segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A empresa de cães de guarda Feroz está sendo investigada

Domingo, 10 de fevereiro de 2008

A empresa de cães de guarda Feroz está sendo investigada pela polícia por maus- tratos...




A empresa de cães de guarda Feroz está sendo investigada pela polícia por maus- tratos e abandono dos cachorros usados na segurança de imóveis. Só nos últimos dois dias, quatro denúncias foram feitas contra a empresa, que continua funcionando graças a uma liminar expedida pela Justiça. A locação de cães de guarda está proibida em Curitiba desde 17 de janeiro. Outra ocorrência, dois dias depois de a lei entrar em vigor, também envolve a Feroz.O proprietário da empresa, Jair Pereira de Souza Pinto Júnior, compareceu ontem à Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) para prestar esclarecimentos. Uma audiência deve ser marcada em um prazo de até 30 dias no Juizado Especial Criminal. A punição prevista para os crimes é de três meses de detenção a um ano, mas pode ser revertida para uma pena alternativa. Já as multas aplicadas em casos semelhantes variam entre R$ 1 mil e R$ 1,5 mil.



Ontem à tarde, uma cadela da raça fila da Feroz fugiu e invadiu um escritório na Rua Mauá, no Alto da Glória. "A cadela estava bem machucada, com vários tumores, carrapatos e suja, bem maltratada mesmo", afirma a fiscal Regiane Zenoni. O cão foi levado à DPMA. Pela manhã, um cão da mesma empresa, que fazia a guarda de um imóvel na Rua Dr. Manoel Pedro, no Bacacheri, foi encontrado morto. O animal foi encaminhado para a necropsia. A denúncia havia sido feita, na noite anterior, por vizinhos que acionaram entidades de proteção aos animais por causa do cheiro de carniça.Na quinta-feira, uma cadela da raça rottweiler, também da Feroz, foi resgatada de um imóvel em que fazia guarda, na Rua Sebastião Paraná, esquina com Rua Guararapes, na Vila Izabel. De acordo com a DPMA, a cadela havia dado cria há cerca de dez dias e, portanto, não poderia estar sendo utilizada como cão de guarda. A cadela e os dois filhotes foram encaminhados para a Sociedade Protetora dos Animais de Curitiba (Spac). Segundo a médica veterinária da entidade, Andreza Campos, a cadela não apresentava traços aparentes de maus-tratos, entretanto, constatou-se que o cão é idoso (entre 8 e 10 anos de idade) e tem um tumor em uma das mamas. "Com essa idade, ela não poderia estar cumprindo função de guarda", afirma.


Durante o atendimento a essa ocorrência, os policiais verificaram que um outro cão debilitado da mesma raça estava no carro do tratador da Feroz, que acompanhava a ação. Segundo o funcionário, o cão estava sendo levado para tratamento médico-veterinário. "Não poderíamos fazer a apreensão desse cão porque ele estava sendo levado para tratamento, portanto, não se configuraria abandono. Ele foi identificado e, posteriormente, será aberta uma investigação preliminar", explica o superintendente da DPMA, Celso Gomes Ribeiro. "Vamos acompanhar esse caso porque as empresas de cães de guarda costumam descartar, sacrificar estes animais", diz a presidente da Spac, Soraya Simon.No último dia 19, um casal da raça rottweiler da Feroz, que guardava um imóvel na Rua Sete de Abril, no Alto da XV, escapou. Os cães estavam com cerca de 30% do corpo coberto por sarna e estavam sem pêlos. Outro ladoO proprietário da empresa Feroz tem explicação para todos os casos apontados. "A cadela não aparentava estar prenha, tanto que só deu dois filhotes, e ela não é idosa, tem cerca de 4 a 5 anos. O cão no carro do funcionário estava sendo levado para tratamento, então não vejo problema aí. Já em relação ao cão morto, vou aguardar o laudo. Tudo indica que foi envenenado, pois vomitou sangue", explica. Em relação aos cães que fugiram ontem e no último dia 19, o dono da Feroz tem explicações distintas. Ele diz não ter conhecimento do caso mais recente. Já em relação ao que ocorreu no dia 19 de janeiro, Pinto Júnior alega que o portão do imóvel que o cão guardava foi arrebentado durante a noite e por isso ele fugiu. De acordo com o policial Ribeiro, cães de outras empresas também estão sendo vítimas de maus-tratos, mas há dificuldade na identificação. "Elas procuraram se resguardar, tirando placas", explica.
http://animaiscarentes.blogspot.com/2008/02/empresa-de-ces-de-guarda-feroz-est.html

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