Pit Bull n�o � o maior c�o do mundo, tampouco o que tem a mordida mais forte e se tornou conhecido como uma das mais perigosas feras urbanas. Na hora do ataque, n�o obedece a ordens do dono e � capaz de brigar por horas sem demonstrar sinal de cansa�o. Depois de cravar a mand�bula, s� volta a abrir a boca quando arranca um peda�o da sua v�tima. No dia 11 de abril, deste mesmo ano, "Saddam", um genu�no exemplar da ra�a, circulava pelas ruas de Copacabana, no Rio de Janeiro. Conduzindo sua coleira estava a menina, L. S. M., de 15 anos, amiga do dono do cachorro. A cena, que por si s� j� parecia um disparate, ganhou ares de trag�dia quando L. e o c�o cruzaram com um grupo de skatistas. Os garotos decidiram provocar o animal. Saddam soltou-se de focinheira, mordeu na perna e no bra�o a garota que o conduzia e, em trinta minutos de correria e p�nico, fez outras quatro v�timas. No caso mais grave, o menino George Sinclair, de 13 anos, teve o m�sculo de perna dilacerado. Nos �ltimos anos, esse tipo de acidente tem sido cada vez mais comum. Em 1997, foram registrados 114.000 casos de mordidas, mutila��es e mortes em ataques de c�es s� no estado de S�o Paulo, n�mero 40% maior que h� cinco anos. A cada v�tima fatal, segue-se uma rea��o contra chamados "animais assassinos". Em 1991, ap�s a morte de uma menina de 6 anos por um pit bull a cria��o da ra�a na Inglaterra tentou, sem sucesso, promover o exterm�nio do animal. Rea��o semelhante houve no Rio ano passado, quando um menino de 4 anos ficou seriamente ferido ao ser atacado por tr�s c�es simultaneamente. � um erro culpar apenas os animais. O aumento dos acidentes � resultado direto da responsabilidade dos donos e da procura exagerada por c�es de guarda cada vez mais ferozes. A id�ia, deturpada, de que quanto mais bravo um c�o mais seguran�a oferece � casa, faz com que as pessoas despreparadas transformem animais em verdadeiras armas, cujo potencial de periculosidade na maioria das vezes � subestimado. "As pessoas s�o as maiores respons�veis por essas trag�dias", afirma a psic�loga veterin�ria Hannelore Fuchs.
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