Homem pegou doença praticamente letal após mordida de cadela
Chaval/Ceará – O Ministério da Saúde confirmou nesta quarta-feira (08) o segundo caso de raiva em humanos no Brasil em 2010 (O primeiro caso do ano foi registrado em junho, no Rio Grande do Norte, após a morte de um homem depois de uma mordida de morcego). A doença é considerada praticamente letal, com apenas três casos no mundo de pessoas que sobreviveram após serem infectadas pelo vírus.
O homem, de 26 anos de idade, mora em Chaval, no Ceará. Ele contraiu a doença quando foi mordido em maio deste ano por uma cadela criada em casa. O animal nunca havia sido vacinado contra a raiva. Ele foi internado no último dia 1º deste mês no hospital São José, em Fortaleza, com quadro de febre, agitação, excesso de saliva e aerofobia (medo de estar ao ar livre ou exposto a correntes de ar). O diagnóstico de raiva foi confirmado por exames laboratoriais. “De acordo com a Secretaria de Saúde do Ceará, o paciente está em estado grave”.
Segundo o Ministério da Saúde, o paciente deve ser tratado com o uso do Protocolo de Tratamento de Raiva Humana, o mesmo aplicado em 2008 em um paciente de Floresta (PE), que se tornou o terceiro caso no mundo a sobreviver (há registros também nos Estados Unidos e na Colômbia).
A raiva é uma doença viral transmitida ao homem quando um animal infectado o morde, lambe ou arranha. Os principais transmissores são cães, gatos, saguis e morcegos, diz o ministério.
“Como não é possível imunizar animais que vivem na natureza, a campanha de vacinação de cães e gatos é a principal forma de prevenir os casos da doença em humanos, que tem letalidade próxima de 100%”.
A orientação é: com a primeira suspeita de que um animal está com raiva, é preciso isolá-lo e chamar ajuda especializada, como a de técnicos do centro de controle de zoonoses local ou a de um veterinário da secretária municipal de saúde;
Em caso de mordida, deve-se lavar imediatamente a ferida com água e sabão e procurar um profissional de saúde para que ele decida o tratamento a ser seguido, com o uso de vacina ou soro.
O ministério diz que, em caso de ataque por cães ou gatos, os animais devem ficar confinados por até dez dias, para observação dos sintomas; se o animal morrer, a indicação é que o centro de zoonoses seja avisado com urgência. (R7 com adaptações)
http://routenews.com.br/index/?cat=15&paged=2
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