Pit Bull foi sacrificado após o ataque - Foto: Ediglei Feitosa |
Ontem no começo da tarde por pouco um ataque de cachorro da raça Pit Bull não acabou em tragédia no Jardim São Jorge, em Paranavaí. O animal pulou o muro da residência e se deparou com uma família que descansava na varanda após o almoço. Os familiares foram “poupados”, mas o Pit Bull atacou e matou um cachorro de estimação. O chinelo de uma menina de apenas dois anos ficou embaixo do animal morto, o que comprova que uma tragédia esteve perto de acontecer. Após o ataque, o Pit Bull foi sacrificado.
Quem conta detalhes da história é o aposentado Manoel José dos Santos, 79 anos, morador na Avenida Tancredo Neves, Jardim São Jorge, avô da pequena Maria Elizabete, que esteve muito perto do cão bravo.
Santos diz que estava na área com a família, quando foi surpreendido pelo Pit Bull do vizinho, que pulou o muro e veio na direção das pessoas. Segundo ele, neste momento, o cachorro de seis anos, que atendia pelo nome “Tikinho”, entrou na frente.
Os familiares entraram em casa, enquanto Santos tentava livrar o seu cão de estimação da fúria do Pit Bull. Ele se recorda que bateu no animal feroz com um pedaço de ferro, mas não deu resultado.
Um motoqueiro viu e tentou ajudar, dando pauladas no Pit Bull, igualmente sem sucesso. Depois que o cão bravo soltou, já era tarde para o cãozinho de estimação. Outros dois cães vivem na casa do aposentado, mas nada sofreram. Durante a visita da equipe de reportagem, a família estava nervosa e muito assustada.
O Corpo de Bombeiros foi chamado para intervir, bem como a Sociedade Protetora dos Animais. Em conversa com o proprietário do Pit Bull ficou definido que o animal seria sacrificado. Um veterinário foi chamado e fez o sacrifício.
Pit Bull não é recomendado - Vice-presidente da Sociedade Protetora dos Animais, Ivo Lopes explica que o sacrifício era a única alternativa. O cão não tinha controle, argumentou, lembrando que é a segunda vez que há registro de problemas com esse mesmo animal.
Da última vez outro cachorro e algumas galinhas foram atacados pelo Pit Bull. Como saiu para a rua, o Pit Bull ficou por cinco dias na Sociedade Protetora dos Animais, até que o dono acabou localizado.
Experiente no trato com animais e com 50 anos de experiência, Lopes não aconselha a ter um cachorro desses em casa. “Pit Bull, melhor não ter”, simplificou, reforçando que não há garantias de que não haverá ataques. Trata-se de um animal muito forte e capaz de pular muros muito altos.
No caso de ontem, o muro tem mais de dois metros, o que não foi obstáculo. Além do mais, Lopes informa que esta raça consegue pular muros mais altos, especialmente se estes forem apenas com lajotas sem reboco. Ele pede que as pessoas se informem sobre as raças antes da compra de um cachorro.
Também aproveita para informar que não tem relação nenhuma entre o mês de agosto e os chamados “cachorros loucos”, na verdade, cachorros doentes com raiva canina. Não há registro dessa doença na região, antecipa Lopes.
Sargento do Corpo de Bombeiros, Raimundo Aparecido de Souza comenta que a comunidade deve pedir ajuda quando um cachorro ataca outro animal ou ameaça a segurança de pessoas. Só nestes casos há requisitos para a intervenção, reforça.
Ontem, enquanto atendia a ocorrência que terminou no sacrifício do Pit Bull, a equipe do sargento Raimundo foi chamada para atender outra ocorrência envolvendo cachorros, desta vez no Cemitério Municipal. Os policiais foram informados que dois cachorros demonstravam agressividade e estavam no interior do cemitério. A situação de perigo não se confirmou, pois um animal já tinha saído espontaneamente e o outro parecia mais assustado do que agressivo. |
Fonte: Da Redação 
Pit bulls foram criados para rinhas de cães.É normal que eles briguem com outros cães.O fato desse pit não ter atacado a criança,mesmo que essa tenha lhe batido com um pedaço de ferro,mostra que ele não é agressivo com pessoas.Os pit bulls não têm culpa se o ser humano moldou suas características de forma que eles gostem de brigar com outros cães.
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