escola onde estuda, no bairro Recanto dos Pássaros, em Birigüi.
O menino foi socorrido pelo resgate do Corpo de Bombeiros e levado ao Pronto-Socorro Municipal de Birigüi, onde recebeu cuidados médicos e tomou vacinas. Testemunhas disseram que foi preciso da ajuda de três homens para tirar o cão de cima da vítima. O animal estava solto na rua.
Há menos de 15 dias, um cão da raça pit bull atacou uma estudante de 11 anos no bairro Eteucle Turrini, em Araçatuba. O animal, de apenas oito meses, aproveitou um descuido da proprietária da casa para avançar a menina. A dona da residência teria deixado o portão apenas encostado, depois de colocar o lixo na calçada. No momento do ataque, a estudante passava pela rua. Ela, que sofreu ferimentos no braço direito e nas costas e arranhões por todo o corpo, foi levada até o Pronto-Socorro Municipal, onde recebeu atendimento médico e foi liberada pouco depois. Além da garota, o pit bull mordeu também dois cães menores, que ajudaram a vítima a se livrar do ataque.
Apesar de várias tentativas de proibição, a legislação vigente no Brasil não impõe nenhuma restrição ao comércio da raça pit bull. No Estado de São Paulo, há uma lei que torna o uso obrigatório de focinheira, coleira, guia curta e enforcador em cães das raças ferozes, como pit bull e rotweiller.
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